quarta-feira, 31 de agosto de 2016
segunda-feira, 29 de agosto de 2016
O vaidoso sucesso concorre com o oportunista dinheiro
Sempre que pensamos em uma vida com fartura, associamos a
situação ao sucesso e ao dinheiro, correto?
Podemos considerá-los irmãos e amigos manhosos e ciumentos.
O sucesso gosta de ser alimentado pelo dinheiro, este, por
sua vez, espera ser alimentado pelo sucesso. Uma irmandade que pede e cobra
reciprocidade.
Uma sombra ronda suas origens. Ninguém sabe qual dos dois
nasceu primeiro.
O sucesso é tímido, vaidoso, muitas vezes arrogante. Cauteloso
para se mostrar, embora se regozije com os aplausos.
Seu humor oscila muito. Sem aconchego se afasta, mas ao
menor sinal de carinho está de volta. Sente-se solitário quando não é
reconhecido e se encontra distante do dinheiro. Apesar das broncas, o rabugento
irmão lhe dá segurança e incentivo, embora muitas vezes não possa protegê-lo.
Gosta de se vestir bem, por isso leva uma vida cara e
dispendiosa. As luzes e as cores o atraem.
O dinheiro tem outro comportamento. Oportunista, sempre quer
se dar bem, por isso procura situações favoráveis. Extremamente covarde, foge
ao menor sinal de perigo. Genioso, dificilmente volta quando maltratado.
Não se importa com o visual, por isso é sempre criticado e
orientado pelo sucesso.
Aparece em público apenas quando necessário e não gosta de
exposição.
Sente-se responsável pelo sucesso, por essa razão, mesmo
contra sua vontade, investe em sua carreira.
Seu gosto pela segurança o leva a criticar duramente o irmão.
Este, por sua vez, também dá sua parcela de contribuição, mas não se contenta
com pequenas mesadas, pedindo com frequência de volta tudo que ofereceu e às
vezes um pouco mais.
O dinheiro é competitivo, não gosta de perder. O sucesso é
fútil, se aborrece com as perdas, mas se arrisca quando tem oportunidade, ainda
que com insensatez.
Que paradoxo! Corpos resistentes para frágeis saúdes.
Oscilam entre vitalidade e debilidade.
O dinheiro reconhece e se preocupa com a capacidade de
trabalho do sucesso, por essa razão está sempre em vigília, incentivando,
apoiando sua reciclagem, procurando não deixar lhe faltar nada. O sucesso é
criativo e genial quando se empenha. Chato e aborrecido quando se deixa levar
pela vaidade.
O sucesso teme perder o apoio do dinheiro, por essa razão
quando desperta dos sonhos e se vê ameaçado resolve trabalhar.
Bons momentos os aproximam e estes se permitem situações prazerosas, riem, conversam, contam
histórias. Maus momentos os afastam, ficando o sucesso acabrunhado e o dinheiro
terrivelmente irritado.
Sabem que a parceria pode mudar o rumo da situação, mas nem
sempre o dinheiro mostra sua disposição.
Esse é o momento em que o sucesso para recuperar sua amizade
se coloca em ação e surpreende a todos.
Com grade alarido ou esgueirando-se nas sombras faz sua
aparição: “Ele está de volta, com grande pompa, luzes e sons”. Maravilhando,
arrancando aplausos e atraindo a amizade do irmão pela cobiça.
Os olhos do sucesso brilham pelo reconhecimento, do dinheiro
pelas vantagens.
O tempestuoso relacionamento é mantido pela mútua
dependência, ainda que para eles seja difícil reconhecê-la.
E como estão hoje? Neste momento estão bem.
Veja, lá vai o dinheiro, carrancudo, com a mão no ombro do
sucesso, que feliz corteja todos que passam, arrancando aplausos, sorrisos, e
alguns comentários...
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em
controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de
carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo
terça-feira, 16 de agosto de 2016
Um jegue com GPS
Este texto é uma homenagem a uma querida amiga, nascida e
criada em Itaité, Bahia, que nos recebe com tanto carinho e alegria, aqui em São Paulo.
Quando a fama e o sucesso a alcançarem e perguntarem de onde
veio, sua lenda será contada assim:
Sua pequena cidade, com cerca de 14.000 habitantes, Itaité,
fica na mágica Chapada Diamantina. Uma região de serras, no centro do Estado da
Bahia. Um lugar esplendoroso, onde
nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas.
Águas brotam nos cumes e deslizam pelo relevo em
belos regatos, despencando em
borbulhantes cachoeiras e formam
transparentes piscinas naturais.
