quinta-feira, 28 de abril de 2016
Organograma Funcional, Organograma Psicológico e suas relações
Em uma abordagem direta, podemos dizer que organograma é um
gráfico que apresenta a estrutura formal de uma organização.
Como representação gráfica é possível demonstrar as relações
hierárquicas, distribuição dos setores, unidades funcionais, cargos e a
comunicação entre eles.
Podemos tratar do organograma por tipos:
Clássicos ou vertical
É o tipo mais comum, desenvolvido com retângulos para
representar setores, áreas, funções e linhas que estabelecem as relações hierárquicas
e de comunicação.
Temos os não clássicos:
Em forma de barras
Estruturado com retângulos a partir de uma base vertical,
onde o tamanho do retângulo demonstra a relevância da autoridade que representa.
Setoriais
Elaborados com círculos concêntricos, que representam os níveis
de autoridade a partir do círculo central, onde está disposta a autoridade
máxima (CEO, Presidente, Gerente Geral).
Radial
É usado quando se quer ressaltar o trabalho em grupo, sem a
preocupação em representação hierárquica. É o mais usado em instituições
modernas do terceiro setor.
Lambda
Usado para representar áreas, setores, funções que possuam
características comuns, normalmente é configurado em formato de L. Lambda é a
letra L do alfabeto grego, por isso essa designação.
Bandeira
A diferença em relação ao tradicional é que os retângulos
são ligados na extremidade, não na lateral ou parte superior, com isso
estabelece o formato de uma bandeia.
Organograma Linear de
Responsabilidade
O objetivo não é apresentar a hierarquia, mas sim relação entre
atividades e os seus responsáveis.
Informativo
Configura o máximo de informações relacionadas com cada
unidade organizacional da empresa.
Esses recursos gráficos seriam suficientes para nos dar
informações para gerenciamento de todas as situações?
A princípio parece que sim, não?
Digo que não por uma questão básica: comando e liderança são
coisas diferentes e estas criam, devido o estabelecimento de forças,
organogramas informais, de cunho puramente psicológico.
Há um aspecto delicado em gestão, poucas vezes abordado na
literatura, que é a delegação por omissão. A omissão de um gestor provoca o
surgimento de lideranças, que em outras ocasiões não se manifestariam. O novo
líder não surge por seu perfil ou suas ideias, mas por responsabilidade e
muitas vezes indicação do grupo que clama por representatividade.
Momentos de crises são campos férteis para o estabelecimento
de fortes relações informais que mudam o exercício da autoridade. Autoridade
esta não delegada, mas assumida.
Não precisamos tratar necessariamente do fechamento de uma
fábrica, por exemplo. Questões muito mais simples servem de referência, como
uma apresentação de resultados, a negociação de maior prazo em um projeto,
negociação salarial para um grupo ou setor, situações que exijam exposição e
algum risco.
O organograma psicológico, muitas vezes, se estabelece por
conveniência, com linhas claras de autoridade técnica e política. A fidelidade
do técnico competente permite-lhe exercitar sua autoridade técnica sem prejuízo
político ao superior.
Interlocutores incautos, ao não entender essas relações,
provocam riscos de desconfortos, razão pela qual a área de recursos humanos é fundamental
no gerenciamento de crises que envolvem as forças formais delegadas e as
psicológicas assumidas.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4496 9660 / (11)99645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo
quarta-feira, 27 de abril de 2016
Mentoring e a formação da próxima geração
Alguns conceitos ganham relevância, sem que sejam
devidamente compreendidos. Mentoring é um desses.
Tratando dessa questão, Scott Snair, Professor
universitário, consultor, palestrante, coloca a seguinte questão: “Por que a
noção de mentoring caiu em desuso? Será que alguém ainda sabe o que é um
mentor?”
Que papel deverá exercer o mentor e qual sua
responsabilidade, qual é o papel do orientando e qual deve ser seu
comprometimento?
Como escolher o mentor e o orientando?
Quem escolhe quem e por quê?
Voltemos no tempo para encontrar Homero, no século VIII a.C,
escrevendo as duas grandes epopéias da antiguidade na Grécia: A Ilíada e a
Odisséia.
Em suas narrativas vamos encontrar Mentor. Velho amigo e
conselheiro, alguns dirão fiel escravo, do herói Odisseu, o qual entre nós é
mais conhecido como Ulisses.
Conta Homero que Ulisses, rei de Ítaca, ao partir para a
Guerra de Tróia entrega ao sábio e fiel amigo, Mentor, seu filho Telêmaco, para
que fosse orientado e educado.
Terminada a guerra, Ulisses não conseguiu voltar
imediatamente à sua casa. Telêmaco via, desesperado, a dilapidação do
patrimônio do pai, que consideravam morto, pelos pretendentes de sua mãe,
Penélope.
Penélope se esquivava e os confundia, de forma astuta,
tecendo durante o dia um manto prometido ao sogro, desmanchando-o à noite.
Prometera escolher um deles para casamento, assim que terminasse o manto.
Para colocar um fim naquela situação, Telêmaco decidiu sair
em busca de notícias do pai. Jovem e inexperiente, partiu acompanhado de
Mentor, que lhe dava suporte, orientação, inspirava, encorajava em seus
objetivos e consolidava sua educação.
Note que Mentor educa Telêmaco, auxilia na formação do seu
caráter, na descoberta e entendimento de seus valores e no desenvolvimento de
sua sabedoria.
A própria Palas Atenas ou Atena, a deusa da guerra, da
civilização, da sabedoria, da estratégia, das artes, da justiça e da
habilidade, em determinados momentos, assumia a forma de Mentor para iluminar
os caminhos de Telêmaco e contribuir na sua formação. No final da jornada, o
jovem estava pronto para tomar suas
decisões de forma independente.
Ora, e Ulisses e Penélope, terminaram juntos ou não?
Bom, é uma longa história. Recomendo a leitura das obras de
Homero e não serei o desmancha prazeres contando como foram as aventuras e o romance.
