terça-feira, 31 de maio de 2016

Oportunidade, potencialidade e performance

Há uma frase que dificilmente alguém não usou: “Tinha tudo para dar certo, mas deu errado!”

Pode ser uma observação sobre uma viagem, confecção de um bolo, em relação ao destino de uma pessoa ou sobre uma empresa, que será o nosso tema.

Oportunidades à vista, condições favoráveis, mas resultado frustrante. Como avaliar a questão tecnicamente?

Podemos encontrar nessa situação organizações consolidadas, algumas constituídas para explorar um determinado segmento de mercado, empresas em rápido crescimento, que sofrem um revés. Enfim, os exemplos são diversos.

A afirmação pode também ser lida no sentido inverso: “Tinha tudo para dar errado, mas deu certo!” Nestes casos parece haver um toque de genialidade.

Voltando ao final da segunda guerra mundial, dificilmente alguém apostaria que o Japão se tornaria uma potência, pois uma ilha com poucos recursos, saindo destroçada do conflito mundial, completamente dependente de ajuda, não encontraria oportunidades claras. E pior, não mostrava potencialidade. O que possibilita sucessos como esse?

Definitivamente a dinâmica dos três fatores mencionados no título.

Quem está acostumado a avaliar projetos, está sempre verificando as oportunidades para se assegurar de seu sucesso. Por exemplo:

Estudamos o mercado comprador, analisamos a concorrência, consultamos o mercado quanto ao fornecimento da matéria-prima, avaliamos diversos tipos de maquinários e ferramentais, observamos o pessoal que será contratado, os turnos na fábrica, calculamos os custos, averiguamos as disponibilidades financeiras, as fontes de financiamentos, calculamos as taxas internas de retorno (TIR) e o tempo de retorno (Payback).

A princípio nenhuma razão para dar errado, certo? Errado!

Considerando que o estudo foi feito de forma exaustiva e consciente, é necessário garantir a sua execução, de ponta a ponta. Dois aspectos têm que ser observados: potencialidades e performance.

Potencialidades têm que ser desenvolvidas e aprimoradas, esta é a base da performance.

É impressionante o número de empresas que encontro desenvolvendo projetos, sem que na sua execução façam o efetivo uso do cronograma. Ferramenta de enorme utilidade, que mostra o que tem que ser feito, quando e quem deve fazer.
Data perdida gera uma quantidade infindável de prejuízos para a empresa, como aumento de custos, atrasos nas entregas, cancelamento de pedidos e conflitos internos e externos.

Meses passam e muitas empresas que não estão obtendo os resultados esperados não terão muitas chances de reverte a situação, uma vez que não estão conseguindo projetar e planejar o futuro.

Esta é uma situação em que a performance indica que há necessidade de melhoria das potencialidades para observação das oportunidades.

Entusiasmo, comprometimento, dedicação, superam muitas vezes as deficiências nas potencialidades e criam as oportunidades.

É comum tratarmos de performance pensando no chão de fábrica, na execução dos produtos, nas entregas, no desempenho da equipe de vendas, sem uma visão clara de futuro.

As oportunidades de mercado podem ser atendidas ou criadas, como dizia Akio Morita.

Uma potencialidade pode ser desenvolvida na empresa com treinamento ou agregando competência com a contratação de especialistas.

O sucesso de um produto começa na observação de sua oportunidade, passa pela avaliação da potencialidade da empresa em fabricá-lo, vende-lo e entregá-lo e se consolida com o comprometimento com a performance.

Esse processo de conscientização deve ser levado por toda organização, de forma que cada pessoa saiba o que está fazendo e por quê?

Caso sua empresa forneça componentes para clientes diretamente na linha de montagem, atendendo a um contrato que estabeleça multa por atraso, você deve ouvir com frequência: “Temos que atender os prazos, eles não podem parar!”.

Na realidade a frase deveria ser: “Nós não podemos parar!”.

Lembre-se sempre: Suas oportunidades, sua potencialidade, sua performance, seu sucesso. Ou não !

Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Articulista, Escritor, Palestrante
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
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Como estão as oportunidades, potencialidades e performance em sua empresa?


segunda-feira, 30 de maio de 2016

Batam as asas que movem os pesados corpos!


Asas de beija-flor, corpo de elefante

Olhando a história do mundo, veremos povos que alcançaram maior desenvolvimento econômico que outros.

Alguém poderia dizer: - Essas nações tiveram mais acesso à recursos ou oportunidades, e , nesse sentido, listar uma série de vantagens.

Não é difícil derrubar esse argumento: - O Japão ai se enquadraria?

O que permite o desenvolvimento são informação e cultura.

Há um fino fio com o qual se constrói a sua malha. Sua resistência será tanto maior quanto maiores qualidades lhe forem adicionadas.

A experiência positiva com o desenvolvimento leva às pessoas conforto, saúde, segurança, que as motiva a seguir em frente em um processo de aprimoramento, mas também, como se o futuro já estivesse garantido, a atitudes negligentes.

Informação e cultura contribuem significativamente para formação do caráter das pessoas.

Essa afirmação pode ser contestada, como se caráter fosse algo imutável e tivéssemos isso no nosso DNA.

Caráter tem a ver com os traços psicológicos, o modo de ser, de agir, de sentir dos indivíduos que se formam com as experiências vividas.

Informação permite uma avaliação mais criteriosa da situação.

Informação gera curiosidade, provoca a especulação e desejo de mudança.

O caminho inverso também foi e será percorrido por muitos povos.

A concentração do conhecimento nas mãos de poucos, por questões de segurança e interesses políticos, leva a derrocada.

Peguemos um exemplo para reflexão, situação que todos vivenciamos: os grupos de trabalho na escola.

Uma classe, com os mesmos recursos e professores, sem qualquer diferença de orientação, podendo consultar livros amigos, colegas, quando a tarefa é em grupo os resultados são completamente diferentes.

Teremos trabalhos maravilhosos e alguns que sequer merecem comentários.

Note que aqueles que se deram muito mal poderiam ter consultado os colegas que foram muito bem.

Para avaliar o ponto de desvio, façamos uma reunião com cada grupo, dividindo a atenção em duas etapas: vamos ouvi-los sobre a concepção do projeto e sobre a execução.

