segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O vaidoso sucesso concorre com o oportunista dinheiro

Sempre que pensamos em uma vida com fartura, associamos a situação ao sucesso e ao dinheiro, correto?

Podemos considerá-los irmãos e amigos manhosos e ciumentos.

O sucesso gosta de ser alimentado pelo dinheiro, este, por sua vez, espera ser alimentado pelo sucesso. Uma irmandade que pede e cobra reciprocidade.

Uma sombra ronda suas origens. Ninguém sabe qual dos dois nasceu primeiro.

O sucesso é tímido, vaidoso, muitas vezes arrogante. Cauteloso para se mostrar, embora se regozije com os aplausos.
Seu humor oscila muito. Sem aconchego se afasta, mas ao menor sinal de carinho está de volta. Sente-se solitário quando não é reconhecido e se encontra distante do dinheiro. Apesar das broncas, o rabugento irmão lhe dá segurança e incentivo, embora muitas vezes não possa protegê-lo.
Gosta de se vestir bem, por isso leva uma vida cara e dispendiosa. As luzes e as cores o atraem.

O dinheiro tem outro comportamento. Oportunista, sempre quer se dar bem, por isso procura situações favoráveis. Extremamente covarde, foge ao menor sinal de perigo. Genioso, dificilmente volta quando maltratado.
Não se importa com o visual, por isso é sempre criticado e orientado pelo sucesso.
Aparece em público apenas quando necessário e não gosta de exposição.
Sente-se responsável pelo sucesso, por essa razão, mesmo contra sua vontade, investe em sua carreira.
Seu gosto pela segurança o leva a criticar duramente o irmão. Este, por sua vez, também dá sua parcela de contribuição, mas não se contenta com pequenas mesadas, pedindo com frequência de volta tudo que ofereceu e às vezes um pouco mais.    

O dinheiro é competitivo, não gosta de perder. O sucesso é fútil, se aborrece com as perdas, mas se arrisca quando tem oportunidade, ainda que com insensatez.

Que paradoxo! Corpos resistentes para frágeis saúdes. Oscilam entre vitalidade e debilidade.

O dinheiro reconhece e se preocupa com a capacidade de trabalho do sucesso, por essa razão está sempre em vigília, incentivando, apoiando sua reciclagem, procurando não deixar lhe faltar nada. O sucesso é criativo e genial quando se empenha. Chato e aborrecido quando se deixa levar pela vaidade.

O sucesso teme perder o apoio do dinheiro, por essa razão quando desperta dos sonhos e se vê ameaçado resolve trabalhar.

Bons momentos os aproximam e estes se permitem  situações prazerosas, riem, conversam, contam histórias. Maus momentos os afastam, ficando o sucesso acabrunhado e o dinheiro terrivelmente irritado.
Sabem que a parceria pode mudar o rumo da situação, mas nem sempre o dinheiro mostra sua disposição.

Esse é o momento em que o sucesso para recuperar sua amizade se coloca em ação e surpreende a todos.
Com grade alarido ou esgueirando-se nas sombras faz sua aparição: “Ele está de volta, com grande pompa, luzes e sons”. Maravilhando, arrancando aplausos e atraindo a amizade do irmão pela cobiça.

Os olhos do sucesso brilham pelo reconhecimento, do dinheiro pelas vantagens.

O tempestuoso relacionamento é mantido pela mútua dependência, ainda que para eles seja difícil reconhecê-la.

E como estão hoje? Neste momento estão bem.

Veja, lá vai o dinheiro, carrancudo, com a mão no ombro do sucesso, que feliz corteja todos que passam, arrancando aplausos, sorrisos, e alguns comentários...

Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo


O vaidoso sucesso concorre com o oportunista dinheiro


terça-feira, 16 de agosto de 2016

Um jegue com GPS

Este texto é uma homenagem a uma querida amiga, nascida e criada em Itaité, Bahia, que nos recebe com tanto carinho e alegria, aqui em São Paulo.

Quando a fama e o sucesso a alcançarem e perguntarem de onde veio, sua lenda será contada assim:

Sua pequena cidade, com cerca de 14.000 habitantes, Itaité, fica na mágica Chapada Diamantina. Uma região de serras, no centro do Estado da Bahia. Um lugar esplendoroso, onde nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas.
Águas  brotam nos cumes e deslizam pelo relevo em belos regatos, despencando  em borbulhantes cachoeiras  e formam transparentes piscinas naturais.
Ali vivem os amigos, parentes e seus maiores amores, Mainha e Painho! Dessa forma carinhosa, sempre se dirigiu aos queridos e amados genitores.