Podemos encontrar o significado de mentor como: orientador
de um jovem, autor intelectual, responsável pela idealização ou planejamento de
uma ação, onde a execução influencia o comportamento de outras pessoas.
O mentor tem o compromisso de oferecer mais do que
orientação para desenvolvimento no início da carreira.
O mentor precisa assumir seu interesse pelo orientando,
oferecendo aconselhamento, compartilhando experiências e segredos da profissão
para que este tenha diferenciais competitivos. O sucesso, nesse caso, não é
individual, mas compartilhado, ainda que a futura recompensa financeira não lhe
alcance.
Mentores, pessoas que adquiriram senioridade, liderança e
reconhecimento profissional, colocam sob orientação jovens que no futuro serão
líderes ou comandantes, substituindo-os ou não.
Nesse conceito estão aqueles que denominamos nossos backups,
e que assumirão nossas funções para que possamos seguir com nossas carreiras.
Você que tem equipe sob a sua batuta deve refletir sobre os
seguintes aspectos:
- Qual é a sua disponibilidade e a sua disposição para o mentoring?
- Quem mais da sua equipe poderia ser mentor?
- Quem é o mentor ideal para cada posição, evitando atropelos no futuro?
- Quem deve ser selecionado como orientando?
- Quem está interessado na sua orientação?
- Quem lucrará mais com sua ação de mentoring: você ou seu orientando?
A propósito, falando
em orientação, quem é seu mentor?
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Articulista, Escritor, Palestrante
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645
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terça-feira, 26 de abril de 2016
Você é um capital a ser aplicado ou um custo a ser minimizado?
O que você vai ser agora que cresceu?
Vai prestar vestibular, acabou de assumir uma gerência, se
tornou CEO? Não importa, a estrada
continua...
Amanhã será um novo dia, a pergunta continua válida: “E ai,
qual é a sua?”
Desde sempre falamos em carreira, mas poucas vezes paramos
para analisar seu significado.
Carreira pode ser corrida veloz, percurso, rota, fileira, esfera
de atividade e também profissão.
Temos, então, um caminho que se estreita, subindo a
montanha, onde no topo há lugar para apenas um.
Fato interessante é que essa montanha será tanto mais alta e
larga, quanto forem as competências que a construírem.
Evidentemente que quanto mais larga a montanha mais pessoas
caberão na sua encosta, e, quanto mais alta, mais pessoas poderão subir.
Chegar ao cume e fincar a própria bandeira é a glória. As
recompensas desse lugar no “Olimpo”, quando usadas com sabedoria, são
extremamente interessantes.
Cume, um lugar de temperatura extremamente instável, que
pode mudar a cada minuto. Frio pelo isolamento e quente pela proximidade do
sol.
A chegada não garante a permanência. Os caminhos para
descida costumam ficar praticamente vazios, mas os da subida...!
Descer é fácil. À passos lentos, rápidos, ou apenas num
salto. Nada o impede, também, de saltar em algum cume vizinho, desde que vazio,
a convite.
Para subir a montanha é recomendável estar equipado com
capital intelectual, ainda que em muitos casos não seja determinante.
Uma das técnicas aplicadas nesse trajeto, em algumas
montanhas, é conhecida como empurra – puxa. Os de cima, que conhecem os
debaixo, podem puxar ajudando-os no percurso. Podem empurrar para que desçam,
até mesmo para que não subam mais. Os debaixo, que conhecem os de cima, podem
gritar pedindo ajuda. Não estranhe ao encontrar muitas mãos estendidas, em
braços esticados.
E assim, a fila vai andando, quando anda...
O capital intelectual é um cinto de utilidades, repleto de
ferramentas que ajudam na sustentação em locais íngremes, medem a velocidade,
indicam a temperatura evitando desgastes desnecessários, emitem sinais que
motivam os de baixo empurrarem e os de cima puxarem, apontam atalhos para evitar
filas, congestionamentos, fornecendo soluções para uma série de contratempos.
Os responsáveis pela montanha têm como atribuição
sustentá-la e fazê-la crescer ao menor custo, aplicando no processo o excedente
de resultados gerados.
Na avaliação individual, o capital intelectual aplicado,
reduzido do custo de sua manutenção, deve gerar justamente o excedente de
resultados.
Quando o resultado é negativo, a tendência é ação para
reversão ou até mesmo sua total eliminação.
Na escalada, eliminadas as exceções, ficarão sempre aqueles
cujas contribuições se mostrem positivas.
Logicamente não é uma regra universal, por isso há muitas
montanhas que não crescem, outras que vemos desabando, e em várias vamos
encontrar filas de pessoas descendo.
Antes de iniciar a sua escalada é importante ser criterioso
ao escolher a montanha, e sempre se certificar de que você é um capital a ser
investido e não um custo a ser minimizado.
E olha, se os debaixo te empurrarem e os de cima te puxarem,
não custa retribuir um dia.
Dito isto, boa escalada!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Articulista, Escritor, Palestrante
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
Twitter: @ivanpostigo
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segunda-feira, 25 de abril de 2016
Organização geneticamente modificada
Por essa razão, jamais podemos negligenciar a visão que
conduziu à missão e que tem como alicerces crenças e valores.
Um rápido apanhado de tratados
nossos sobre o tema nos permite dizer: “Toda criação é fruto da visão de uma
pessoa com caráter empreendedor”.
A visão cria enfoque, identifica a
direção a ser seguida, dá poder às pessoas e as obriga a seguir em frente. Deve ser a
mola propulsora das esperanças e sonhos das pessoas que estejam envolvidas.
A visão determina por que um
empreendimento existe.
A missão se fundamenta para
desenvolvimento da visão. Necessariamente precisa ser uma declaração sobre o
que a organização é ou será. A sua razão de existir é determinada pela visão.
Todos nós temos crenças, ao sermos
de alguma forma atingidos por estas estaremos permitindo que ajam sobre a nossa
visão e missão.
