sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Meio caminho andado não significa nada

Meio caminho andado não significa nada

Batendo um papo sem compromisso, se elaborássemos uma lista de boas ideias, nossas e de nossos amigos, que não foram efetivadas, mas que poderiam ter trazido ótimos benefícios, tenho certeza que ela seria bem grande.

Não é sem razão que palavras como “ah, se eu soubesse”, “ah, se tivesse feito”, “ah, se tivesse ouvido”, fazem sucesso e viram temas para muitas obras.

Você nota que antes do “ah”, existe iniciativa, criação, depois tem que haver determinação para ação, sem isto o que segue é apenas o lamento.

O mundo hoje trabalha de fato 24 horas por dia, 7 dias por semana. Já há empresas com escritórios instalados em pontos estratégicos no mundo. Quando uma equipe encerra o expediente a outra, em algum ponto do globo, o retoma sem que a atividade seja interrompida. Essa é uma forma fantástica e criativa de driblar o tempo.

Caso você seja concorrente dessa empresa, ao retomar o trabalho no dia seguinte estará 16 horas atrasado. Considere o impacto na semana, no mês e depois no ano.

Nessa velocidade não se debate mais a inovação das empresas, mas a destruição e reinvenção.

Este pensamento está resumido nas seguintes palavras: “Destrua a sua empresa antes que a concorrência o faça”.

No momento em que você não for capaz de mostrar que os seus produtos são os melhores, ouvirá simplesmente do mercado um sonoro: - Fora!

Todo processo criativo é antes de mais nada um processo destrutivo, das ideias e conceitos ultrapassados. A competição global é simplesmente resultado da morte da distância e da valorização do brainware.

Redução de custos como forma de rentabilização das empresas tem limites, a maioria dos programas no máximo cortam o cafezinho, copos de plásticos e controlam as canetas, portanto trate de se concentrar no crescimento da sua organização; se não conseguir inspiração observe seus concorrentes.

Esteja preparado, a inovação vai lhe dar vantagem competitiva, contudo não durma sobre os louros. Você terá muito trabalho para sustentá-la, no dia seguinte seu concorrente o acompanhará e poderá ser mais competente.

Com a nova dinâmica do mundo, você tem duas opções, energizar sua equipe para brilhar ou apagar as luzes. Duvida dessas palavras, então concorra com EUA , Japão, que tal China ?

O recurso será a adição de pessoas com atitudes e o desenvolvimento de suas habilidades, e lembre-se que o questionamento da acomodação é o fator fundamental para conduzir a empresa e construir o futuro, afinal se o fazem é porque se importam.

Nada condena mais projetos e permite o fracasso que a palavra “Amém!“.

Os debates sobre comportamento estão mostrando que os jovens se sentem mais confortáveis com a tecnologia do que com pessoas, isso nos levará a novos modelos mentais e de gerenciamento.

O verdadeiro talento desenvolve competências e expõe fraquezas, contudo a função do gestor não é superá-los, mas criar condições para que contribuam com a criação do futuro da organização.

Isso não deve gerar desconforto, desespero, nem levá-lo ao uso de remédios tarja preta, e sim renovar sempre sua motivação, suas emoções e inspiração para superar os seus próprios resultados e os da companhia.  

Hoje, uma empresa não consegue sobreviver com liderança fraca, dependente de colaboradores medíocres, porém dóceis.

Ouço com frequência que o mundo dos negócios é cruel, diria apenas que é prático, afinal você compraria algo ultrapassado?

Nas nossas empresas precisamos de pessoas de ação, afinal meio caminho andado não significa nada!

Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo


quinta-feira, 28 de setembro de 2017

A ponta do iceberg dos problemas de gestão

A ponta do iceberg dos problemas de gestão

Você que trabalha com gestão deve ouvir de clientes, fornecedores, parceiros comerciais: - Nós não temos problemas, precisamos fazer apenas pequenos ajustes.