Ali vivem os amigos, parentes e seus maiores amores, Mainha
e Painho! Dessa forma carinhosa, sempre se dirigiu aos queridos e amados
genitores.
O vento, que sopra um ar quente e abafado, o som das águas,
começaram a soar em seus ouvidos como uma escala melódica, arrancando, sem que
se desse conta, notas afinadas de sua garganta e de sua imaginação de artista.
Todos que a encontravam ouviam seu canto belo e triste,
prenúncio que logo partiria.
Os corações de Painho e Mainha, pessoas de fibra e
sensíveis, como todos sertanejos, já haviam percebido. Aquela linda e alegre
menina iria atrás de seu destino, distante muitos quilômetros de casa.
Painho dizia sempre a Mainha: - Como poderemos enviar nossa menina
à distante São Paulo, em segurança, para que lá realize seu maior sonho que é
cantar?
Como se Deus lhe enviasse uma mensagem, ouviu Sorriso, seu
fiel e valente jegue. Luzes se
acenderam!
Sorriso era capaz de voltar para casa, não importa onde lhe deixassem.
O problema era outro: como fazê-lo chegar ao destino?
Os parentes em
São Paulo acolheriam com carinho seu maior tesouro, a menina
que tantas alegrias trouxera ao seu humilde, mas alegre lar. O que lhe
preocupava era que não se perdesse em um trajeto tão longo.
Mainha lhe pedira para ir à cidade comprar alguns
mantimentos. Enquanto caminhava pelas ruas, algumas pessoas à sua frente
falavam de uma maravilha, um tal de GPS, que permitia trilhar todos os caminhos
sem dificuldades.
Painho não se conteve, os interrompeu e iniciou uma
conversa. Em minutos tinha a resposta.
Correu à loja mais próxima, comprou o aparelho, algumas roupas para viagem e a
mais bela mala que encontrou.
Sem poder esperar para dar a notícia, esqueceu os pedidos e recomendações
de Mainha e voltou correndo para casa, com a solução que tanto procurara.
Quando a manhã chegou, abraçado a Mainha sentia que sua vista,
já cansada, deixava lágrimas caírem ao ver Sorriso se afastar com sua menina,
vestida de branco, flores brancas nos cabelos, como um anjo, deixando o lugar
que nascera para colocar no céu mais estrela.
Uma estrela que cantaria e embalaria as paixões das pessoas
que amam a vida e a arte.
Mainha e Painho a viram partir com os corações apertados,
mas duas certezas os deixavam felizes: Estavam realizando um sonho e Sorriso, o
Jegue, logo estaria de volta com seu GPS.
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em
controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de
carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo
Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas
que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos
diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que
ensinamos, sem nos darmos conta.
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
Desorientação administrativa
Para os gestores, hoje, não faltam
informações, teses sobre gestão, recursos para computação e processamento de
dados, então por que razão há tantas empresas desorganizadas?
Quando a economia colabora, desastres são evitados, porém no
primeiro revés muitas não suportam a carga.
Insisto que a negligência com a
competição é que a cria a concorrência, mas isso tem mais apelo no esporte do
que em gestão empresarial.
Sabe aqueles pequenos detalhes que
fazem enorme diferença no final, como acontece no futebol: gols fora de casa
valem o dobro, vitória no campo do adversário serve para desempate, saldo de
gols conta em uma decisão, e assim por diante? Pois é, em gestão é a mesma
coisa.
Conta a história que um grande
fabricante de relógios ao ouvir que um concorrente estava colocando seus
produtos nas farmácias respondeu: - E eu vou me preocupar com isso? Quem são
eles e como podem nos incomodar?
O tempo passou e realmente
incomoda. Hoje, ambos, vendem relógios de ouro nos mesmos locais e com preços
similares.
Faltaram informações?
Alguns dirão: “Dados que não
provocam reflexões, decisões e ações não são informações, apenas dados.”
Será que esse conceito está
correto?
Não fazer nada também, não é uma
decisão?
Houve uma manifestação tácita, não
houve, negando, peremptoriamente, a crença em uma ameaça mercadológica?
O concorrente também não abocanhou
mercado de um dia para o outro, certo? Dessa forma, a ameaça poderia ter sido
percebida, não poderia?
Os problemas empresariais não
ficam restritos às questões de mercado. Há fatos que ocorrem dentro das empresas, que
demandam medidas corretivas e que não são tomadas. Volume de defeitos
crescentes, perda de produtividade, custos fixos exagerados, descompasso entre
recebimentos e pagamentos, margens de contribuição negativas, entre tantas
outras.