Crenças são estados mentais,
generalizações que fazemos de nós, das pessoas e também de situações no mundo.
As crenças podem ser verdadeiras ou não.
São princípios que têm forte
influência sobre nossos comportamentos e orientam nossas ações.
Valorizar alguma coisa é
investi-la de importância. Nas nossas vidas há uma série de aspectos que consideramos
importantes e levamos em conta na hora de agir.
Em conjunto com as crenças, os
valores caracterizam nossas ações. Valores são aspectos particulares. Pessoas
diferentes terão valores diferentes.
Esse conjunto de informações e
conhecimentos chamaremos cultura organizacional.
Em um mundo globalizado e em
constante mutação, a visão, que gerou a missão, pode ser um grande empecilho ao
desenvolvimento da organização?
Não só pode como é o que acontece!
A resistência às novas tecnologias
já é fator de grande atraso, o que dizer então quando o pensamento não evolui?
Imagine duas empresas
concorrentes, uma ainda na era da mecânica e outra da eletrônica.
Uma recebe os pedidos de vendas
por fax, a outra já tem um sistema integrado pela internet. A primeira conta as
peças no estoque e informa mensalmente a disponibilidade à equipe de vendas, na
outra, a equipe consulta o estoque a qualquer tempo, com acesso imediato.
A primeira mal conhece os negócios
do cliente, a segunda gerencia seu estoque e analisa constantemente o giro dos
produtos.
Ora, ir mais longe na comparação
seria uma covardia, não?
Não é necessário dizer que uma
delas atuará com mais desenvoltura em novos mercados, novas áreas, com novos
produtos, conceitos inovadores e equipes antenadas no mercado, não é verdade?
Como uma visão pode ser revista,
levando a criar uma nova missão para atender uma nova realidade, quando crenças
e valores são alicerces?
Crenças e valores também mudam,
desde que haja entendimento e aceitação da nova realidade.
A aceitação permite mudança na
cultura empresarial, levando os integrantes a novos chamados.
Lembra, em genética, que genoma é
todo tipo de informação hereditária que está codificada no DNA de um organismo?
E que essas informações é que determinam características e comportamentos?
Pois é, sabendo disso, o homem,
ainda na idade da pedra, já utilizava esse conhecimento para cruzamentos
seletivos de animais e enxerto em plantas, como recursos para melhoria de seus
rebanhos e colheitas.
Nas organizações não é diferente, isso
ocorre com adição de competências, não apenas no processo, mas no DNA, que
estabelece a cultura.
Por que razão muitas empresas se
mostram imutáveis, entram e saem gestores, e mesmo perdas financeiras e de
mercado parecem não afetar seu direcionamento?
Podemos ir mais longe. Pessoas
levam empresas à falência e se tiveram chance repetirão o comportamento.
Outras, entretanto, são maleáveis,
totalmente adaptáveis, abertas às novas idéias, conceitos, críticas e rápidas
para ajustar as velas de acordo com o vento.
Quantas vezes não nos
surpreendemos pensando onde reside a magia, que permite a formação de uma nova
cultura?
Quantas vezes não lemos que para
mudar um reino é preciso mudar o rei?
Certamente não será necessário se
a organização do reino for geneticamente modificada!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Articulista, Escritor, Palestrante
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
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sexta-feira, 22 de abril de 2016
A perda da elegância coloca três palavras mágicas sob risco de extinção
Um amigo pernambucano, daqueles que têm sempre uma reposta
na medida, costuma dizer: - As relações estão mais difíceis porque as pessoas
andam mais grossas do que papel de embrulhar prego.
Eu o ouço, porque é um sábio!
Ele é, como costuma repetir, “uma cabra porreta, feito em pé
na rede!”
Um sujeito meigo, atencioso, falante, colecionador de
amigos, mas de uma “brabeza” insuportável quando não gosta de alguma coisa.
Pois é, papel ou não, todo mundo tem a sua grossura!
E assim, vamos construindo e destruindo relações.
Fazia pouco que havíamos trocado alguns e-mails, fui almoçar
com um colega consultor.
No caminho para fechar a reunião com um café, ele me disse:
- Põe preço, eu compro o seu tempo. Disso você entende, então vem na loja
comigo que preciso fazer umas compras.
Amizade não tem preço, e fomos! Pesquisa, conversa,
especula, pergunta, negocia, pechincha, pronto. Compra feita!
Um cliente de pouco mais de dois mil Reais não é de se jogar
fora, ta certo? Não foi a vista. Três parcelinhas no cartão, mas diga lá, um
belo negócio, heim?
O movimento todo nos colocou em contato com três vendedores.
Jovens, desinibidos, às vezes perdiam o foco, mas nada atrapalhou a condução do
processo.
Assim que entramos na loja, sem qualquer motivo, meu
subconsciente resgatou uma das lições daquele “filósofo do agreste”, uma das
comendas que meu amigo se deu: - A humanidade está perdendo a elegância como
castigo por não usar três palavras mágicas!
É verdade, percebi realmente que em nenhum momento, “por
favor, com sua licença e obrigado” encontraram abrigo.
Para quem quer ou precisa construir relações e quer ou
precisa do sucesso, seria bom repetir, pelo menos mentalmente, essas palavras
umas cem vezes por dia. Muito? Não, divida em cinco períodos, aproveite e use
para exercícios de dicção!
Use como mantra na hora da meditação. Acha bobagem usar
essas palavras nessa hora? Elas são mágicas e sagradas.
Olha só a dica: mantras são sons sagrados que nos ajudam a
entrar em estado de meditação. Mantra significa liberação da mente. Man, em sânscrito, é mente e Tra significa
liberação.
Dessa forma, resgatamos e liberamos nossa elegância. Não
duvide, o mundo ficará melhor.
Essas três palavras mágicas têm alguns poderes: abrem
portas, derrubam muros, constroem pontes.
Entrando no clima, com sua licença, o convidaria para
integrar o grupo de resgate dessa preciosidade.
Por favor, lembre-se, sempre que puder, de convidar seus
amigos.