Estando do lado de fora, fica intrigado, pois não é essa a sua percepção.

Com determinadas empresas, suas compras nunca são atendidas no prazo, os atrasos podem ser de alguns dias, mas raramente na data acordada.

Os clientes, “coincidentemente” os mesmos, estão sempre fazendo pedidos para entregas urgentes, pedidos de última hora.

Caso você seja um gerente de banco, deve observar que muitas empresas usam o cheque especial de forma inadequada, ficando clara a falta de planejamento e antecipação de ação, já que há outras linhas com custos menores.

Como gestor de uma indústria, observa a produção fazendo horas extras, dia após dia, para tirar atrasos, e muitos destes produtos ficarem no estoque sem um despacho imediato.

Notando esses fatores e estando disposto a melhorar a sua gestão, basta pegar um papel, caneta e dar uma volta na empresa, ouvir as pessoas e fazer as anotações.

Você vai me dizer: - Por que papel e caneta?  Pegue um laptop, notebook, um palm top!

Em empresa com pequenos problemas, eles estão sempre com a bateria descarregada, então vamos de papel e lápis. Garanto que voltará à sua sala com uma lista bem interessante.

Encontrará casos complexos para resolver, como concluir a implantação do ERP, cuja utilização chega, no máximo, a 50% dos recursos, ou questões simples e negligenciadas, como finalizada a fabricação daquele pedido urgentíssimo, e ninguém se preocupar em avisar o pessoal da administração comercial ou faturamento para que tomem providências para o envio ao cliente.

Quando você diz ao cliente que o material que ele comprou estará na empresa às 17 horas, é isso que ele espera.

É provável que ele ligue de dez em dez minutos para saber como as coisas estão indo até que o receba. Afinal, ele também tem compromisso. Não é isso que o aborrecerá mais, e sim descobrir nos últimos minutos, ou após as 17 horas, que tudo que lhe disseram não era real.

Após esse horário, ele deixa de ter respostas que possam atender suas necessidades e começam as escusas:

O pessoal do faturamento já saiu, não tem mais ninguém no financeiro para liberar o pedido, o depósito ainda não foi identificado, não temos caminhões, se quiserem ainda hoje terão que retirar.  O que mostra total falta de compromisso e coordenação de uma demanda importante.

Importante porque o valor é alto?

Não, importante porque há um compromisso firmado.

Pensando um pouco nessas questões,  lembrei de um fato:
Estava desenvolvendo consultoria em uma empresa na área financeira e enquanto almoçávamos um dos sócios me disse: - Finalmente chegaram os materiais que vamos enviar para o cliente X do país Y.

Não vamos nem trocar as caixas colocando as nossas, seguirão com as mesmas que vieram, assim ganhamos tempo!

Aquilo me chamou a atenção. Não vão abrir as caixas, então não devem inspecionar o material!

Fiz a pergunta, insisti no assunto, e a reposta foi: - Não vamos perder tempo, este é o segundo envio, no primeiro, poucas peças apresentaram problemas e muito pequenos.

O resultado, infelizmente, foi desastroso: O cliente, ao receber o material, indignado mandou inúmeras fotos dos problemas encontrados. O material foi reposto, o fornecedor arcou com o prejuízo e a empresa hoje não exporta mais esse tipo de produto, além de estar com a imagem bastante prejudicada.

Contratei um serviço, o gerente da empresa que cuida de minha conta me garantiu que eu não teria problemas. Recebi os boletos, o pagamento é antecipado.

Estou devolvendo pela terceira vez, todos boletos vieram errados e não pude ainda utilizar os recursos que comprei.

Essa empresa tem problemas, o que estamos observando é apenas a ponta do iceberg.

Não são necessárias complexas análises para descobrir que uma empresa tem ruídos em sua comunicação, que geram uma cadeia de entraves e provocam atendimentos inadequados.