Quando tiver oportunidade faça esse exercício. As surpresas serão enormes.

Não são poucas as ocasiões em que grupos que tiveram um desempenho sofrível, em mais de um projeto logicamente, apresentaram idéias muito mais interessantes do que aquelas dos grupos que se saíram bem.

A dificuldade residiu na execução.

Transporte esse raciocínio para a sua empresa e fará descobertas surpreendentes.

Somos rápidos para pensar, imaginativos, lentos para desenvolvimento e materialização.

Esta situação pode ser observada em momentos de desenvolvimento, quando os recursos são abundantes.

Nas crises, a questão execução realmente acaba prejudicada.

Isso lhe parece lógico?

Bom, mas não é!

Soluções fantásticas surgiram em momentos de grandes dificuldades, quando uma mente privilegiada encontrou um grupo de abnegados.

A rápida mente, com as asas de um beija-flor, é capaz de colocar em movimento o pesado corpo, que com a força de um elefante derruba as barreiras.

Nesse momento, a informação que conduz a criação se une à cultura da transformação para materialização.

Isso costuma ser chamado de progresso.

Ora, então que batam as asas que movem os pesados corpos.


Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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O vendedor evangelista e a fé corporativa

Aspectos importantes, mas nem sempre tratados com o devido cuidado, são  a declaração de missão da empresa e sua propagação.

Vender não significa apenas trocar nossos  bens, foco de negócios, por dinheiro, afinal o objetivo não é realizar uma única operação. É a repetição que garante o sucesso. Não fosse assim bastaria colocar nossos produtos em consignação ao alcance do público e tudo estaria resolvido.

Não faltam exemplos de gestores que se deram mal com essa operação, pois o revendedor ao notar que não teria resultados favoráveis não se interessou em continuar os negócios. Não só a consignação pode ser um desastre, como também a venda forçada.

Uma frase que considero que resume bem essa situação é a seguinte: “Todos os cogumelos são comestíveis, alguns uma vez só”. Acredito que, como gestor, esse não é um risco que você está disposto a correr!

Seus colaboradores e, principalmente, seus vendedores, precisam de uma visão clara da missão da sua empresa. Esta é a mensagem que eles levarão ao mercado.

Disse mensagem, propósito, compromisso, não uma frase afixada em um quadro na parede da empresa, ainda que escrita em letras douradas, que pouca utilidade tem.

Uma mensagem que seja incorporada por todos, que não necessite ser decorada para as reuniões de auditoria da ISO.

Note que evangelho quer dizer coisa tida como certa, norma, doutrina.

Se você a tem, esse será o evangelho da sua empresa.

Se não a tem, responda: Por que uma pessoa compraria seus produtos com tantas ofertas no mercado?

Um dia, em um debate, ouvimos: Nossos produtos têm “estrela”!

O presidente pouco satisfeito disse: - Ora, então precisamos fazê-la brilhar mais! 

O mercado para os produtos é como o céu para as estrelas. Quando não há nuvens todas brilhas, poucas se destacam. Quando está encoberto percebemos apenas as de primeira grandeza.

Quando o único argumento for a estrela, é melhor se certificar quantos vêem o brilho.

Não faltam gestores festejando o lançamento de catálogos como panacéias para o aumento de vendas, sem se dar conta de que este ficará junto com outros dez, quinze...
Um argumento necessário, mas não suficiente.

A proposta de negócios de sua empresa deve ser motivadora para que seu vendedor seja um evangelista, propagando-a.

Um dos pontos fundamentais é que ele tenha fé na corporação.

Corporação é uma palavra forte e transcende o conceito de empresa e organização.  Corporação significa associação de pessoas do mesmo credo. Esta associação se dá ao abraçarem a visão que determinou a missão, e que está alicerçada por crenças e valores.

Recebemos há algum tempo um e-mail que nos dizia: Esses assuntos visão, missão são bobagens!

O que transforma a visão em missão é a fé e esta não pode ser explicada.  Fé é algo que o coração sente e a mente não explica.   

Uma corporação cresce com:

Liderança, aprimoramento do processo de condução e obtenção de novos seguidores;

Reflexão para melhoria do processo e dos benefícios oferecidos;

Desenvolvimento da capacidade de ouvir para entendimento das necessidades e expectativas;

Criação de formas e meios de propagação da visão;

Treinamento para alinhamento dos discursos e propagação correta da visão;

Renovação de conceitos para atender novas expectativas;

Inovação do processo para manter viva a visão e missão.

Seguidores creem o que creem os seguidores. Esse é o sucesso em muitos campos, inclusive na moda. A perpetuação não está no simples elo, mas na corrente.

Transforme sua empresa em uma corporação, divulgue incessantemente sua visão e missão e seus colaboradores se tornarão vendedores evangelistas.

O sucesso depende apenas de um pequeno detalhe: Você tem fé?

Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Como vai sua fé corporativa?


sexta-feira, 27 de maio de 2016

Dinheiro e felicidade!


Felicidade, o eixo da vida

Um assunto fundamental e extremamente complexo: O que é a felicidade, como alcançá-la, e, principalmente, conservá-la?

Disse Leon Tolstoi: “A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira”.

Para Carlos Drummond de Andrade: “Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade”.

Mahatma Gandhi ensinava que “não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho”.

Não podemos esquecer William Shakespeare: “A alegria evita mil males e prolonga a vida”.

E Masaharu Taniguchi, sempre em busca de ensinamentos: “Não há satisfação maior do que aquela que sentimos quando proporcionamos alegria aos outros”.

Ah, Mario Quintana: “Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade”.

Que tal Erico Verissimo: “Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente”.

Onde arrumei essas frases?
Não procurei, ganhei de presente!

Por que razão?
Simplesmente por não ter respondido a pergunta de um amigo.

Quer saber se é uma nova onda, na qual quem trata mal os amigos ganha presentes?
Não, não é. É que eu não tinha a resposta.

Pergunta difícil?
Não, muito simples. A resposta é que era impossível.

Você está curioso? E eu pensativo.
Gostaria, realmente, de tê-lo ajudado, mas...

Sei, não se deixa “amigos na mão”. Você também acredita que amigo que é amigo não aparta briga, chega dando voadora?  Foi o que ele me disse quando não respondi.