Nós que gostamos da cordialidade, da generosidade, da
elegância, ficaremos felizes com a sua participação.
Ah, e você vendedor, saiba que essa energia liberada pelas três
palavras mágicas provoca tantas motivações nos consumidores para as compras que
saem agradecidos.
Quando pensar em fazer um curso de “Técnicas de Vendas”,
antes faça um cursinho preparatório chamado “Técnicas de Jeito”. Certifique-se,
antes da inscrição, de que o tratamento das três palavrinhas está inserido no
contexto. Não custa recordar que “mesmo
semente boa produz melhor em terreno fértil!”
Inserido no contexto é uma expressão interessante, não?
Serve “prum montão de coisas.”
Aplaudimos seus esforços para resgate da elegância: Parabéns,
obrigado!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Articulista, Escritor, Palestrante
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
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quarta-feira, 20 de abril de 2016
Empresas de sucesso condenadas ao fechamento
Quando estudamos gestão, um dos pontos debatidos é a
perpetuação das empresas. Essa é uma premissa básica, a não ser que o seu tempo
tenha sido previamente determinado, mas quantas são criadas com data para encerramento?
Na trajetória de um empreendimento, alcançando sucesso ou
não, podemos vê-lo passar por processo de cisão, e uma parte ser vendida; pode
ser incorporado por outra companhia; ou quem sabe integrar uma fusão, compondo
uma operação maior.
Um projeto pode fracassar por causa de recessões, que
duramente a afetam a economia mundial ou do país. O desastre pode ocorrer por
má gestão, e não só isso. Há, ainda, uma série de fatores que podem provocar a
situação, comprometendo o futuro de um empreendimento, apesar de todas as competências
técnicas serem atendidas.
Poucos projetos de produtos tecnicamente brilhantes, que conduzem
empresas ao sucesso, a perpetuam.
Estranho? Nem tanto!
Quando a gasolina era barata e todo mundo queira carrões,
projetos interessantes de carros pequenos fracassaram.
Você acha mais confortável um carro com duas portas ou com
quatro portas? Os jovens já rejeitaram os carros com quatros portas,
considerando-os carros para pessoas velhas.
A moda já foi ter casas enormes, hoje, independente da dupla
jornada, procuramos conforto, sem exageros.
Há uma situação que traz a raiz da extinção e gestores, apesar
de notarem, não a tratam com a devida atenção.
Existem empresas criadas para o mercado, outras criadas pelo
produto e dessa forma permanecem. As
segundas é que estão, desde que nasceram, sob risco.
Como ensinam as velhas lições, a indústria do cinema
americano sofreu duras perdas até entender que não estava no negócio de filmes
para a telona e salas públicas, mas no ramo do entretenimento!
Empresas voltadas ao mercado atendem os desejos e
expectativas do consumidor, quando não as criam. Por essa razão se adequam, se
adaptam, inovam, se renovam, revolucionam.
Empresas voltadas ao produto desenvolvem ações para melhoria
do seu foco, o produto. Ocorre que estas ações nem sempre atendem o consumidor,
e a obsolescência se apresenta material e estratégica.
Mudar o produto é possível, agora, mudar o consumidor quando
aceita novos conceitos... hummmm!
O pensamento na empresa poderia ser mudado, mas o trabalho
não é simples, por essa razão, quando gestores negligenciam o conceito de
visão, o risco é muito grande. É a visão que conduz à estratégia, portanto a
linha que prepara os caminhos do futuro está na raiz.
Uma coisa é debater inovações com pessoas cuja visão é
mercado, outra é debater com pessoas cuja visão é produto. Ainda que esses
produtos possam ser revolucionários.
Mudança é um processo doloroso, quando a rejeição ao assunto
é muito grande, a mudança de foco pode exigir suspender a pessoa e girar o
mundo. O esforço ao se mostrar demasiado, leva à desistência. A tecnologia gira
o mundo e deixa o homem onde está. Esse giro gera a força de atração, contudo
vemos que em alguns o efeito é da rejeição.
A obsolescência é um poderoso instrumento de eliminação de
concorrentes e competidores. Ainda que copiar seja mais barato que desenvolver,
o seguidor não costuma obter vantagens competitivas com a minimização de erros.
A aceleração do poder de criação provoca o efeito de um
pesado rolo compressor, esmagando o que encontra pelo caminho em velocidade
reduzida.
Dessa forma, uma gama interessante de produtos são natimortos,
chegam ao mercado totalmente ultrapassados.
O fato no faz lembrar a velha brincadeira: esse será bom,
não foi?
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
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segunda-feira, 18 de abril de 2016
Lágrima divina
Imitamos Deus em todo seu poder quando um filho geramos. Um
Deus que a presença queremos, o Deus que adoramos.
Um ato de amor ou de confusa relação, que nos torna pais. Das
promessas de amor eterno ao encontro fortuito.
No ventre está a semente. O anel do universo que liga para a
eternidade dois amantes ou dois errantes.
Filhos nascidos, às vezes amados, outras esquecidos. Cuidados
ou abandonados. Um, dois, três, tantos!
Para muitos não importa o que tanto conta. Para outros,
conta a conta!
Um momento vivido, apenas. Às vezes lembrados, mas não a vida
esquecida.
Pequenos e carentes nascemos, em seio de mãe nos protegemos.
Legítima ou adotada, colo que nos aquece, mãos que nos afagam.
Momentos em que não faltam amor e nem cuidados, aos filhos
perdidos, uma vez encontrados.
Menino nascido, homem ferido, ser negligenciado.
Em um planeta maltratado estão abandonados os filhos dos
filhos dos filhos de Deus.
Gerações e gerações que não cuidam da terra, tampouco da
vida.
Com a negligência com o semelhante vem o esquecimento.
Palavras caem em desuso.
Nas mídias, como recurso de venda, o amor é exaltado, na
vida, o carinho, a atenção, a cortesia, a ternura, banidos.