Repetição de erros, demora nas respostas, negligência no atendimento, poucas vezes são fatos isolados, estão mais ligados à cultura, método de trabalho e coordenação deficiente.

A ponta do iceberg mostra apenas alguns problemas operacionais, a falta de organização e a deficiência na comunicação estão abaixo da linha d’água.

Qual o tamanho real do iceberg?

Só mergulhando na água gelada para ver, mas nessas empresas poucos se dispõem a isso!

Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

O poder das sociedades informais do conhecimento em torno das grandes fogueiras

O homem sempre se reuniu em torno de uma ideia. Ah, se as fogueiras falassem!
Estas sempre foram testemunhas da criação, fortalecimento e dissolução de sociedades.
Em seu entorno, ainda batem-se os tambores da guerra e da paz!

Uma nova dança, uma nova música, um jeito diferente de construir um arco e flecha, um novo tambor, uma armadilha, uma técnica de caça, de defesa, de ataque, de navegar, de plantar, de fazer escambo, de evoluir...

Nos grupos há os que sabem e os que usam. Os teóricos e os práticos.

A informalidade, a experimentação, o “descompromisso” com resultados tornam as sociedades do conhecimento inovadoras, criadoras e revolucionárias.

Estas surgem por interesses e desaparecem por esgotamento.

Por que são informais?

Por que as pessoas são ligadas por problemas e busca de soluções. Pelo conjunto de conhecimentos se atraem para adicionar competências.

Modelo de competência
Como modelo, para exercício de formalização, este tem como parâmetro as soluções que são esperadas dos integrantes e interessados. Por exemplo, como vendedor, o que o seu cliente espera de você?

O modelo estabelece o mapa de competências
O que, como interessados, os integrantes precisam saber para levar em frente seu projeto?

Comunidade da prática
As necessidades reúnem em torno da fogueira os detentores do conhecimento e desenvolvedores de aplicações para tirar dúvidas, partilhar experiências, em busca de novos saltos operacionais.

Como as pessoas aprendem?
O aprendizado não é formal, dirigido, isolado e individualizado, mas, como exercício em sociedade, é partilhado por grupos. A informação é captada e propagada sem restrições.

Forças de atração de grupos que aprendem
As forças de atração não são intencionais, mas espontâneas.
São geradas por temas, poder de cooperação, sondagem e ensinamentos para adição de competências para exploração e solução de questões complexas.

O poder da informalidade
Grupos criminosos tem incrível capacidade para criar artifícios e argumentos, com espantosa agilidade, que o estado formal, preso à regras e estrutura rígida, não consegue combater.
Nesses casos, a velocidade da informação é resultado da informalidade, aspecto que no modelo formal impede o soldado raso de alcançar o comandante com a solução, não importa quão genial possa ser.

O poder da informalidade, inovador e revolucionário, alcança a ciência, arte, música, esportes, apreciadores de bebidas, charutos, fãs de jogos de cartas, chás, mestres cucas, pescadores, onde um objetivo existir.

Sua longevidade dependerá das pessoas, que permanecerão enquanto tiverem algo a contribuir e a aprender.

Barreiras que a informalidade derruba

A informalidade é um aríete, que se choca violentamente contra portas e muros do preconceito, e que impede: 

  • Restrição à divulgação das informações e descobertas;
  • Proibição do uso e aplicação dos conhecimentos;
  • Ação das sombras da desconfiança;
  • Disseminação dos conflitos entre pessoas por discordâncias. Não há nenhuma obrigação de aceitação de ideias;
  • Divergência por crenças e valores;
  • Conflitos por visão e missão;
  • Obrigação de convergência;
  • Restrição ao livre exercício de opiniões e pensamentos.

Rock é Rock.  Que rolem as pedras!

Tanto Beatles como Rolling Stones podem fazer seus sons e ter seus adeptos.

Nas organizações, os consultores têm papel fundamental. Fertilizam os solos, mas não interferem no crescimento dos campos.  Dessa forma, podem atuar de modo informal nos grupos de conhecimento e prática, potencializando o desenvolvimento e aplicação do capital intelectual.