O vento, que sopra um ar quente e abafado, o som das águas, começaram a soar em seus ouvidos como uma escala melódica, arrancando, sem que se desse conta, notas afinadas de sua garganta e de sua imaginação de artista.
Todos que a encontravam ouviam seu canto belo e triste, prenúncio que logo partiria.

Os corações de Painho e Mainha, pessoas de fibra e sensíveis, como todos sertanejos, já haviam percebido. Aquela linda e alegre menina iria atrás de seu destino, distante muitos quilômetros de casa.
Painho dizia sempre a Mainha: - Como poderemos enviar nossa menina à distante São Paulo, em segurança, para que lá realize seu maior sonho que é cantar?
Como se Deus lhe enviasse uma mensagem, ouviu Sorriso, seu fiel e valente jegue.  Luzes se acenderam!
Sorriso era capaz de voltar para casa, não importa onde lhe deixassem. O problema era outro: como fazê-lo chegar ao destino?
Os parentes em São Paulo acolheriam com carinho seu maior tesouro, a menina que tantas alegrias trouxera ao seu humilde, mas alegre lar. O que lhe preocupava era que não se perdesse em um trajeto tão longo.

Mainha lhe pedira para ir à cidade comprar alguns mantimentos. Enquanto caminhava pelas ruas, algumas pessoas à sua frente falavam de uma maravilha, um tal de GPS, que permitia trilhar todos os caminhos sem dificuldades.
Painho não se conteve, os interrompeu e iniciou uma conversa.  Em minutos tinha a resposta. Correu à loja mais próxima, comprou o aparelho, algumas roupas para viagem e a mais bela mala que encontrou.
Sem poder esperar para dar a notícia, esqueceu os pedidos e recomendações de Mainha e voltou correndo para casa, com a solução que tanto procurara.

Quando a manhã chegou, abraçado a Mainha sentia que sua vista, já cansada, deixava lágrimas caírem ao ver Sorriso se afastar com sua menina, vestida de branco, flores brancas nos cabelos, como um anjo, deixando o lugar que nascera para colocar no céu mais estrela.
Uma estrela que cantaria e embalaria as paixões das pessoas que amam a vida e a arte.

Mainha e Painho a viram partir com os corações apertados, mas duas certezas os deixavam felizes: Estavam realizando um sonho e Sorriso, o Jegue, logo estaria de volta com seu GPS.

Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
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Skype: ivan.postigo


Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.

A realização de um sonho em um jegue com GPS


segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Desorientação administrativa

Para os gestores, hoje, não faltam informações, teses sobre gestão, recursos para computação e processamento de dados, então por que razão há tantas empresas desorganizadas?
Quando a economia  colabora, desastres são evitados, porém no primeiro revés muitas não suportam a carga.

Insisto que a negligência com a competição é que a cria a concorrência, mas isso tem mais apelo no esporte do que em gestão empresarial.
Sabe aqueles pequenos detalhes que fazem enorme diferença no final, como acontece no futebol: gols fora de casa valem o dobro, vitória no campo do adversário serve para desempate, saldo de gols conta em uma decisão, e assim por diante? Pois é, em gestão é a mesma coisa.

Conta a história que um grande fabricante de relógios ao ouvir que um concorrente estava colocando seus produtos nas farmácias respondeu: - E eu vou me preocupar com isso? Quem são eles e como podem nos incomodar?
O tempo passou e realmente incomoda. Hoje, ambos, vendem relógios de ouro nos mesmos locais e com preços similares.
Faltaram informações?
Alguns dirão: “Dados que não provocam reflexões, decisões e ações não são informações, apenas dados.”
Será que esse conceito está correto?
Não fazer nada também, não é uma decisão?
Houve uma manifestação tácita, não houve, negando, peremptoriamente, a crença em uma ameaça mercadológica?
O concorrente também não abocanhou mercado de um dia para o outro, certo? Dessa forma, a ameaça poderia ter sido percebida, não poderia?
Os problemas empresariais não ficam restritos às questões de mercado.  Há fatos que ocorrem dentro das empresas, que demandam medidas corretivas e que não são tomadas. Volume de defeitos crescentes, perda de produtividade, custos fixos exagerados, descompasso entre recebimentos e pagamentos, margens de contribuição negativas, entre tantas outras.