O e-mail substituiu o abraço e o aperto de mão. A rede social
o encontro festivo, o almoço com o colega, o café com o amigo.
O trabalho que construía, assumiu a sobrevivência.
Cercado por muros, os condomínios que protegem o homem dos semelhantes,
afasta-o dos parecidos. Protegido, sente-se isolado e esquecido.
E o banco da praça?
Quando lá está é mal usado ou destruído. Amigos se foram, a
amizade se perdeu. A saudade, palavra sem tradução como é o sentimento, é exaltada.
Na música, na poesia, nos olhos dos velhos que viram os jovens partirem!
A velha amoreira, que tantas vidas e crianças à sua volta
reunia, foi derrubada para construir mais um abrigo. Com conforto e luxo, mas
com corações vazios.
Sem frutos e galhos para descanso cessou o pio e canto das
aves. Não se ouve mais o melodioso e triste canto da patativa, que os quintais
visitava.
É o progresso que gera lembranças de um tempo sem regresso.
No lago, produto das mãos do homem, a vida não encontra
caminho e a piracema é só um fato, poucas vezes um ato.
A ecologia, ensinada às nossas crianças como verdade, carece
do encontro com a realidade. Pés descalços sobre o solo macio, a brisa que
sopra e carrega o cheiro das flores, a visão de uma abelha trabalhadeira, a
verde grama que permite o descanso, a lata jogada, que maltrata a vista!
Retirá-la não é muito, mas somadas, pequenas ações, não é
pouco. Em suas mãos está a consciência. Que retira ou arremessa.
A boa vontade e a responsabilidade tornam o feito, desfeito.
Se aos velhos não podemos ensinar, não percamos a
oportunidade de fazê-lo com os jovens. Vivem no presente, mas o futuro será sua
morada.
Eduque-se desde cedo, para que os vícios de casa a praça não
alcancem, diriam saudosos avós!
Do espaço, o planeta azul se mostrará cinza sem cuidados.
Restará o azul nas fotos, nos filmes, e nas lembranças dos
que viram e viveram.
Ainda que cinza, quem assim irá vê-lo?
Quem sabe muitos... talvez poucos.
Com um nó na garganta, saudoso, vendo-o, como casas
abandonadas nas velhas cidades, diz o pai: - Foi azul e ali vivíamos.
Pergunta o pequeno filho de Deus: - Por que mudamos, se a
saudade incomoda?
Com olhar triste e voz embargada responderá: - Não cuidamos.
Ficou velho e está sujo.
No espaço, sem gravidade, paira uma gota.
Divina...
Uma lágrima de Deus!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
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sexta-feira, 15 de abril de 2016
quinta-feira, 14 de abril de 2016
Qual é o capital intelectual de sua empresa?
Durante anos ouvimos e usamos a frase: “Quem tem a
informação tem o poder”.
À medida que eu crescia, estudava e aprendia, sentia que a
questão não era tão simples, pois conhecimento disseminado é segredo revelado,
portanto a exclusividade da posse não é perene.
Fiz estágio, como técnico mecânico, em uma metalúrgica e
minha incumbência era o desenvolvimento do custo padrão da aciaria. Tinha
grande experiência contábil, então poderia fazer uso das duas áreas de conhecimento.
A primeira tarefa que recebemos foi a preparação das fichas
técnicas de cada produto. Peso, composição química de cada corrida de aço,
materiais complementares, etc. Pronto, lá estava uma barreira: boa parte dos
conhecimentos estava guardada nas cabeças dos técnicos químicos, que se
recusavam a compartilhá-los. Tinham medo de perder o poder que possuíam. Na época
a frase era usada como a última descoberta da ciência!
Barreira para ser superada demanda engenhosidade. Uma
pesquisa dentro e fora da empresa nos permitiu, em menos de trinta dias, ter
não só as fichas prontas, como um volume de informações que jamais imaginávamos
reunir.
Em pouco tempo não só não pedíamos informações, como
questionávamos os procedimentos para desespero e ira dos discípulos do “mago
Merlin”, que em seus caldeirões derretiam sucatas e fabricavam aços com
problemas de qualidade, encobertos durante anos.
Um novo trabalho foi gerado como consequência dos
confrontos: uma análise mais rigorosa nas partidas de aço, com um volume maior
de amostras.
Um dia começaram a falar de uma tal de internet, que só era
usada no pentágono...
Hoje, uma realidade que veio para mostrar, definitivamente,
que o poder não está nas mãos de quem tem a informação, mas de quem a usa com
rapidez e tem capacidade de torná-la obsoleta.
Você pode me perguntar: - Como faço isso na minha empresa?
Simples, com capital intelectual.
Dinheiro? Também, mas com adição de competência e habilidade
de aplicação.
Capital intelectual é a soma dos conhecimentos e habilidades
de aplicação que você permite que sejam usados. Para que contratar uma pessoa
laureada com o premio Nobel se vai lhe dizer: - Faça o que eu mando, você não
está aqui para pensar!
Este pode ser herdado ou atraído, mas tem que ser usado no
período de validade.
Conhecimento tem validade? Para geração de resultados, sem a
menor dúvida.
Se não acredita, pense o seguinte: O que você faria se seu
conhecimento, ainda que profundo, estivesse alicerçado em disquetes para
computador, máquinas de escrever, telex ou carburador para automóveis?
Trabalhei com uma pessoa que detestava computador e tinha
saudades das folhas de treze colunas usadas no passado para fazer os
orçamentos. Adorava as somas cruzadas. Não é necessário dizer o tempo que
economizávamos com a nova tecnologia, certo?
De modo geral, conceituamos a saída de um funcionário como
perda do profissional, sem que tratemos da perda do conhecimento.
As entrevistas de emprego, normalmente, têm como objetivo o
preenchimento da vaga para atender as necessidades básicas, sem que análises de
potencial e conhecimentos adicionais sejam efetuadas.
Trabalhos em grupo, reunindo pessoas de diferentes áreas e
com experiências diversas, costumam revelar não só fraquezas de gestão, mas o
enorme capital intelectual negligenciado.