Sabedoria e aplicação do poder das sociedades informais do conhecimento
Nas sociedades informais do conhecimento, o produto não será aquilo que você deseja, mas o que estas podem oferecer pelo seu foco.

Atritos gerados pelo poder das sociedades informais do conhecimento
Nas empresas, os atritos podem ocorrer porque o fundamento da ocupação destas sociedades pode colidir com os fundamentos do modelo de gestão da organização.
A empresa precisa vender mais ou melhorar o produto azul, enquanto o grupo tem seu foco no amarelo. É comum que as discordâncias provoquem a debandada e o grupo siga para o mercado.
Há muitas histórias de formação de novos empreendimentos por migração total ou parcial de sociedades informais do conhecimento.

Queiramos ou não, gostemos ou não, incentivemos ou não, assim caminha a humanidade em torno das grandes fogueiras!


Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
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terça-feira, 19 de setembro de 2017

Uma pira de ira

Eu gostaria que ao perguntar o que está acontecendo com o homem, em função da violência que vemos, isso tivesse alguma relevância e levasse a alguma reflexão. E essa reflexão pudesse, de alguma forma, contribuir para termos um pouco de paz.

Amigos até me dizem que a ideia é legal, que seria interessante sempre provocarmos o debate, levando a perguntas e respostas, mas há um dado que mostra que a coisa não é tão simples assim: desde o surgimento do homem e desde que foi possível reunir dados, a história mostra que a humanidade experimentou apenas 300 anos de paz absoluta.  A pergunta mais simples é: o que há de errado com o homem?

Ser religioso não significa ter fé, como ter fé não significa a necessidade de uma religião, mas consideremos que ambos, religião e fé, tornem o homem menos agressivo. Vemos o homem em busca de um sentido maior, e no mesmo passo a escalada da violência. O que está errado?

Será que a violência está provocando reflexões maiores, ainda que não possa ser contida? Não observamos apenas roubos e assaltos, mas uma violência incontida contra pessoas e contra o patrimônio.

A sociedade tem se mostrada tolerante, omissa e impotente.  De vez em quando vemos uma explosão de raiva, onde bandidos apanhados acabam castigados pela população.

Mas também vemos que esta mesma sociedade sofrida se volta contra aqueles que têm a incumbência de manter a ordem.

As redes sociais, todos os dias, estampam as imagens da violência. Não mais em fotos, mas em vídeos. Isso faz muito sucesso, as imagens se espalham, são comentadas e curtidas!

Parte da violência que vemos, apenas estavam escondidas e se tornaram visíveis, mas uma parte tem a ver com nossa omissão.

Impotente, o homem apenas torce para que não aconteça com ele e com os seus, e quando o infortúnio o atinge, sem apoio das autoridades, leva a vida, destroçado.

É possível ver, a qualquer hora do dia e da noite, grupos de jovens usando drogas. Onde estão os pais? O que fazem quando descobrem que o filho está se drogando?

Muitos negam veementemente, e ai de você se tentar lhes abrir os olhos!  A frase “onde foi que errei” já virou piada...

Alguns defendem a liberação das drogas, com o argumento que aquele quiser usar que se lasque. A questão não é tão simples, pois o drogado sem dinheiro para manter o vício rouba, assalta e sob seu efeito sabe-se lá o que vai fazer!

Ao volante qual a diferença entre uma pessoa alcoolizada e outra drogada? Na história do drogado, a raiva e a ira estão presentes.

A ira é um sentimento intenso de raiva, ódio ou rancor. Esse conjunto de fortes emoções leva à vontade de agressão.

Traumas acumulados formam uma pira, pronta para ser acesa. Por isso, o irado sente incontrolável vontade de insultar e agredir pessoas. 