Tá bom, vou deixar a pergunta com você para que possa ajudá-lo. Ele vai gostar de conhecê-lo.

O chefe lhe perguntou: Você está feliz na empresa?

E ai, tem a resposta? Vamos lá, não se nega ajuda aos amigos!

Meu silêncio o fazia pensar alto: - Se digo que sim, não receberei aumento tão cedo, mas se digo que não, gero uma crise.

Resolvi devolver a pergunta:- Você está feliz?

Ele: - Sinceramente?

Irritante não é, essa pergunta?
Por que eu esperaria uma resposta que não fosse sincera?

Pensou, pensou, e disparou: - Não sei!

Ia me esquecendo, o que é mesmo que você ia dizer a ele, ajudando-o a responder a pergunta do chefe?
Fala alto, não estou ouvindo. Calma!

Note que perguntei se ele estava feliz, e não se era feliz. Afinal, “ser” já está em outro estágio!

Pois é, foi refletindo que ele saiu em busca de argumentos e apanhou as frases. Gostei, então disse: - Passa pra cá.

Ele descrevia seu sentimento de felicidade: - Parece um plano inclinado que se movimenta. No centro há um eixo, e eu estou amarrado nele por uma corda.
Giro em volta do eixo, enquanto o plano oscila.

Conseguiu entender?

Eu não sei  e ainda mexe com minha labirintite!

O fato, tratado de forma simples e direta, é que a felicidade, realmente, é o eixo da vida.

Há, ainda, a questão do dinheiro. Afinal, ele está preocupado com o aumento do salário, lembra?

A frase no parachoque diria: “Dinheiro não traz felicidade”.

No boteco: “Dinheiro não traz felicidade, manda buscar”

O pobre: “Dinheiro não traz felicidade, mas diminui muito a infelicidade”.
E, Groucho Marx: “Há tantas coisas na vida mais importantes que o dinheiro. Mas, custam tanto!
E assim, vamos girando em torno do eixo, enquanto meu amigo pensa o que vai responder!


Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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quarta-feira, 25 de maio de 2016

Gestão é assunto sério!


Gestão cosmética, um disfarce para deficiências

Você, um profissional experiente, especialista em determinados assuntos, quando se defrontar com uma explicação ou trabalho que não consegue entender, e que deveria ser simples, esteja seguro que algo o está mascarando ou desvirtuando. 

Questões que se mostram complexas demonstram que há falta de entendimento ou conhecimento.

O caminho na busca de solução se resume a um processo: Simplifique!

Quando pensamos em fórmulas rapidamente imaginamos algo complexo. Relacionadas a questões químicas, então, piorou, não? Lembra da tabela Periódica?

Garoto, trabalhava em um escritório de contabilidade. Naquela época preenchíamos centenas de declarações de imposto de renda na máquina de escrever com papel carbono. Calma, não faça conta não. Faz tempo sim!
Todos os dias lá estávamos nós. Eu e meu grande amigo Ailton, atendendo o público e preenchendo a papelada. Um dia ele me perguntou: - Você sabe o que está escrito atrás da cibalena?
Lógico que eu não tinha a menor idéia. Riu e disparou: -  dimetilaminofenildimetilpirazolona. Um amigo tinha lhe contado e ele escrevera em um papel e treinara até decorar.

Naquela época, vivíamos, na escola, às turras com todas as formulações de química, então pensamos: Isso deve ter alguma lógica, lógico.
Aproveitamos que não havia ninguém para ser atendido, largamos o que estávamos fazendo, e começamos a rabiscar num papel, dividindo a palavra, usando o pouco que sabíamos da matéria e de compostos químicos:

Di metil amino fenil di metil pirazolona

Que nos levou a 2 metil amino fenil 2 metil pirazolona

Concluímos: metil metil amino fenil metil metil pirazolona

O que aprendemos com isso? Praticamente nada, o objetivo era apenas decorar a palavra. Isso, não só consegui, como não consigo esquecer, e algumas décadas já se passaram.

Lembra do Einstein? E da fórmula que associamos ao seu nome: E=mc²?
Não sei para que serve, mas que é simples é.

Que tal débito e crédito na contabilidade? Demorei um pouco para entender, mas ficou fácil quando me ensinaram primeiro a ler o balanço, para depois fazer os lançamentos contábeis.

Gestão empresarial não é uma matéria tão complexa como muitos fazem crer. Requer conhecimento, lógica e disciplina.

Um exemplo bastante simples:

Recebemos com freqüência ligações de pessoas que nos perguntam se fazemos prospecção de clientes. Depois de alguns minutos de conversa, verificamos que é mais um achando que prospecção de clientes se resume a uma lista de empresas, com nomes, endereços, telefones e e-mails.

Por que estão em busca de novos contatos? Por que aqueles que dispõem não estão gerando negócios. Percebemos que a empresa não precisa de mais contatos, mas de habilidade para apresentar propostas. Suas dificuldades não se resumem à prospecção de clientes, mas à prospecção de oportunidades de negócios.

Empresas pagam caro os empréstimos e os descontos de duplicatas, e seus gestores vivem se queixando. Trabalham com um ou dois bancos apenas, e não mostram disposição para conversar com os demais que os contatam. Poucos sabem que os gerentes de suas contas podem ser seus procuradores e defensores dentro das instituições e seus grandes conselheiros.
Não tomam recursos do BNDES, com taxas atrativas, mais por desconhecimento do que por encontrar barreiras.

Não faltam organizações com gestões fabris confusas, dispendiosas e ineficientes por falta de um sistema adequado e aplicação racional dos recursos. Algumas pecam por falta de disciplina. Simplesmente, em operações repetitivas, não observam a continuidade.

Ora, se o sistema pede um, não coloque dois. Precisa ser feito agora?  Não faça depois. Quando é para pesar, não conte.  Quando o  controle é  no sistema, não controle em planilha.

Ah, eu pensei que...

Pensemos: Estratégia, tática, ação.

A estratégia definiu, a tática estabeleceu, a ação...

O que faz a ação?

Momento de agir não é momento para pensar. Quando não souber o que fazer volte aos passos que antecedem a ação.

Cosméticos no processo de gestão só servem para disfarçar deficiências. Antes de agir entenda no que está se metendo!

Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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terça-feira, 24 de maio de 2016

Competência em gestão não é conceito, é cultura

Já notou que para algumas pessoas e empresas tudo dá certo, enquanto para outros, por mais esforços que façam, parece que nada se encaixa?

Nesses momentos ouviremos: - Ah, eles têm sorte!

Certamente você leu ou ouviu dizer que sorte é o encontro da oportunidade com a competência.

Poderíamos considerar também que a sorte aparece quando a oportunidade encontra o conhecimento, não?

Diz um amigo que isso é como um conto de fadas: a princesa oportunidade é apresentada ao príncipe conhecimento. Sentem-se atraídos, se casam e distribuem como presente a sorte no reino.  Por isso vivem felizes para sempre.

Isso me fez lembrar uma conversa sobre sucesso. A história nos foi contada mais ou menos assim:

Um dia, aborrecidos com os maus resultados, resolvemos fazer uma pesquisa e estudar as razões da enorme sorte de alguns, afinal esta poderia estar ligada à data de nascimento, posição dos astros, cidades e países em que nasceram, horários que se deitam ou acordam, santos que veneram, crenças, padrinhos, enfim a lista é longa.

Apanhamos as trajetórias de vários sortudos e sobre elas nos debruçamos, fazendo comparações, procurando pontos coincidentes.

Depois de horas de estudos, vimos que nada “batia”. Percebemos que o músico praticava doze horas por dia, o jogador de futebol ficava sozinho, depois do treino, repetindo mil cobranças de faltas, o jogador de basquete fazia milhares de arremessos, o atleta corria todos os dias quinze quilômetros de madrugada, o poeta estudava e escrevia durante horas e viviam batendo em portas para conseguir um apoio, o pintor quase não comia para comprar as tintas que consumia em um ritmo frenético, e assim as histórias se repetiam.
O único ponto comum é que foram vistos, seus talentos percebidos e valorizados.

Ainda não contentes, resolvemos entrevistá-los. Descobrimos que fatos como esses ocorrem muitas vezes, mas poucos foram valorizados nos primeiros encontros. Alguns até pensaram em desistir, mas a paixão pelo que fazem é que os impediu.

Refletimos um pouco mais: O sucesso poderia ser devido à técnica que usavam.

Horas de observações e estudos, então concluímos que também não fazia sentido.

Em nossas empresas tentamos todas as técnicas que nos recomendaram, algumas até geraram resultados, mas logo foram abandonadas.

Quando as equipes conseguiam avanços a implantação era demorada e conflituosa, por fim ocorria a solução da continuidade. De modo geral não havia grande envolvimento das pessoas com as novidades.

Observamos que esse fato era muito comum nos poucos cursos e seminários que participamos, achando exagerado o entusiasmo de algumas pessoas com os novos conceitos.

Por essa razão resolvemos fazer algumas visitas e começamos a notar que nessas empresas os fatos formavam um paralelo com as histórias de vida que pesquisamos: Muito estudo, dedicação e trabalho.

O ambiente se mostrou diferente do que temos nas nossas organizações. As pessoas não só dominavam os assuntos, mas os consideram fáceis de serem tratados e implantados.

A primeira reação foi imaginar que estavam há muito tempo envolvidos com as questões. Para nossa surpresa começaram os projetos há pouco tempo, fato que nos deixou intrigados.

Ao especular sobre várias técnicas percebemos que estas não eram apenas do conhecimento dos seus principais gestores, mas também dos demais colaboradores. Algumas foram implantadas com sucesso e rapidamente.

Nesse momento uma luz se acendeu e entendemos que competência em gestão não é conceito, é cultura.

Esse é o fator que construiu as histórias de sucesso que estivemos estudando.

Nossa missão agora mudou, o segredo foi revelado: temos que criar e desenvolver esse ambiente em nossas organizações para ter sucesso.

Realmente temos que concordar com o que nos foi relatado, e você como vê essa questão na sua empresa?


Ivan Postigo
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Competência em gestão não é conceito, é cultura


segunda-feira, 23 de maio de 2016

O poder da estratégia


Gung Ho, duas palavras, um comportamento, um conceito

É interessante como o homem se apropria de formas, comportamentos e palavras para criar conceitos.

Sua inventividade e capacidade de adaptação são formidáveis, por essa razão nosso poder de observação não pode ser negligenciado.

Ao usá-lo, podemos agir como os animais que possuem a característica do mimetismo. Capacidade de imitar padrões de coloração, textura, forma do corpo, comportamento e aspectos químicos, que permite ao mímico vantagens adaptativas.

Em certos momentos da nossa história empresarial podemos encontrá-lo com maior ou menor predominância, como quando a febre pelas técnicas japonesas de gestão invadiu o mundo. Não faltaram loiros e ruivos de olhos verdes e azuis se desdobrando para imitar os samurais, ainda que jamais pudessem ter as semelhanças desenvolvidas pelas borboletas monarcas e as vice-reis - a borboleta vice-rei é uma borboleta semelhante à monarca, embora não produza a mesma toxina que esta. Isso a protege, pois os predadores, confundidos, evitam atacá-la.

As grandes modas são expressões de mimetismo, principalmente quando procuramos nos assemelhar aos nossos ícones. Adoradores de Elvis Presley, Michael Jackson, Marilyn Monroe, Frank Sinatra, Roberto Carlos, e tantos outros ídolos, são comuns, mas há situações em que figura corporal não é o foco, mas sim o talento.

Em gestão esse é um aspecto comum. Os produtos são copiados, os modelos de gestão assemelhados, ainda que toques pessoais sejam dados.

O oficial de Marinha Estadunidense, Major Evans Carlson, ao desenvolver um trabalho, observou comportamentos e palavras e os tomou emprestados para desenvolver um conceito.
Explicou certa vez: “Eu estava tentando criar o mesmo espírito de trabalho que tinha visto na China, onde todas as pessoas se dedicavam a uma idéia e trabalhavam em conjunto para fazê-la funcionar. Eu falei aos soldados sobre isso repetidamente e lhes disse que o lema das cooperativas chinesas era Gung Ho, cujo significado era Trabalhar Junto – Trabalhar em harmonia”.