O que você sabe dos seus pares?
Como você avalia o conhecimento de seus colaboradores e o
seu desconhecimento das áreas que estes dominam?
Como desenvolve as entrevista de contratação e de demissão
para observar os ganhos ou prejuízos que está tendo?
Às vezes ouço uma frase que não gosto muito: Ninguém é
insubstituível!
Sempre que pude observá-la como verdadeira, havia uma
situação: o mínimo era feito, mas era o máximo que um profissional sem
qualificação poderia alcançar.
Capital intelectual não se substitui, se adiciona, se
complementa.
Deixe-me fazer-lhe uma pergunta: - Qual é o capital
intelectual de sua empresa?
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
Twitter: @ivanpostigo
sexta-feira, 8 de abril de 2016
Excelência em gestão empresarial não é ação, mas comportamento
Não faltam teses para a condução dos negócios, resolução de
dificuldades e superação de barreiras.
Algumas têm caráter inovador, várias retornam com novas
roupagens e outras apenas com a denominação mais atraente.
A promessa, sempre, é de geração de resultados, tornando as
empresas mais seguras, ágeis, reduzindo custos, melhorando a qualidade,
tornando-a atual e competitiva.
As ondas vêm e vão, trazendo e levando consigo crédulos,
incrédulos, aventureiros e oportunistas. Poucos são os que realmente as aplicam
e consolidam.
Para todas, é possível encontrar provas de suas
efetividades. Estas podem ser observadas no concorrente, na empresa vizinha,
além fronteira e, principalmente, no nascedouro.
Nas nossas escolas ainda ensinamos Taylor e Fayol, dedicando
pouca atenção às teses e propostas mais recentes. Seria por vício de ensino,
falta de conhecimento ou distanciamento da realidade? Não cabe crítica, mas
reflexão.
No mundo empresarial seus nomes são apenas lembranças. Neste
ambiente as ondas são mais fugazes. Todas
são carregadas de informações e conhecimentos. Experimentá-los não basta. O
processo, normalmente, se dissolve. A expressão que configura bem este fato é “Solução
de Continuidade”.
Solução de continuidade não significa resolução, mas
dissolução do processo. Demonstrando bem como os fatos ocorrem.
Para obter resultados é necessário reter conhecimentos e
aplicá-los com consistência, sem dissolução, consolidando-o.
A história da medicina é rica em exemplos. Ainda
que os conhecimentos tenham sido transmitidos oralmente, foram testados,
observados e preservados por curandeiros.
Nas nossas empresas não só as ondas renovam as tendências, a
troca de gestores provoca, também, profundas mudanças. Algumas bastante
interessantes e produtivas outras desastrosas.
Onde está, então, o aspecto mais importante para que essas
propostas, testadas e validadas, gerem resultados se não for não com ação?
Observe que o teste e aplicação são ações, e mais, a
desistência e o abandono também.
Comportar que dizer ser capaz de conter, proceder,
portar-se.
Comportamento é a maneira de se comportar, fruto de
retenção, portanto aceitando e incorporando nas atitudes a aplicação daqueles
conhecimentos.
A aplicação e repetição são necessários para que qualquer
conhecimento se consolide e gere resultado.
A falta, deste, leva ao descrédito e abandono de idéias, ainda que
válidas.
Como profissional, independente do campo e área em que atua,
você já deve ter ouvido muitas vezes a expressão ”Isso não funciona aqui!”.
Realmente não funciona e dificilmente funcionará. Não porque
falte ou possa ter faltado ação, mas por comportamento inadequado.
Nós temos vícios de linguagem. Quando uma pessoa do seu
convívio procura, naquele momento, falar corretamente, aplicando todas as
regras, soa falso. Não é o comportamento desta e não é o que você esperava.
Porém, se, dia após dia, ela continuar agindo dessa forma estará estabelecendo
um comportamento, que não só será aceito como provocará mudanças nas pessoas
que a cercam.
Vícios serão eliminados e uma nova forma de comunicação será
estabelecida.
O que motivou o fato, efetivamente a ação?
Não, o comportamento aceito!
Aos gestores cabe uma recomendação: É importante proporcionar
aos seus colaboradores a oportunidade de ter acesso ao conhecimento,
lembrando-se sempre que é fundamental trabalhar o comportamento.
A sua área de
recursos humanos tem papel importantíssimo a realizar, pois a retenção de
conhecimento, sua aplicação, o estabelecimento de um comportamento determina a
cultura da sua organização.
Integrando-a está a cultura de sucesso!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
(11)
4496 9660 / (11) 99645 4652
Excelência em gestão empresarial não é ação, mas comportamento
Não faltam teses para a condução dos negócios, resolução de
dificuldades e superação de barreiras.
Algumas têm caráter inovador, várias retornam com novas
roupagens e outras apenas com a denominação mais atraente.
A promessa, sempre, é de geração de resultados, tornando as
empresas mais seguras, ágeis, reduzindo custos, melhorando a qualidade,
tornando-a atual e competitiva.
As ondas vêm e vão, trazendo e levando consigo crédulos,
incrédulos, aventureiros e oportunistas. Poucos são os que realmente as aplicam
e consolidam.
Para todas, é possível encontrar provas de suas
efetividades. Estas podem ser observadas no concorrente, na empresa vizinha,
além fronteira e, principalmente, no nascedouro.
Nas nossas escolas ainda ensinamos Taylor e Fayol, dedicando
pouca atenção às teses e propostas mais recentes. Seria por vício de ensino,
falta de conhecimento ou distanciamento da realidade? Não cabe crítica, mas
reflexão.
No mundo empresarial seus nomes são apenas lembranças. Neste
ambiente as ondas são mais fugazes. Todas
são carregadas de informações e conhecimentos. Experimentá-los não basta. O
processo, normalmente, se dissolve. A expressão que configura bem este fato é “Solução
de Continuidade”.
Solução de continuidade não significa resolução, mas
dissolução do processo. Demonstrando bem como os fatos ocorrem.