Mahtama Gandhi, quem conhece sua história sabe, passou por momentos terríveis e nos diz com sabedoria “Aprendi através da experiência amarga a suprema lição: controlar minha ira e torná-la como o calor que é convertido em energia. Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo”.

Sêneca nos alerta: “Uma ira desmedida acaba em loucura; por isso, evita a ira, para conservares não apenas o domínio de ti mesmo, mas também a tua própria saúde”.

Marco Aurélio é prudente e racional: “Mais penosas são as consequências da ira do que as suas causas”.

A velha sabedoria nos chama à razão: A ira começa com a loucura e acaba com arrependimento.

Tito Lívio dá tempo ao tempo: O tempo acalma a ira.

A sabedoria chinesa clama pelo bem senso: Não compense na ira o que lhe falta na razão.

Com todo esse conhecimento, por que vivemos em guerra, até com nós mesmos?

Talvez não saibamos que cada momento de raiva vai formando nossa pira de ira, que uma hora acabará acesa!

Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Nossa vida é feita quando estamos em movimento

Nossa vida é feita quando estamos em movimento

Em uma das maiores redes de televisão do mundo, uma jornalista contava que no início da carreira invadiu a sala de um diretor dessa emissora e disse: - Estou aqui porque quero trabalhar com você!
Ao ouvir isso a plateia se assustou. Pensaram, certamente, que fora expulsa.
Que nada! Foi contratada na hora, e faz muito sucesso até hoje.

Um senhor queria trabalhar em uma grande empresa, mas devido à idade não adiantava a insistência, por mais que tentasse não conseguia uma vaga. Todos os dias ele varria a calçada da empresa, e falava de seu sonho. Foi contratado e fez a carreira que almejava.

A primeira mulher a se tornar bilionária como escritora jamais abandonou seus sonhos. Quantas horas ela não passou em um café escrevendo, escrevendo, sem que encontrasse alguém que a ajudasse!  E quantos não lhe disseram para arrumar um emprego, que aquilo não lhe daria futuro!
Um dia, timidamente, apareceu um editor que fez uma pequena aposta, abrindo uma porta para o mundo. E que porta para ambos!

Nos momentos mais difíceis, os feitos não parecem grandes, mas como negá-los depois da concretização?
Toda caminhada, por mais longa que seja, começa com o primeiro passo.
O primeiro passo é inesquecível, pergunte a um pai ou uma mãe o que pensam disso. Depois, tolos, nos esquecemos dessa premissa.

Os passos do homem também tem o efeito borboleta!
Essa teoria afirma que “o simples bater das asas de uma borboleta pode afetar o curso natural das coisas e provocar um tufão no outro lado do mundo!”.

Ah, que nos digam os efeitos provocados pelo caminhar de Steve Jobs e Bill Gates, desde muito cedo.

O movimento que leva o homem ao topo do Everest e ao fundo dos oceanos, é cercado de outros milhares de passos.

Quando olhamos cada produto que nos cerca e nos interessamos por saber como é feito, nos maravilhamos com a luz da inteligência e nos assombramos com o poder de transformação de cada caminhar.

Heron de Alexandria, que viveu entre 10 D.C. e 70 D.C, ficou conhecido por inventar um mecanismo para provar a pressão do ar sobre os corpos. A história o registra como o primeiro motor a vapor documentado, a eolípila.

Olhar o vapor saindo de uma chaleira muitos fizeram nesta vida, mas transformá-lo num recurso que daria grande impulso à história da humanidade, era um para poucos. Assim, em 1698,Thomas Newcomen inventou uma máquina para bombear água, a vapor, usada com frequência para drenar as minas.
E, James Watts permitiu que muitos acompanhassem esse caminhar ao melhorar o motor a vapor, que foi o grande alicerce da Revolução Industrial.

Passos que mudaram o mundo. Este nunca mais seria o mesmo!

Muito aprendemos ao ler biografias, pois lá está o registro dos motivos que fizeram caminhar Freud, Einstein, Darwin, Galileu, Colombo, e tantos outros que, instigados pelas dúvidas e perguntas que enchiam suas mentes, partiram para uma caminhada de descobertas.