A natureza dá suas contribuições e um dos grandes exemplos de Gung Ho pode ser encontrado no deserto do Kalahari.
Nessa região estão os suricates. Pequeno mamífero, com cerca de meio metro, peso próximo a um quilo e pelagem acastanhada.
Vivem em pequenos grupos de até quarenta indivíduos e revezam-se nas tarefas de vigia e proteção da colônia. Estudos mostram que desenvolveram linguagem própria, capaz de indicar o tipo de predador que se aproxima.
Os mais velhos incumbem-se de ensinar aos mais novos, existindo registros de adoção de um elemento cego por outro experiente, que o ajudava a procurar alimento e buscar proteção.

Grupos de trabalho não são difíceis de formar, obter trabalho em grupo sim. Esta ainda é uma questão complexa.

Esta barreira pode ser superada pelo aspecto mais significativo da interpretação de Gung Ho, a Harmonia.

Surpreendente se torna ainda mais o conceito quando vemos que a palavra na sua origem não tem nada a ver com slogans ou gritos de guerra, quer dizer apenas Cooperativa Industrial.

Não importa, para nós Gung Ho será sempre uma determinação para trabalharmos juntos e em harmonia!

Gung Ho!


Ivan Postigo
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Você sabe o que é Gung Ho?


sexta-feira, 20 de maio de 2016

Fortes ondas em gestão


A visão holística e os modelos de gestão do futuro

Holística, bonita palavra, não?

Ela lhe traz uma idéia esotérica, como costuma sempre mencionar um amigo?

Neste momento vamos tratá-la de forma prática, racional, e com todo seu poder de agregação.

A palavra “holos” tem sua origem no grego e significa inteiro, todo.

Ao inseri-la na gestão empresarial, passaremos a ver empresa como um todo, não como uma entidade “departamentalizada”.

Você deve estar pensando qual a importância disso.
Mais uma onda?

Não, uma necessidade.

Modelos de gestão estão sendo questionados e abandonados, no mundo todo, por uma razão muito simples: não trouxeram às empresas os resultados esperados, de acordo com os investimentos efetuados. Culpa dos modelos? Não!
Onde as falhas têm ocorrido? Na “implementabilidade”.

Quer um exemplo?

Ocidentais loiros, de olhos azuis, não se sentiram tão samurais quanto nossos irmãos orientais. Nem os métodos aplicados pelo outro, ensinados ao um, surtiram os mesmos efeitos.
Ainda que as qualidades se equivalessem, os círculos não eram os mesmos.

Em um momento da febre de trabalhos em células, ao iniciar um projeto, recebi algumas equipes que a empresa enviara ao Japão para que aprendessem a técnica.

Maria, uma brava, brava paraibana, me dizia sobre sua experiência: - Tivéssemos uma espada, botaríamos todo mundo para correr. Isso é negócio para eles. Precisamos, antes, desenvolver aquilo que eles chamam de paciência oriental. Por que não nos mandaram antes podar arvorezinhas com tesoura?

É verdade que Maria era engraçada, às vezes, e em outros momentos irritada e irritante, mas há sabedoria em sua simplicidade.

Saber “o que” não é suficiente, é fundamental saber “por quê?”.

Uma espiada atenta nas relações, na nossa empresa, nos mostrará um quadro assim:

O gerente de fábrica critica o gerente de vendas porque este só quer vender o que é mais fácil, enquanto ele tem que se desdobrar na produção.

O gerente de vendas, por sua vez, critica o gerente da fábrica porque este só quer produzir o que é mais fácil.

O gerente financeiro critica ambos, porque esse desencontro impede o faturamento esperado, com isso passa um “aperto danado” para equacionar o caixa e pagar as contas.

O presidente critica todos e roga a Deus para que se entendam.

Os concorrentes, apesar de todos os discursos de liderança e diferenciação, não perdem ninguém de vista e copiam acertos e erros.

Você me perguntaria: - Erros também?

Com toda segurança lhe respondo: - Sim e muitos!

A questão é bastante simples: que modelo de gestão é esse?

Que visão de negócios é essa?

Lia esta semana um artigo onde havia um forte ataque aos conceitos de visão e missão. É verdade que por conta do modismo praticam-se alguns exageros, mas é fundamental saber “quem somos” e “para onde vamos”, para que não nos apresentemos como hábeis espadachins depois de dez horas de curso.

Você navegaria pelos mares do mundo, em um pequeno barco, sem uma equipe experiente, reciclada, adaptada aos equipamentos modernos de navegação, motivada e unida?

Ora, se você realmente sabe o que pode enfrentar em alto-mar a resposta será: - De jeito nenhum!

Diga, então, como gostaria que a turma agisse?

Certamente dirá:- Como um time coeso, como uma corrente, com elos fortes, como se fossem um só!

Uns diriam “Eureka”, outros “Caramba”, outros... deixa pra lá. Como se fossem um só?

Isso é visão holística!

Percebeu, não dá para ignorar o conceito, por isso este determinará os novos modelos de gestão, adequados a cada cultura.

Estava pensando: Maria vai ficar contente!

Ivan Postigo
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O futuro e a visão holística da gestão


quinta-feira, 19 de maio de 2016

Gestão em tempos de Eva

Numa Clara manhã, cheia de Graça, Linda, de Nívea pele, nasceu Eva, a menina que a todos encantaria.

Cresceu Bela para todos, Regina para a família, que nela via a Esperança e a Glória do renascimento.

Encantava como Sofia, pela sabedoria, e iluminava como Selene, a Deusa da lua, com o brilho de sua presença.

Transformadora, ingressou em um mundo até então judicioso e sério, como só o homem é capaz de criar. O mundo da gestão, das decisões, dos complexos projetos, da condução dos negócios.

As paredes Brancas ganharam agradáveis e coloridos tons pastéis, que contrastavam com inserções Rosa na decoração.

Agradável nos contatos e Hilária nos momentos de descontração, ganhava sempre adeptos e apoio em tudo que se propunha a fazer.

Guerreira como as Valquírias, que determinavam os vitoriosos e o curso das batalhas, jamais desistia frente a um desafio. Mensageira, como estas que cavalgam pelos céus com suas armaduras faiscantes e deixam pelo caminho seus efeitos na Aurora Boreal, era sempre esperada.

Voluntariosa, cada projeto um desejo materializado,  cada ação Bárbara, Vitória alcançada.

