Meio caminho andado
não significa nada
Batendo um papo sem compromisso, se elaborássemos uma lista
de boas ideias, nossas e de nossos amigos, que não foram efetivadas, mas que
poderiam ter trazido ótimos benefícios, tenho certeza que ela seria bem grande.
Não é sem razão que palavras como “ah, se eu soubesse”, “ah,
se tivesse feito”, “ah, se tivesse ouvido”, fazem sucesso e viram temas para
muitas obras.
Você nota que antes do “ah”, existe iniciativa, criação, depois
tem que haver determinação para ação, sem isto o que segue é apenas o lamento.
O mundo hoje trabalha de fato 24 horas por dia, 7 dias por
semana. Já há empresas com escritórios instalados em pontos estratégicos no
mundo. Quando uma equipe encerra o expediente a outra, em algum ponto do globo,
o retoma sem que a atividade seja interrompida. Essa é uma forma fantástica e
criativa de driblar o tempo.
Caso você seja concorrente dessa empresa, ao retomar o
trabalho no dia seguinte estará 16 horas atrasado. Considere o impacto na
semana, no mês e depois no ano.
Nessa velocidade não se debate mais a inovação das empresas,
mas a destruição e reinvenção.
Este pensamento está resumido nas seguintes palavras:
“Destrua a sua empresa antes que a concorrência o faça”.
No momento em que você não for capaz de mostrar que os seus
produtos são os melhores, ouvirá simplesmente do mercado um sonoro: - Fora!
Todo processo criativo é antes de mais nada um processo
destrutivo, das ideias e conceitos ultrapassados. A competição global é
simplesmente resultado da morte da distância e da valorização do brainware.
Redução de custos como forma de rentabilização das empresas tem
limites, a maioria dos programas no máximo cortam o cafezinho, copos de
plásticos e controlam as canetas, portanto trate de se concentrar no
crescimento da sua organização; se não conseguir inspiração observe seus
concorrentes.
Esteja preparado, a inovação vai lhe dar vantagem
competitiva, contudo não durma sobre os louros. Você terá muito trabalho para sustentá-la,
no dia seguinte seu concorrente o acompanhará e poderá ser mais competente.
Com a nova dinâmica do mundo, você tem duas opções, energizar
sua equipe para brilhar ou apagar as luzes. Duvida dessas palavras, então
concorra com EUA , Japão, que tal China ?
O recurso será a adição de pessoas com atitudes e o desenvolvimento
de suas habilidades, e lembre-se que o questionamento da acomodação é o fator
fundamental para conduzir a empresa e construir o futuro, afinal se o fazem é
porque se importam.
Nada condena mais projetos e permite o fracasso que a
palavra “Amém!“.
Os debates sobre comportamento estão mostrando que os jovens
se sentem mais confortáveis com a tecnologia do que com pessoas, isso nos
levará a novos modelos mentais e de gerenciamento.
O verdadeiro talento desenvolve competências e expõe
fraquezas, contudo a função do gestor não é superá-los, mas criar condições
para que contribuam com a criação do futuro da organização.
Isso não deve gerar desconforto, desespero, nem levá-lo ao
uso de remédios tarja preta, e sim renovar sempre sua motivação, suas emoções e
inspiração para superar os seus próprios resultados e os da companhia.
Hoje, uma empresa não consegue sobreviver com liderança
fraca, dependente de colaboradores medíocres, porém dóceis.
Ouço com frequência que o mundo dos negócios é cruel, diria
apenas que é prático, afinal você compraria algo ultrapassado?
Nas nossas empresas precisamos de pessoas de ação, afinal
meio caminho andado não significa nada!
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em
controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de
carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
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