Ora, se não faltam teses de gestão onde está o “nó da questão”? Cursos, workshops, leituras não resolveriam?
Em muitos casos não, porque o problema reside em um processo de desorientação.
Empresas trocam modelos gestão, softwares, gestores e mesmo assim não encontram o caminho.

Preste atenção: Todos os modelos de gestão geram resultados. Mas, nem todos são adequados à sua empresa.
Carrinhos de sorvete nas ruas podem gerar resultados interessantes, carrinhos de pregos têm poucas chances. Dá para entender?
Modelos de gestão devem atender particularidades e cultura. Não acredita nisso?
Pense comigo: por que os modelos que fizeram o sucesso das empresas japonesas não deram os mesmos resultados em todos os lugares do mundo? E olha que não faltaram candidatos a samurais, loiros, de olhos azuis!

O que costuma ocorrer nas empresas é desorientação administrativa.

Calma, não estou chamando ninguém de maluco.
Desorientação é falta de orientação, falta de critério.
Há um fato interessante:  
Pessoas são reativas às mudanças e não se dão bem com estas, por isso para manter a ordem estabelecida acabam mudando.
Olha que loucura: mudam para não mudar.
Gestores vão ao mercado em busca de novas pessoas, para dar continuidade às velhas idéias. Novas pessoas significam novas idéias, novos conceitos, com isso, ao não quererem mudar, mudam!
Esse encontro dificulta a escolha e sedimentação de conceitos. A empresa fica, portanto, oscilando entre o novo e o velho, e entre os novos e os velhos.
Pronto, está instalado um processo de desorientação.
Esquisito?
Não, fato! Vejo isso todos os dias.

Deixe-me perguntar: - Como estão os seus critérios de gestão.


Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo


 Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.


Como está sua orientação administrativa?


sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Às vezes, simplesmente não dá certo

Você fez tudo o que sabia, podia e lhe aconselharam, mas não deu certo.
Qual é sua reação, procurar motivos, não é?
Queremos de todas as formas encontrar “o motivo do fracasso”.

Era o emprego dos sonhos, mas durou pouco. Poderia ser uma história de vida com alguém que você considerava especial.
A faculdade que gostaria de cursar, até passou no vestibular, mas...

O emprego era em uma empresa familiar que foi vendida por causa de conflitos societários e os novos gestores resolveram enxugar a estrutura.

A história de vida que tinha tudo para terminar em casamento não se concretizou porque a convivência se mostrou difícil.

A faculdade dependia do apoio da empresa, porém os resultados não permitiram sua continuidade. A falência da empresa levou seus sonhos com ela.

Estes são alguns exemplos, dos muitos que poderiam ser listados.

Pessoas arrojadas poderão nos dar mil dicas que poderiam dar a estes fatos destinos mais interessantes, mas na vida, quantas vezes a teoria na prática é outra.

Imagine-se decidindo o campeonato mundial de futebol. Você vai bater o último pênalti. As cobranças estão empatadas.
O país inteiro tem certeza que seremos campeões, afinal você jamais errou uma cobrança na vida, e é o maior astro do nosso esporte.
Seguro, concentrado, afinal treina constantemente, parte para a bola. O silencio é aterrador. Sua concentração não permite notar absolutamente nada, a não ser o que vai fazer.
Em segundos o goleiro está estatelado em um dos cantos e em câmera lenta todos vêem a bola fazer uma curva e não entrar no gol!

Um milhão e cinqüenta e sete mil perguntas explodem em sua mente: o que aconteceu? Bateu errado? Chutou muito forte? Deveria ter chutado rasteiro?Deveria ter chutado no outro canto? Deveria ter chutado mais fraco? Escorregou? A chuteira era nova? Respirou errado? Não respirou? Tinha um defeito na bola? O vento “soprou diferente”? E assim seguem as perguntas em busca de uma resposta.

Um século depois, muitos ainda estarão em busca dos motivos que o levaram a errar o pênalti.

Cientistas, analistas esportivos, curiosos, humoristas, todos terão suas teses, mas e o motivo?

Quantas vezes já não lhe perguntaram: - O que houve? O que estava sentindo naquele momento? Sentia-se bem para a cobrança? Não deveria ter pedido para outra pessoa bater o pênalti?

Famoso, agora ainda mais, já deixara de ir a muitos programas, pois sabia que as perguntas seriam as mesmas!

Pensando bem, acho que tenho uma pergunta sobre isso: - O que é que aconteceu, de fato, para que a bola não entrasse?