Ora, se não faltam teses de gestão
onde está o “nó da questão”? Cursos, workshops, leituras não resolveriam?
Em muitos casos não, porque o
problema reside em um processo de desorientação.
Empresas trocam modelos gestão,
softwares, gestores e mesmo assim não encontram o caminho.
Preste atenção: Todos os modelos
de gestão geram resultados. Mas, nem todos são adequados à sua empresa.
Carrinhos de sorvete nas ruas
podem gerar resultados interessantes, carrinhos de pregos têm poucas chances.
Dá para entender?
Modelos de gestão devem atender
particularidades e cultura. Não acredita nisso?
Pense comigo: por que os modelos
que fizeram o sucesso das empresas japonesas não deram os mesmos resultados em
todos os lugares do mundo? E olha que não faltaram candidatos a samurais, loiros,
de olhos azuis!
O que costuma ocorrer nas empresas
é desorientação administrativa.
Calma, não estou chamando ninguém
de maluco.
Desorientação é falta de
orientação, falta de critério.
Há um fato interessante:
Pessoas são reativas às mudanças e
não se dão bem com estas, por isso para manter a ordem estabelecida acabam
mudando.
Olha que loucura: mudam para não
mudar.
Gestores vão ao mercado em busca
de novas pessoas, para dar continuidade às velhas idéias. Novas pessoas
significam novas idéias, novos conceitos, com isso, ao não quererem mudar,
mudam!
Esse encontro dificulta a escolha
e sedimentação de conceitos. A empresa fica, portanto, oscilando entre o novo e
o velho, e entre os novos e os velhos.
Pronto, está instalado um processo
de desorientação.
Esquisito?
Não, fato! Vejo isso todos os
dias.
Deixe-me perguntar: - Como estão
os seus critérios de gestão.
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em
controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de
carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
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Skype: ivan.postigo
Nossas maiores conquistas
não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e
dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que
aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
sexta-feira, 5 de agosto de 2016
Às vezes, simplesmente não dá certo
Qual é sua reação, procurar motivos, não é?
Queremos de todas as formas encontrar “o motivo do
fracasso”.
Era o emprego dos sonhos, mas durou pouco. Poderia ser uma
história de vida com alguém que você considerava especial.
A faculdade que gostaria de cursar, até passou no
vestibular, mas...
O emprego era em uma empresa familiar que foi vendida por
causa de conflitos societários e os novos gestores resolveram enxugar a
estrutura.
A história de vida que tinha tudo para terminar em casamento
não se concretizou porque a convivência se mostrou difícil.
A faculdade dependia do apoio da empresa, porém os
resultados não permitiram sua continuidade. A falência da empresa levou seus
sonhos com ela.
Estes são alguns exemplos, dos muitos que poderiam ser
listados.
Pessoas arrojadas poderão nos dar mil dicas que poderiam dar
a estes fatos destinos mais interessantes, mas na vida, quantas vezes a teoria na
prática é outra.
Imagine-se decidindo o campeonato mundial de futebol. Você
vai bater o último pênalti. As cobranças estão empatadas.
O país inteiro tem certeza que seremos campeões, afinal você
jamais errou uma cobrança na vida, e é o maior astro do nosso esporte.
Seguro, concentrado, afinal treina constantemente, parte
para a bola. O silencio é aterrador. Sua concentração não permite notar
absolutamente nada, a não ser o que vai fazer.
Em segundos o goleiro está estatelado em um dos cantos e em
câmera lenta todos vêem a bola fazer uma curva e não entrar no gol!
Um milhão e cinqüenta e sete mil perguntas explodem em sua
mente: o que aconteceu? Bateu errado? Chutou muito forte? Deveria ter chutado
rasteiro?Deveria ter chutado no outro canto? Deveria ter chutado mais fraco? Escorregou?
A chuteira era nova? Respirou errado? Não respirou? Tinha um defeito na bola? O
vento “soprou diferente”? E assim seguem as perguntas em busca de uma resposta.
Um século depois, muitos ainda estarão em busca dos motivos
que o levaram a errar o pênalti.
Cientistas, analistas esportivos, curiosos, humoristas,
todos terão suas teses, mas e o motivo?
Quantas vezes já não lhe perguntaram: - O que houve? O que
estava sentindo naquele momento? Sentia-se bem para a cobrança? Não deveria ter
pedido para outra pessoa bater o pênalti?
Famoso, agora ainda mais, já deixara de ir a muitos
programas, pois sabia que as perguntas seriam as mesmas!