Um tijolo sozinho não sobe paredes.
Se queres uma catedral, caminhar é fundamental!
Ao dobrar os sinos, levanta e anda.
A vida te espera.
E, com ação, há sempre muito o que  esperar da vida.

Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
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quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Quando você sabe em que negócio está, o sucesso não é resultado do acaso

Empreendedores criam suas empresas por vocação, oportunidade, imitação, recebem como herança. O motivo que os levam a atuar em determinados segmentos de negócios são os mais variados possíveis.

Aqueles que se identificam com o tipo de negócio ou delegam a especialistas criam condições para geração de resultados positivos, quem diverge desse entendimento, normalmente, costuma ter gestões um tanto conturbadas.

O posicionamento da empresa no mercado com sua marca, qualidade de seus produtos e preços adequados abre as portas para o sucesso.

Muitas organizações enfrentam dificuldades por falta de equilíbrio entre esses fatores e não superam as barreiras para construir relações comerciais duradouras.

Esse é um discurso básico, simples, óbvio, não há necessidade de nos estendermos mais nos motivos, por que, então, uma pessoa sensata não o ouviria?

Porque não se trata de sensatez, há um milenar ditado oriental que diz: “O homem que não sabe para onde quer ir é incapaz de ouvir um bom conselho.”

Muitas empresas no mercado brasileiro que atuam em segmentos onde representatividade e a visibilidade são aspectos importantes para os consumidores ainda são resistentes aos investimentos em publicidade e propaganda, e acabam não dando a projeção necessária às suas marcas, produtos e às suas próprias empresas.

Entregam a responsabilidade das vendas nas mãos de pessoas despreparadas, com isso, além de não construírem relações comerciais duradouras, prejudicam o pouco que têm dado certo.  

Empresas com essas dificuldades facilitam o sucesso dos concorrentes, uma vez que os clientes e prospects acabam induzidos a escolher as outras opções e propostas recebidas.

O que vender como oferecer, como abordar, em que momento, a que preço, com qual qualidade, parecem óbvios, mas na realidade esses pontos precisam estar em equilíbrio.

Uma questão primordial que mesmo gestores experientes têm dificuldades de responder é: Por que um cliente nos procuraria e decidiria pelos nossos produtos e não pelos dos concorrentes? 

O que o leva a essa decisão?

Esse assunto quando abordado em seminários, onde as experiências dos participantes são variadas, gera acalorados debates e termina com frequência com a seguinte colocação: Soubéssemos de fato, seríamos lideres de mercado!

Outra resposta comum e rápida é: Preço!

Caso não sejamos os escolhidos por essa questão não podemos deixar de perguntar: Por que não podemos concorrer com esse preço?

Vamos chegar a duas situações:
1)      Não ajustamos a empresa para alcançar os custos que permitam vender a esse preço;
2)      Nossa qualidade é superior às dos concorrentes e não nos interessa competir nesse mercado.

Para entender, de fato, em que negócios estamos há alguns aspectos fundamentais que temos que estudar:

Qual é o nosso negócio?
Nosso negócio é definido pelos produtos de linha ou sob encomenda, que a empresa fabricará e que poderia fabricar para atender as expectativas de mercado.

Quais segmentos de mercado atenderemos?
Venderemos diretamente ao consumidor, a revendedores no varejo, distribuidores ou atacadistas.

Quais segmentos de negócios atenderemos?
Considere que nosso negócio esteja focado em caixas de madeira.
O alvo serão as transportadoras, indústrias metalúrgicas, de plásticos, frutíferas, etc., onde faremos a prospecção de oportunidades.

O que sabemos sobre as possibilidades e oportunidades de venda?
Esta questão demanda análise da listagem dos clientes ativos, inativos e potenciais (prospects) abordados e não abordados.