Com a Ventura de ser mulher, com seu poder de entendimento e sua capacidade de negociação, o inevitável sucesso. Como uma campeã de Olímpia, sobre a cabeça a Laura, coroa de louros!

Lindos olhos, cujas Iris a natureza pintou Violeta, os fez como as Hortênsias que atraem pela cor e delicadeza.

Firme de caráter, mas com a delicadeza da Paloma, disposta à superação, resiliente, ainda que, às vezes, dita Poliana, sempre determinada a construir o futuro e ser para muitos a referência. Como postura a Norma.

Dedicada e voluntariosa como Melissa, abelha admirada pelos gregos e pelo mundo por sua realeza, com a doçura do Mel e a energia das Tâmaras.

No caminho um Rosário de amores e dores, de pessoas como contas que contam, e como Rosas de uma guirlanda que se somam e presenteiam soberanas e Augustas representações.

Em seu dia, por muitas decisões, às vezes agitada às vezes Serena, contudo decidida. Em seu Socorro, os leais seguidores e admiradores.

Ainda que as dificuldades tragam sombras, um Sol sempre presente, com sua luz e calor. Como apoio aos colaboradores, quando mais necessitam, sua Angélica presença e palavras de estímulo. Bendita palavra que soluções ajuda encontrar.

Em busca de resultados se mostra como Diana, Deusa autoritária e caprichosa, que sempre obtém o que deseja por se mostrar organizada, prática e objetiva.

Sua imagem, Imaculada como Isis, suprema Deusa. Quando questionada, Vera, sempre verdadeira em seus atos.

Uma mudança singela, mas determinante no mundo das empresas. Hoje uma realidade.

Os tempos são tempos de Eva!


 Ivan Postigo
 Diretor de Gestão Empresarial
 (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652

Twitter: @ivanpostigo

Os tempos são tempos de Eva!


quarta-feira, 18 de maio de 2016

A sustentabilidade começa quando nossa angústia se transforma em ação

Antes de tratar dessa questão vamos refletir sobre a origem da palavra sustentabilidade.

O termo "sustentável" vem  do latim  sustentare, que significa sustentar, defender, favorecer, apoiar, conservar, cuidar.
O princípio da sustentabilidade, que por razões óbvias ganha cada vez mais dimensão,  aplica-se aos  empreendimentos, cidades,  e claro, toda extensão do planeta.
Por consciência, boa vontade e disposição do homem?
Claro que não! Os mais apaixonados até dirão que sim e ainda acreditam que mudarão o mundo e salvarão planeta.
Eu lamento dizer, mas não dá mais tempo. Poderemos salvar algumas coisas, contudo o preço que a humanidade pagará será muito alto.
Alguns talvez me chamem de pessimista, mas observe o seguinte: o mundo não tem mais onde colocar o lixo  e o homem  não tem encontrado solução.
Os rios estão cada vez mais poluídos, as fontes de água desaparecendo, e o homem não encontra solução.
O ar recebe a cada dia mais gases e particulas tóxicas. Solução? Por enquanto algumas medidas que não podemos nem chamar de paliativas.
Falávamos sobre isso e um amigo me disse: - Pelo amor de Deus, você só pega casos extremos. Diga algo mais fácil onde possamos agir!
Disse-lhe: -  Se eu  apontar algo mais fácil, mas muito mais simples, você resolve?
Naquele minuto de silêncio, pudemos ver as interrogações que saiam de sua cabeça e seu olhar engraçado de desconfiança.
Agoniado, pela espera, ele gritou: - Fala logo ou não tem argumento?
- Mosquito da dengue! Resolva essa “parada”.
Se não somos capazes de evitar o acúmulo de água em pneus, garrafas, latas, e tantos “cacarecos” nos nossos quintais, vamos salvar o planeta?
Todos os anos é a mesma coisa. Equipes e mais equipes, batendo nas portas para vistoriar quintais. Pior, nas casas fechadas, abandonadas, esquecidas, elas não podem entrar sem uma medida legal. Vamos salvar o planeta?
Agimos mais para minimizar do que para prevenir. Cuidamos mal do próprio corpo, que é nossa primeira morada.
Para aqueles que acreditam em Deus ainda sobra a alma, para os que não acreditam não sobra nada!
Sustentabilidade tem que ser observada em todos os empreendimentos, pois tem  relação direta com a felicidade.
Felicidade tem a ver com qualidade de vida, e esta com nosso trabalho  e relações, então observe como ficaria  nossa vida se tudo que fizéssemos fosse:
  • ecologicamente correto
  • economicamente viável
  • socialmente justo
  • culturalmente diverso
O esforço vale a pena, mas não é assim que agimos. Falamos sim, mas não fomos educados e pouco educamos para essa conduta. Recebemos algumas orientações e uma caixa com medidas paliativas e outra com desculpas. E assim seguimos.
Enquanto ouvia o depoimento da Professora Amanda Gurgel, na Assembléia legislativa do RN, pensava na contundência de suas palavras. Sua fala  também  alcança as  catástrofes que temos observado e que pouco tem sido feito.
Como só agimos nas crises, pouco pode-se remediar, então aprendamos com ela essa grande lição: “Precisamos transformar nossa angústia em ação”.
A raíz está na  educação, que nos prepara  para a sustentabilidade.
 
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
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Sustentabilidade, você sabe o que é isso?


terça-feira, 17 de maio de 2016

O homem que parou o tempo

A vida do homem moderno o deixa cada vez mais sem tempo...

Verdade? Por quê?

No campo, de onde viemos, o trabalho é duro, as distâncias longas, os recursos escassos, mas sempre afirmamos que havia mais tempo!

O homem acordava com as galinhas e dormia com os pássaros, será esse o segredo?

Manhã ainda escura, hora da ordenha. Não havíamos alcançado metade do balde e lá estava o tio com o dele cheio. Prática, técnica correta.

Hora de esfolar as mãos no cabo da enxada. Nosso esforço não rendia muito, mas o pessoal já tinha limpado uma área enorme. Prática, técnica, a folha da enxada bem afiada, inclinação certa, nada de bater em pedras para não perder o fio.

Barreira no caminho, hora de cortar uma árvore que foi atacada por insetos. Depois que todos os curiosos tentaram, rindo o tio apenas pede o machado para afiá-lo, rapidinho o serviço está feito. O segredo? Machado afiado e técnica. Força? Só um pouco!