Para obter resultados é necessário reter conhecimentos e
aplicá-los com consistência, sem dissolução, consolidando-o.
A história da medicina é rica em exemplos. Ainda
que os conhecimentos tenham sido transmitidos oralmente, foram testados,
observados e preservados por curandeiros.
Nas nossas empresas não só as ondas renovam as tendências, a
troca de gestores provoca, também, profundas mudanças. Algumas bastante
interessantes e produtivas outras desastrosas.
Onde está, então, o aspecto mais importante para que essas
propostas, testadas e validadas, gerem resultados se não for não com ação?
Observe que o teste e aplicação são ações, e mais, a
desistência e o abandono também.
Comportar que dizer ser capaz de conter, proceder,
portar-se.
Comportamento é a maneira de se comportar, fruto de
retenção, portanto aceitando e incorporando nas atitudes a aplicação daqueles
conhecimentos.
A aplicação e repetição são necessários para que qualquer
conhecimento se consolide e gere resultado.
A falta, deste, leva ao descrédito e abandono de idéias, ainda que
válidas.
Como profissional, independente do campo e área em que atua,
você já deve ter ouvido muitas vezes a expressão ”Isso não funciona aqui!”.
Realmente não funciona e dificilmente funcionará. Não porque
falte ou possa ter faltado ação, mas por comportamento inadequado.
Nós temos vícios de linguagem. Quando uma pessoa do seu
convívio procura, naquele momento, falar corretamente, aplicando todas as
regras, soa falso. Não é o comportamento desta e não é o que você esperava.
Porém, se, dia após dia, ela continuar agindo dessa forma estará estabelecendo
um comportamento, que não só será aceito como provocará mudanças nas pessoas
que a cercam.
Vícios serão eliminados e uma nova forma de comunicação será
estabelecida.
O que motivou o fato, efetivamente a ação?
Não, o comportamento aceito!
Aos gestores cabe uma recomendação: É importante proporcionar
aos seus colaboradores a oportunidade de ter acesso ao conhecimento,
lembrando-se sempre que é fundamental trabalhar o comportamento.
A sua área de
recursos humanos tem papel importantíssimo a realizar, pois a retenção de
conhecimento, sua aplicação, o estabelecimento de um comportamento determina a
cultura da sua organização.
Integrando-a está a cultura de sucesso!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
(11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
quinta-feira, 7 de abril de 2016
Qualquer acordo é bom para quem não vai cumprir
Negociação é assunto para especialistas.
Uma frase óbvia, não?
Vendo a quantidade de erros que se comete quando a questão é
negociação, não teremos dúvidas sobre isso.
Para negociar é necessário ter razoável conhecimento das
pessoas envolvidas, intenções, necessidades e assuntos.
Você conhece seu interlocutor?
Um escorpião precisava atravessar um rio para encontrar uma
moradia. Ao ver uma rã disse: - Por favor, me carregue nas costas até o outro
lado.
A rã desconfiada respondeu: - Carregar você nas costas? Ah, nem morta! Conheço sua fama, se eu fizer isso você vai me picar!
O escorpião, manhoso, dizia: - Que estupidez, se eu te picar vamos parar no fundo do rio. Como não sei nadar, vou acabar me afogando!
Ficaram debatendo até que o hábil escorpião convenceu a rã.
Esta aceitou levá-lo nas costas até o outro lado. Assim começaram a travessia.
No meio desta o escorpião não resistiu e picou a rã.
No meio desta o escorpião não resistiu e picou a rã.
Sentindo terrível dor, enquanto afundava e levava consigo o escorpião, gritou furiosa: -Não disse, você não merecia minha confiança!
O escorpião, sem o menor arrependimento, olhou para a rã e
respondeu: - Ora, bobinha, essa é a minha natureza!
Você conhece as necessidades do seu interlocutor?
Um lobo, muito ferido por mordidas de cachorros, descansava
machucado em sua toca.
Como estava com fome, chamou uma ovelha que ia passando e pediu-lhe para trazer um pouco da água de um rio que corria próximo.
Disse o lobo - Se você me trouxer água me sentirei melhor e em condições de conseguir meu próprio alimento.
- Lógico, - respondeu a ovelha - se eu levar água para você, sem dúvida serei comida.
Você conhece as intenções de seu interlocutor?
Um gato capturou um galo e ficava imaginando uma desculpa para
comê-lo.
Começou a acusá-lo de causar aborrecimentos aos homens, pois cantava à noite e não os deixava dormir.
O galo se defendia dizendo que fazia isso para
beneficiá-los, pois poderiam acordar cedo, trabalhar mais e enriquecer.
O gato respondeu: - A desculpa é boa, mas eu não posso ficar
sem comer. E lá sei foi o galo!
Não abusando das fábulas e das lições de Esopo, não foram e
não serão poucos os acordos no mercado que não serão cumpridos.
Quer você considere as reais impossibilidades ou intenções não
declaradas, as perdas sempre são substanciais.
Já participei de negociações onde o devedor, com a promessa
de liquidação futura da dívida, propunha não só a continuidade de fornecimento,
com um prazo maior, como também solicitava que fosse depositado, em espécie,
dez por cento do que tínhamos como saldo credor, como forma de recuperação de
sua empresa.
Não fechamos nenhum acordo, mas várias empresas o fizeram.
Infelizmente perderam.
Por isso, antes de envolver numa negociação, avalie todos os
fatores com muita atenção e serenidade.
Não deixe que o seu ego o leve a ter uma bomba nas mãos, o
núcleo do problema pode irradiar sérias conseqüências para o futuro de sua
organização.
Negociação eleva a temperatura e faz com que todos os corpos
emitam radiação.
Já que Esopo não nos contou nenhuma fábula sobre esse fator,
fiquemos com a da transparência:
Um hóspede chegou muito tarde à casa de um criador de
pássaros e nada tendo para oferecer aproximou-se de sua perdiz doméstica com a
intenção matá-la.