Quem pode nos ajudar a ampliar o foco de abordagens?
A adição de competência nesta área é fundamental para pesquisa de potenciais clientes nos segmentos alvo.

Onde estamos acertando e errando nas nossas abordagens?
A análise dos sucessos e insucessos no processo de venda e perda de negócios possibilita o conhecimento dos nossos pontos fortes e fracos.

Que situações necessitam de um plano especial de abordagens?
O estudo das barreiras ou superação destas para aumento das vendas, porque os clientes compram ou não compram, é fundamental para preparação da matriz de características e benefícios que permitem estruturar os planos de visita.

Com que estamos concorrendo por espaço no mercado?
Todos que oferecem produtos similares são competidores, mas nem todos concorrem.

Que tipo de concorrentes estamos enfrentando: pontos fortes e fracos dos concorrentes
Conhecer os concorrentes é ser capaz de identificar seus pontos fortes e fracos. Conhecer seus pontos fortes e fracos nos permite desenvolver estratégias para superá-los.
Há uma velha máxima, hoje máxima velha, que diz: No mercado há espaço para todo mundo.
Infelizmente não há, pois se o mercado cresce 3,5% e o concorrente cresceu 15%, ele tomou a fatia de alguém. Você só se dará conta quando essa parte for sua. Crescendo, ele logo chegará lá!

Qual a nossa sistemática de abordagem de mercado?
A avaliação do sistema e da equipe de vendas nos deixa claro como a empresa oferece o produto e qual a taxa de aceitação ou rejeição.

Qual nosso alcance no mercado?
Atendemos ou atenderemos em bases regionais ou em âmbito nacional?

Quem nos conhece e como somos conhecidos?
O conceito que a empresa e seus produtos gozam no mercado são informações das quais os gestores não podem abrir mão.

Qual a penetração que temos nos clientes?
Avaliar a penetração que temos nos clientes e prospects e em suas áreas de compra é determinante.
Como fornecedores temos que gerar oportunidades de vendas e procurar estar no local certo no momento certo.

Como nossos produtos são avaliados?
Incessantemente temos que fazer a verificação da aceitação ou rejeição por qualidade, preço e visibilidade.

Como estamos respondendo às expectativas dos clientes?
Os clientes não esperam apenas que os atendamos com pontualidade, mas que excedamos suas expectativas.
Atendermos rigorosamente o que foi acordado não é mais do que obrigação.


Quão agressivos podemos ser no investimento, para obter maior fatia de mercado?
A análise do Ponto de Equilíbrio, preparação de reserva de caixa e estabelecimento de investimento para entrada em determinados mercados, base para a criação do futuro, é determinante para o sucesso de todo empreendimento.

Entendendo esses pontos é possível estabelecer um plano de ação para aumento de faturamento e taxa da retorno do investimento.

Sem conhecimento mínimo do mercado, gerir uma empresa é como investir o capital em bilhetes de loteria e esperar a sorte bater nas nossas portas.

Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

O silêncio de cada um de nós

Em casa, no trabalho, nas ruas, ouvimos sempre pessoas dizendo que gostam do silêncio e outras que não o suportam. Vamos tratar o silêncio como ausência de ruídos.

Quem tem filhos pequenos tem uma visão clara do que é isso, não?

Juntos riem, brincam, gritam, brigam, nos enlouquecem, mas passe um dia sem eles.  Que falta fazem aqueles pequenos furacões!

O silêncio é precioso, mas quando o temos como nosso aliado.

Você já pensou como ele é valioso para uma boa conversa?

Permite que você ouça os interlocutores, possa refletir, sem que ruídos atrapalhem o perfeito entendimento.

Música! Você gosta de música? Profissionalmente ou de forma amadora toca algum instrumento?

Dá para imaginar como o silêncio o ajuda no entendimento das peças, das notas, dos efeitos sonoros?

Para o estudo, reflexão, que companheiro fantástico!