E o tempo para a família? A conversa no café da manhã é alegre e não acorda a casa toda não. Todos já estão em pé.

No almoço, em casa ou no campo, a conversa é descontraída. Sempre? Não, às vezes apenas o silêncio e a companhia bastam.

O segredo? Ora, está no propósito!

Hora de fazer, hora de fazer! Hora de falar, hora de falar!

No campo, soluções que facilitem a vida, quando acessíveis, são adotadas.  Com esforço de todos e economia, a enxada virou recurso para a horta, afinal o trator chegou para lhes dar mais tempo.

Meu pai sempre nos dizia com a sabedoria do campo: - Dá tempo ao tempo. O tempo, tempo te dará.

Com o tempo e o afastamento do campo, ele mesmo chegava a questionar a própria frase que tanto usou.

Ora, o avião encurtou as distâncias. Podemos em horas chegar a lugares que demandavam dias.

Sim, mas e as filas do banco? Simples, muitas podem ser evitadas usando o caixa eletrônico e a própria internet!

Fazer compras ficou complicado? Que nada, podemos encontrar tudo em um único estabelecimento. E ainda, passar pelo caixa ficou mais fácil, porque temos o código de barras e o cartão eletrônico. Não é necessário contar o dinheiro, nem conferir o troco.

Enviar cartas então, nem é preciso mais! Escrever à mão, esperar secar, colocar em envelope, ir ao correio, etc.

Que nada, os recursos nos computadores permitem contato imediato e com imagem, em qualquer parte do mundo.

Ta perdido no meio do oceano? Liga pra casa, com telefone por satélite!

Quer um livro? Pede pela internet...

É, mas na empresa não estamos dando conta do trabalho!

Tenho ouvido e visto isso sim, as razões são falta de qualificação e recursos disponíveis mal utilizados.

Sistemas integrados de gestão (ERP) alimentados de forma precária e errônea, dificultando a obtenção de informações para tomada de decisões.

Condução inadequada de equipes e esforços por pura falta de conhecimento e comprometimento.

Conflitos de interesses não observados e nem gerenciados por falta de estrutura na área de recursos humanos.

Usando o campo como analogia, uma árvore sendo derrubada com machado cego.

Pense comigo: se o homem conseguiu inventar tantos recursos para encurtar distâncias e reduzir filas, porque essas questões permanecem assim?

Porque o trajeto mais difícil para se reduzir é a distância entre a mente das pessoas.

Não importa qual seja o segmento, nós todos obtemos nossos rendimentos em algum empreendimento e este necessita gerenciamento.

A falta de habilidade na condução desse processo aproxima corpos e afasta mentes. Uma habilidade importante em gestão é a da adição de competências, pois é capaz de encontrar corpos que se aproximam, porque as mentes se atraem.

São essas mentes que criam e oferecem recursos que nos possibilitarão mais tempo livre.

Essa extraordinária capacidade permite que o homem pare o tempo.

Dê tempo ao homem, e o homem tempo te dará.

Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
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Como você usa sua competência para atrair a diversidade?


sexta-feira, 13 de maio de 2016

Como você gerencia suas finanças?


Bosempo Basem, a redescoberta da pólvora

No século VIII , na dinastia Han, alquimistas taoistas, em busca do elixir da imortalidade, misturando várias substâncias, descobriram a pólvora.

O composto, a princípio foi usado em fogos de artifícios e sinalização, com o tempo passou a ser utilizado em granadas, arremessadas por catapultas.

A primeira referência a um canhão aparece em 1126, quando tubos feitos de bambu foram usados para disparar mísseis contra o inimigo.
Com o tempo os tubos de bambu foram substituídos por tubos de metal. Registros apontam que o mais antigo canhão na China data do ano de 1290.
Essa descoberta aumentou substancialmente o poderio militar chinês

Como recurso de defesa e conquista, a pólvora, de forma violenta, exerceu o seu papel.
E assim, colonizadores e colonizados deixaram um rastro de destruição na história.

Bom seria se esses embates tivessem ficado somente nos livros, mas o homem, com toda sua inteligência, ainda não foi capaz de abolir os confrontos armados.

A informação acaba exercendo duplo papel nos dias de hoje. Com a velocidade e visibilidade que tem em alguns momentos os minimiza, em outros os acirra.

Fato é que com a descoberta da pólvora o mundo se transformou, e o homem também.

A conquista tem se mantido no campo das transações comerciais, com a ocupação de mercados e não de territórios.  Os recursos são os produtos, com suas marcas e preços atrativos.
 Revolucionários em alguns momentos, resultado dos avanços tecnológicos, questionados em outros, pela manipulação do câmbio pelos governos e pelas desigualdades trabalhistas.

Mesmo empresas multinacionais, com seus afiados discursos de proteção ao trabalhador e campanhas contra sua exploração, têm sido apanhadas em pecado.

A última linha do balanço, que derruba as cotações das ações e traz instabilidade ao mercado, tem levado gestores a negligenciar seus próprios mandamentos.

O mercado, nesse sentido, é implacável. O crítico hoje poderá ser o criticado amanhã por se render aos fatos e buscar vantagens ou meios de sobrevivência.

Aquele que combatia importações quem sabe em futuro próximo não estará empreendedor nesse mesmo país exportador?

No mundo dos negócios não há espaço para romantismo, pois como costuma repetir um amigo empreendedor: “O dinheiro é covarde e oportunista. Bem tratado aparece, mas foge ao menor sinal de perigo”.

Ouço e leio muitos comentários sobre nossa competência em gestão, mas gosto de chamar atenção para o fato de que nossa participação no comércio mundial é muito pequena. Mesmo com todo destaque ao BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), apenas a China tem avançado em muitas áreas e incomodado, principalmente em nosso mercado. De qualquer forma, a oferta mundial de produtos tem aumentado em todos os cantos do planeta.
Encontrar um produto importando nas prateleiras dos supermercados é fato comum.

Com o CIVETS (Colômbia, Indonésia, Vietnam, Egito, Turquia, África do Sul) ganhando expressão no mercado mundial, certamente a concorrência será mais acirrada.