Posso imaginar a resposta que receberei, mas vou ajudá-lo “nessa”.

Às vezes as coisas simplesmente não dão certo.

Às vezes há um motivo, às vezes milhares.

Uma das melhores propostas de emprego que recebi na vida, aconteceu quando eu terminava o colégio técnico. Passei em uma seleção na qual se envolveram milhares de jovens, mas existia um ponto com o qual eu não concordava: Não havia garantias que eu poderia cursar uma universidade no ano seguinte.
Seria enviado para um ponto no país, e esse local, na época, não me proporcionava esse acesso.

Quando recusei, meus amigos enlouqueceram, mas uma pessoa que sempre considerei sábia simplificou o processo.

Pediu que me sentasse a seu lado e disse: - Você é jovem e vai ficar imaginando mil situações que poderiam de alguma forma beneficiá-lo. O fato é que essas, dentro desse contexto, não existem.

Na vida, às vezes, algumas coisas simplesmente não dão certo.


Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
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Na vida, às vezes, algumas coisas simplesmente não dão certo.


terça-feira, 2 de agosto de 2016

Engenharia do futuro e o apocalipse

Podemos dizer que a engenharia é a ciência, transformada em profissão,  que desenvolve  e aplica os conhecimentos matemáticos, técnicos e científicos,  na criação, aperfeiçoamento e uso de  materiais ,  máquinas,  sistemas e processos,  para alcançar um objetivo ou desenvolver um projeto?
Certamente poderemos encontrar definições melhores do que esta, mas para nosso propósito vamos adotá-la.
Para tanto,  a engenharia tem reunido   conhecimentos  e especializações  no sentido de materialização, beneficiando a sociedade, com apoio  aos aspectos  economicos, saúde,  e agora com atenção também voltada ao meio ambiente.
As questões segurança e proteção estão na pauta do dia, em cada projeto pensado: pontes, prédios, estradas, alimentos, vestuários, veículos, equipamentos médicos, medicamentos...

Mesmo nas questões, até então românticas, como a salvação de espécies, por serem demasiadamente técnicas para uns e econômicas para outros, está a engenharia.

Para muitos, o lixo uma vez descartado longe de suas casas deixa de ser um problema, até que o cheiro, a fumaça e o risco de contaminação do lençois freáticos os atinjam.

Salvar baleias, golfinhos e tartarugas  deixou de ser tema apenas de ativistas e começa a ganhar a dimensão necessária.

A mensagem do planeta é muito simples: ”integre-se ou desintegre”.

Não acredita?

Tem idéia dos estragos que provocam um tsunami ou  um deslizamento de terras?

Bom, muitas catástrofes são provocadas por nossas ações impensadas e ocupações de áreas que deveriam ser protegidas.

Não é sem motivos que técnicos vistoriam diariamente e bombardeiam montanhas cobertas de neve, provocando pequenos deslizamentos para evitar grandes avalanches.

Ocorre que a degradação do planeta é muito grande, os estragos não são reversíveis.

Talvez, ao ouvir isso, você diga mais um pessimista, um  fatalista. Basta olhar em volta e observar algumas questões  as quais debatemos muito e fazemos pouco, ou quase nada, frente ao tamanho do problema.
Todo tipo de poluição só aumenta. A própria floresta amazônica chega a lançar mais poluentes em alguns momentos que retirá-los.
O Aquecimento global,  em mais alguns anos, no verão, deixará o polo norte sem qualquer indício de gelo.
Os reservatórios de água cada dia estão mais escassos.
Lencóis freáticos estão sendo contaminados, ainda que pouco sobre o assunto seja dito.
Animais, extremamente importantes para a flora, continuam desaparecendo.
Os oceanos morrem um pouco a cada dia.

O tema é extenso, cada tópico da um livro, uma tese.

A pergunta básica e simples de se fazer é a seguinte: por que o planeta precisa do homem?

Que falta faria o  homem se este desparecesse, como num passe de mágica?

Como seria a terra se nunca tivéssemos existido?

Ora, se não houver contribuição, o sistema trabalhará pela nossa eliminação. Não é o que faz o seu organismo com corpos estranhos?

Quanto mais feroz se tornar o planeta, mais dificil a sobrevivência.