Tenho muitos amigos que só estudam e trabalham ouvindo música e dizem:- Assim me sinto menos só!

Bom, o estudo e o trabalho já são excelentes companhias, mas nesses casos podemos considerar que a música cria o silêncio necessário de forma que os ruídos das máquinas, da rua, das pessoas, do cachorro do vizinho não lhes roubem a atenção.

Há algum tempo implantei um sistema em uma empresa que havia liberado o uso de rádios.

Havia três, um na contabilidade, outra na tesouraria e um com a equipe de custos.

Cada grupo gostava de um tipo de música, e os deixavam como som muito alto para superar o ruído que vinha do setor ao lado.

Para resolver essa questão, as pessoas foram reunidas, como não houve entendimento, eles mesmos decidiram aposentar os rádios. Estava criado um novo momento de silêncio.

Durante um tempo morei em frente a uma academia de ginástica. O casal, vizinho, era justamente o dono do negócio.

Para meu desespero, a mesma música bate-estaca que tocava na academia também tocava no apartamento, o dia todo. Quantas vezes não me peguei digitando no ritmo da música!

Para mim, aquilo era um incomodo, para eles retirava os ruídos e os colocava em estado de conforto, pois como diziam se sentiam menos sós.

Depois de um dia e trabalho intenso é muito bom chegar em casa, dar uma relaxada, ficar alguns momentos sozinho, quem sabe até ouvir uma boa música, tomando uma cervejinha!

Não, isso não é para todo mundo. Tem gente que gosta de chegar e contar o dia.

Minha irmã, quando morávamos todos juntos, tinha essa rotina!

Todos os dias repassava com minha mãe os eventos da semana.

Eu já conhecia as histórias e dizia:- A mãe já sabe de tudo isso, você já contou várias vezes, até eu já as conheço de cor.

Ela imediatamente retrucava: - A mãe gosta de ouvir. E seguia repetindo a mesma história, com uma incrível precisão.

Nesses encontros elas criavam seus momentos de silêncio.

Eu, garoto, muitas vezes ficava “antenado” na conversa para ver se haveria algum detalhe diferente, para que, de alguma forma, pudesse provocar minha irmã. Nunca tive essa chance.

Quando a encontro sempre comento: - Que precisão você tinha nas suas histórias, heim? Ela só ri...

Hoje, já não moram mais juntas, minha irmã tem sua família, mas não deixa de telefonar para nossa mãe, todos os dias, para que possam ter seus momentos de silêncio.

Nossa paciente mãe já não tem a mesma capacidade auditiva, então as histórias têm que ser contadas algumas oitavas mais altas e com alguma repetição, sem que isso as atrapalhe.

Esse é um aspecto interessante, você já notou que muitas vezes há um grupo conversando animadamente, de repente alguém grita: - Dá para vocês falarem mais baixo, eu não consigo ouvir o que estão me dizendo aqui?

A turma, já tendo atingido o estado de silencio, continua a conversar e rir, sem sequer se dar conta do pedido que lhes foi feito.

Nessa balburdia é possível encontrar pessoas entretidas com alguma leitura.

Meu amigo Fernando, já não o encontro há muito tempo, tem essa capacidade. Uma vez que se concentre, só um chacoalhão o tira desse estágio.

Meu melhor momento de silêncio é escrevendo, não chego a ter a concentração do Fernando, mas poucas coisas me incomodam quando estou desenvolvendo alguma idéia.

Outra forma de criar momentos de silêncio, quando considero necessário, é nas estradas, ao volante!

Dirigir nos caminhos da Serra da Mantiqueira sempre me leva a um ponto excepcional de relaxamento, reflexão.

Caminhar na praia é interessante, em pouco tempo os sons das ondas integram nosso silêncio.

Como as pessoas têm percepções diferentes, só a sabedoria vai nos permitir entender e respeitar o silêncio de cada um de nós, criando ambientes agradáveis e produtivos.

Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
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