A ave lhe perguntou por que era ingrato, uma vez ela lhe era
tão útil, chamando os pássaros de sua espécie e os entregando a ele.
Ora, disse o criador: “É por isso mesmo que te sacrifico,
nem os da tua própria espécie tu poupas”.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
ipostigo@terra.com.br
Twitter: @ivanpostigo
terça-feira, 5 de abril de 2016
A verdade da realidade e o despertar da consciência
Uma questão complexa em gestão empresarial é descobrir a
realidade. Outra é aceitá-la!
Pesquisas podem sofrer influências diversas, inclusive
interpretativas. Isso lhe parece estranho?
Vamos a uma pequena reflexão:
Você vai ao mercado e começa a coletar dados sobre seus
produtos, sobre concorrentes e expectativas dos consumidores. Reúne todos e
prepara um relatório.
Em seguida chama as equipes, apresenta o trabalho e pede
suas opiniões. Alguns podem considerar sua conclusão uma onda, enquanto outros
podem considerar uma tendência.
Uma visão diferente para uma mesma realidade.
Note que o automóvel foi considerado uma moda passageira,
uma onda. Na opinião daquele crítico, o cavalo
havia chegado para ficar, uma tendência.
Não foram poucas também as pessoas que criticaram a
televisão, considerada uma onda, acreditando que jamais substituiria o rádio,
uma tendência.
Um fator determinante para o sucesso é descobrir e encarar a
realidade, examinado os fatos e isentando-o dos sentimentos e do nosso próprio ego.
A compreensão e aceitação da realidade é a base para definição dos nossos
objetivos.
A realidade nos diz onde estamos, indica para onde poderemos
ir e o que é necessário para que cheguemos lá.
Vejo com freqüência diretores e gerentes tratando de
assuntos operacionais, sem se envolverem com a criação do futuro.
Produzem com isso um estado ocupacional de forma a dar
relevância ao dia, não observando essa realidade.
Convivi com um gestor que sempre se dizia ocupado demais,
então desenvolvemos ações para delegação, esvaziando suas atribuições.
Você pode me perguntar: - Demorou a acontecer, foi muito
difícil implementar as medidas?
Que nada, simples e rápido. Basta estabelecer o que é
realmente necessário, como será feito e delegar a quem tem competência.
Trabalha-se menos, produze-se mais e melhor.
Bom, mas qual o resultado disso?
Novas queixas, ouvi durante algum tempo: - Não sei o que
fazer com o tempo que você me arrumou!
Ok, agora sim, tínhamos uma realidade. Poderíamos debater o
futuro e verificar se a criação deste poderia e deveria ficar em suas mãos.
Claro que nas datas em que os orçamentos anuaís são
elaborados há reflexão sobre o destino dos negócios, mas este tempo não
ultrapassa três meses e o que é disponibilizado são projeções.
Grande parte destas se faz acrescentando um percentual de
crescimento sobre os resultados do ano anterior.
Havia um gestor que me dizia a cada solicitação de dados
para as peças orçamentárias:- Preciso de um tempo para sentar em frente a uma
parede branca para projetar.
Sempre soube que grandes pintores também fazem isso, mas com
todas as cores na mente.
Conheço empresas que todos os anos, nessa época, tiram das
gavetas projetos que lá estão há cinco, dez anos.
É fato indiscutível que não foram e não serão realizados. E,
ainda que aconteçam, temos que torcer muito pelo sucesso, pois estão defasados
demais.
Gestores têm dificuldades de parar e principalmente encarar
os fatos, com isso seguem em frente, enquanto puderem, até que num determinado
momento não existam mais opções.
Uma marca forte, reconhecida, com visibilidade, é
fundamental para qualquer produto, em qualquer mercado. Lembrando sempre que para
alguns produtos e mercados os consumidores são mais exigentes que outros.
Empresas lançam produtos e novas marcas, sem qualquer
comprometimento com sua propagação, para substituir ou complementar outros
negócios que não vêm dando certo. Continuarão não dando, essa é a realidade!
É verdade que gerar recursos para propaganda não é fácil, as
margens são sempre espremidas, por essa razão quem não dispõe de farto caixa tem
que pensar, estudar muito mais, colocar a inteligência a serviço da
organização, aplicando o pouco que tem de forma estratégica e consistente.
Não importa o negócio, o seu trailer ou barraquinha de
lanches terá que enfrentar uma organização que atravessou o oceano para fazer a
festa das crianças e adultos que passam às suas portas , quando as têm, todos
os dias, e que os atrai com sua marca e intensa divulgação.
Não importa se você usa os melhores pães do mundo e os
recheios mais saborosos.
A questão é simples: que leitura essas pessoas fazem disso?
Essa é a verdade da realidade.
A realidade nem sempre é como gostaríamos. Ela é como é.
O que vamos fazer com essa informação é que fará a
diferença.
Ao aceitá-la tomamos um choque de realidade que faz
despertar nossa consciência.
Há algum tempo apresentei uma proposta de trabalho detalhada
para uma empresa. Não desenvolvemos o projeto, uma vez que os gestores nos
disseram que haviam mudado os planos.
Algum tempo depois encontrei um funcionário que nos
acompanhou no levantamento das informações e nos disse que os gestores haviam
tentado implementar o plano por conta própria, evitando o investimento, mas que
não dera certo.
A verdade é que não haviam encarado a realidade, e sem o despertar
da consciência é pouco provável que o projeto tivesse realmente sucesso,
conduzido daquela forma.
Um colega de trabalho, no início da minha carreira, extremamente
competente, mas duro com as palavras, não fazia muito esforço para convencer as
pessoas de suas idéias, mas sempre encerrava os debates em que era vencido
dizendo: “A verdade da realidade é imutável, ainda que seja atacada pelos
maldosos e ridicularizada pelos ignorantes, lá está ela, majestosa”.
A construção do futuro, a superação das dificuldades,
inevitavelmente terá que passar pelo reconhecimento da verdade da realidade.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
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