Não é o resgaste da tese do fim do mundo no ano 2.000, nem a defesa das profecias de 2.012, apenas a visão de uma pessoa, privilegiada pelas fantásticas criações da engenharia, que por satélite, na tv, no celular ou na internet, se mantém informada e pode dizer com segurança que a engenharia do futuro não terá como função apenas o conforto e segurança do homem, mas fundamentalmente sua salvação!

Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
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Engenharia ambiental, um avanço necessário!


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

O pior atraso não é o tecnológico, mas o intelectual

“Já tentamos tudo, mas ninguém se importa.” Conhece essa frase?

Quando a questão não diz respeito às demais pessoas dá para entender, mas e quando isso os afeta, por que não se sensibilizam?

Encontramos pessoas jogando lixo nos bueiros, nas portas das próprias casas. Tem sentido?
Todos os dias vejo um sujeito, de cara fechada, varrendo sua calçada.  Tudo o que encontra é para lá que vai. A cara fechada tem um motivo: afastar os vizinhos para que não lhe chamem a atenção.

Um dia todos pagarão o preço. Por falta de tecnologia? Evidentemente que não, certo?

Preste atenção neste caso, você corre o risco de ter visto alguma coisa parecida:
Os concorrentes têm máquinas com velocidade oito vezes maior do que as desta empresa.
Enquanto ela processa oito, as outras processam sessenta e quatro. Os gestores não trocam os equipamentos por falta de capital? Não. Não trocam porque o foco não está nos custos, a culpa é atribuída à equipe de vendas que não sabe argumentar e só pede descontos.
A defesa é interessante: “não precisamos ampliar o mercado, neste momento, temos que recuperar apenas os clientes que perdemos!”
Ressalte-se que, dita com ênfase, a frase ganha a potência de um aríete. Isso sem contar com o plágio, atestando o potencial do equipamento obsoleto: “panela velha é que faz comida boa”.

Trocar os computadores para quê? Esses estão bons, ainda!
Um dia “pifa” o computador do patrão, ele pega o “PC“ da secretária e aos berros diz: - Como você consegue trabalhar com essa carroça? Troque essa porcaria!
Como sei disso?
Cheguei na empresa e havia na mesa da secretaria duas coisas diferentes. Um equipamento novinho e um belo sorriso.
Inocentemente, usei aquela óbvia e tola frase: - Que bom, trocou o computador!
Ela com um sorriso maroto respondeu: - Não, troquei a carroça!
Como sei?
Deixa pra lá, até o patrão sabe que a frase teve repercussão.  Todos brincam com ele dizendo que precisam de uma carroça nova porque o cavalo é jovem.

Treinamento? Pra quê, bobagem. No passado a gente aprendia na raça!
Sim, mas a raça mudou. Esta é raça da era digital.
O “rolete com os pinos”, que formava o desenho do tecido, não existe mais, agora é tudo no computador: “aquele equipamento que algumas pessoas costumam dizer que não são muito chegadas”.

Caixa eletrônico?
Não sei usar, vou para a fila.
Isso é problema tecnológico? Certamente que não!

Pagamentos nas empresas?
Pela internet, com integração sistêmica.
Ouvia um empresário dizer há pouco tempo: Não gosto desse sistema com os bancos. Gostava mesmo quando pegava as duplicatas e assinava.
Problema tecnológico?

Automatização dos trabalhos de captação de pedidos no campo, código de barras, celulares, o fax, quando surgiu, e tantos outros avanços tecnológicos foram e serão criticados, sem qualquer avaliação cuidadosa, por uma simples razão: falta de conhecimento.

Com isso sofrem as empresas, porque evolução só é possível quando se “educa para educar”. Esse é o caminho para geração de multiplicadores – pessoas informadas e conhecimentos repartidos.

É impossível ensinar aquilo que não se sabe.

Ocorreu, ocorre e ocorrerá a evolução das espécies.

O primeiro macaco não nasceu sabendo que poderia quebrar castanhas com pedra, e nem todos sabem. Em alguns lugares, não tem castanhas, em outros, pedras e em muitos, macacos com essa sabedoria.
Por isso, pouco adianta fornecer a eles a semente e a ferramenta se não sabem usar.

Muitos macacos não devem saber, mas há todo tipo de semente prontinha para comer nos supermercados. Evolução!

No mundo globalizado, onde recursos e conhecimentos estão à disposição de todos, e a competência que nos falta pode ser adicionada de inúmeras formas, o pior atraso não é o tecnológico, mas o intelectual.

Da gaiola, com conhecimento e tecnologia, o macaco administra o circo!

Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo


Quando o macaco administra o circo!