Não podemos nos iludir falando em concorrer em mercados que sequer competimos.

A conquista no mundo globalizado tem como recurso a redescoberta da pólvora: Bosempo Basem - Bom Sempre que Possível, Barato Sempre!


Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Bosempo Basem,faz parte de sua vida?


quinta-feira, 12 de maio de 2016

Esforço não significa eficiência

Preocupado com o fato de que o trabalho das equipes não está gerando os resultados necessários, o gestor principal as reuniu e pediu mais colaboração.

Todos, preocupados em garantir o emprego, esticaram o horário de trabalho, durante a semana e também aos sábados e domingos.

Passado um tempo, os resultados não estão agradando ninguém. Aos gestores porque continuam patinando, às equipes porque, apesar do esforço, as críticas e cobranças aumentaram. A pressão chegou a um ponto insuportável.

As contas das horas extras e gastos derivados cresceram consideravelmente. A equipe de custos tem demonstrado que as margens caíram substancialmente e levantou a bandeira que a empresa está “pagando para vender”.

A qualidade está prejudicada. Os inspetores de qualidade não dão conta das inspeções e nem os operadores. Alguns colaboradores temporários foram adicionados ao processo, mas sem treinamento, às vezes, mais atrapalham que ajudam. A aceleração das tarefas e as dificuldades de atenção provocaram brutal aumento do retrabalho e rejeição, levando ao sucateamento de muitas peças.

O trabalho precisa ser feito para atender os pedidos emitidos pela equipe comercial, que está preocupada com o atraso nas entregas. Sem estas, também será prejudicada, pois nos meses seguintes perderão vendas e, certamente, espaço nos revendedores, que decidirão no futuro por fornecedores pontuais. Sem contar, claro, com a queda nas comissões, a fonte de seu sustento.

A pressão é tanta que o gestor da fábrica já avisou que se não o deixarem trabalhar “entregará o boné”. As interferências são muitas e as críticas também. O debate tem levado ao seguinte ponto: “Por que, com tantas horas extras pagas, máquinas estão paradas?”

Com a sobrecarga, os equipamentos estão apresentando defeitos e os mecânicos não estão dando conta.

A programação de produção, caótica, trocando as ordens a cada pedido, também tem provocado paradas constantes, uma vez que não há pessoal técnico suficiente para agilizar as mudanças.

O abastecimento das linhas de produção é deficiente, faltando matérias-primas e componentes. Para cortar um pouco os gastos, o pessoal do almoxarifado foi proibido de fazer horas extras. Os colaboradores procuram atender a programação que lhes é apresenta no máximo até as dezoito horas da sexta-feira.

O gestor da fábrica, de posse de uma chave, retira os materiais faltantes, mas como não faz qualquer anotação, os relatórios de estoque não são confiáveis. Isso acirra os conflitos com o pessoal da programação e os compradores.

Entre um conflito e outro, um debate e outro, mais tempo é perdido e mais reuniões são necessárias, não para busca de solução, mas para acalmar os ânimos.

Por um descuido, o gestor do RH deixou escapar que estão em busca de um novo gerente. Ninguém sabe se o objetivo é adicionar mais um profissional ao quadro ou haverá substituição.

Entre tantas paradas, esta é mais uma que tira o foco e desvia a atenção dos colaboradores.

Aos mais antigos, nada disso é novidade. A frase repetida  parece ter sido acordada há muito tempo: Sempre que o mercado aquece a correria acontece!

O caos dificilmente permite o alcance da eficácia – fazer certo – e da eficiência – fazer bem feito.


Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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Esforço não significa eficiência


quarta-feira, 11 de maio de 2016

Problemas de gestão, um desastre para a nação

O país está parando de novo?
Às vezes, penso: de novo não, esteve parado sempre!
Vamos culpar o mundo, a moeda, a China, a Rússia, os EUA, mas e nós,  temos feito o quê?
Há algumas ilhas prósperas no mercado, que não fazem a diferença necessária.
Imóveis e carros, indicadores da economia, vão aos solavancos. Até parece que ambos rodam pelas mesmas estradas.
Falta dinheiro para infraestrutura?
Falta dinheiro para a educação?
Falta consciência, que nos chama à responsabilidade!
Percebemos as fragilidades e as carências do presente, mas como projetar as soluções para o futuro?
O futuro não estaria muito longe?
Não!  Enquanto eu digitava a frase acima, o futuro se tornava presente...
O longínquo futuro só é projetado quando nos faltam recursos intelectuais para imaginar a solução.
Solução tem a ver a com engenharia. O que seria essa tal engenharia?
Engenharia é  ciência, é arte, é  profissão  de se aplicar conhecimentos técnicos e científicos, para se alcançar determinados objetivos.
Engenharia precisa vir acompanhada de gestão, para que as prioridades sejam estabelecidas e as metas alcançadas observando-se a eficiência e a eficácia.
Eficiência, fazer bem feito, eficácia, fazer certo. Afinal, uma bela fonte luminosa na porta de um hospital não vai resolver nada!
 A educação leva ao entendimento dos problemas,  ao alinhamento das soluções, a agilização da aplicação dos recursos para se alcançar as metas!
Para o homem que não sabe onde quer ir, qualquer caminho é bom.
No nosso país já vimos montanhas postas abaixo para retirada de minério, que pouco  beneficiou este  povo de modo geral.
A distribuição de renda está atrelada à distribuição do conhecimento, pois no mercado de trabalho vale o homem o que sabe. Ou vamos passar a vida estendendo o chapéu ao governo?
Discursos políticos são peças encomendadas. Ora, se gosta de teatro, vote certo, estude em boas escolas, e vá assistir representações que valham a pena.  Que a comédia esteja apenas o palco, e não nas nossas vidas!
Uma empresa só terá lucro,  se for administrada como se precisasse  desesperadamente dele. Ainda que todos os meses o resultado final se mostre azul...
Falhando  no universo micro,  paga a empresa. Falhando em grande monta no universo macro,  paga a nação.
A questão é óbvia demais, contudo o óbvio é invisível...
Duvida?
Vai votar em quem na próxima eleição?
Está seguro que sua escolha  mudará algo no país?
Lembre-se, a sua escolha integra o processo de gestão...

Ivan Postigo

Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Articulista, Escritor, Palestrante
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
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