Pode ser uma observação sobre uma
viagem, confecção de um bolo, em relação ao destino de uma pessoa ou sobre uma
empresa, que será o nosso tema.
Oportunidades à vista, condições favoráveis,
mas resultado frustrante. Como avaliar a questão tecnicamente?
Podemos encontrar nessa situação organizações
consolidadas, algumas constituídas para explorar um determinado segmento de
mercado, empresas em rápido crescimento, que sofrem um revés. Enfim, os
exemplos são diversos.
A afirmação pode também ser lida
no sentido inverso: “Tinha tudo para dar errado, mas deu certo!” Nestes casos
parece haver um toque de genialidade.
Voltando ao final da segunda
guerra mundial, dificilmente alguém apostaria que o Japão se tornaria uma potência,
pois uma ilha com poucos recursos, saindo destroçada do conflito mundial,
completamente dependente de ajuda, não encontraria oportunidades claras. E pior,
não mostrava potencialidade. O que possibilita sucessos como esse?
Definitivamente a dinâmica dos
três fatores mencionados no título.
Quem está acostumado a avaliar
projetos, está sempre verificando as oportunidades para se assegurar de seu
sucesso. Por exemplo:
Estudamos o mercado comprador,
analisamos a concorrência, consultamos o mercado quanto ao fornecimento da
matéria-prima, avaliamos diversos tipos de maquinários e ferramentais,
observamos o pessoal que será contratado, os turnos na fábrica, calculamos os custos,
averiguamos as disponibilidades financeiras, as fontes de financiamentos,
calculamos as taxas internas de retorno (TIR) e o tempo de retorno (Payback).
A princípio nenhuma razão para
dar errado, certo? Errado!
Considerando que o estudo foi
feito de forma exaustiva e consciente, é necessário garantir a sua execução, de
ponta a ponta. Dois aspectos têm que ser observados: potencialidades e
performance.
Potencialidades têm que ser
desenvolvidas e aprimoradas, esta é a base da performance.
É impressionante o número de
empresas que encontro desenvolvendo projetos, sem que na sua execução façam o
efetivo uso do cronograma. Ferramenta de enorme utilidade, que mostra o que tem
que ser feito, quando e quem deve fazer.
Data perdida gera uma quantidade
infindável de prejuízos para a empresa, como aumento de custos, atrasos nas
entregas, cancelamento de pedidos e conflitos internos e externos.
Meses passam e muitas empresas
que não estão obtendo os resultados esperados não terão muitas chances de
reverte a situação, uma vez que não estão conseguindo projetar e planejar o
futuro.
Esta é uma situação em que a performance
indica que há necessidade de melhoria das potencialidades para observação das
oportunidades.
Entusiasmo, comprometimento, dedicação,
superam muitas vezes as deficiências nas potencialidades e criam as oportunidades.
É comum tratarmos de performance
pensando no chão de fábrica, na execução dos produtos, nas entregas, no
desempenho da equipe de vendas, sem uma visão clara de futuro.
As oportunidades de mercado podem
ser atendidas ou criadas, como dizia Akio Morita.
Uma potencialidade pode ser
desenvolvida na empresa com treinamento ou agregando competência com a
contratação de especialistas.
O sucesso de um produto começa na
observação de sua oportunidade, passa pela avaliação da potencialidade da
empresa em fabricá-lo, vende-lo e entregá-lo e se consolida com o
comprometimento com a performance.
Esse processo de conscientização
deve ser levado por toda organização, de forma que cada pessoa saiba o que está
fazendo e por quê?
Caso sua empresa forneça
componentes para clientes diretamente na linha de montagem, atendendo a um
contrato que estabeleça multa por atraso, você deve ouvir com frequência: “Temos
que atender os prazos, eles não podem parar!”.
Na realidade a frase deveria ser:
“Nós não podemos parar!”.
Lembre-se sempre: Suas
oportunidades, sua potencialidade, sua performance, seu sucesso. Ou não !
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Articulista, Escritor, Palestrante
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
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