Pensando bem, acho que tenho uma pergunta sobre isso: - O
que é que aconteceu, de fato, para que a bola não entrasse?
Posso imaginar a resposta que receberei, mas vou ajudá-lo
“nessa”.
Às vezes as coisas simplesmente não dão certo.
Às vezes há um motivo, às vezes milhares.
Uma das melhores propostas de emprego que recebi na vida,
aconteceu quando eu terminava o colégio técnico. Passei em uma seleção na qual
se envolveram milhares de jovens, mas existia um ponto com o qual eu não
concordava: Não havia garantias que eu poderia cursar uma universidade no ano
seguinte.
Seria enviado para um ponto no país, e esse local, na época,
não me proporcionava esse acesso.
Quando recusei, meus amigos enlouqueceram, mas uma pessoa
que sempre considerei sábia simplificou o processo.
Pediu que me sentasse a seu lado e disse: - Você é jovem e
vai ficar imaginando mil situações que poderiam de alguma forma beneficiá-lo. O
fato é que essas, dentro desse contexto, não existem.
Na vida, às vezes, algumas coisas simplesmente não dão
certo.
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em
controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de
carreira na área de vendas
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terça-feira, 2 de agosto de 2016
Engenharia do futuro e o apocalipse
Podemos dizer que a engenharia é
a ciência, transformada em profissão,
que desenvolve e aplica os
conhecimentos matemáticos, técnicos e científicos, na criação, aperfeiçoamento e uso de materiais ,
máquinas, sistemas e processos, para alcançar um objetivo ou desenvolver um
projeto?
Certamente poderemos encontrar definições melhores do que esta, mas para nosso propósito vamos adotá-la.
Para tanto, a engenharia tem reunido conhecimentos e especializações no sentido de materialização, beneficiando a sociedade, com apoio aos aspectos economicos, saúde, e agora com atenção também voltada ao meio ambiente.
Certamente poderemos encontrar definições melhores do que esta, mas para nosso propósito vamos adotá-la.
Para tanto, a engenharia tem reunido conhecimentos e especializações no sentido de materialização, beneficiando a sociedade, com apoio aos aspectos economicos, saúde, e agora com atenção também voltada ao meio ambiente.
As questões
segurança e proteção estão na pauta do dia, em cada projeto pensado: pontes,
prédios, estradas, alimentos, vestuários, veículos, equipamentos médicos,
medicamentos...
Mesmo nas
questões, até então românticas, como a salvação de espécies, por serem
demasiadamente técnicas para uns e econômicas para outros, está a engenharia.
Para muitos, o
lixo uma vez descartado longe de suas casas deixa de ser um problema, até que o
cheiro, a fumaça e o risco de contaminação do lençois freáticos os atinjam.
Salvar baleias,
golfinhos e tartarugas deixou de ser
tema apenas de ativistas e começa a ganhar a dimensão necessária.
A mensagem do
planeta é muito simples: ”integre-se ou desintegre”.
Não acredita?
Tem idéia dos
estragos que provocam um tsunami ou um
deslizamento de terras?
Bom, muitas
catástrofes são provocadas por nossas ações impensadas e ocupações de áreas que
deveriam ser protegidas.
Não é sem motivos
que técnicos vistoriam diariamente e bombardeiam montanhas cobertas de neve, provocando
pequenos deslizamentos para evitar grandes avalanches.
Ocorre que a
degradação do planeta é muito grande, os estragos não são reversíveis.
Talvez, ao ouvir
isso, você diga mais um pessimista, um
fatalista. Basta olhar em volta e observar algumas questões as quais debatemos muito e fazemos pouco, ou
quase nada, frente ao tamanho do problema.
Todo tipo de
poluição só aumenta. A própria floresta amazônica chega a lançar mais poluentes
em alguns momentos que retirá-los.
O Aquecimento
global, em mais alguns anos, no verão,
deixará o polo norte sem qualquer indício de gelo.
Os reservatórios
de água cada dia estão mais escassos.
Lencóis freáticos
estão sendo contaminados, ainda que pouco sobre o assunto seja dito.
Animais,
extremamente importantes para a flora, continuam desaparecendo.
Os oceanos morrem
um pouco a cada dia.
O tema é extenso,
cada tópico da um livro, uma tese.
A pergunta básica
e simples de se fazer é a seguinte: por que o planeta precisa do homem?
Que falta faria
o homem se este desparecesse, como num
passe de mágica?
Como seria a
terra se nunca tivéssemos existido?
Ora, se não
houver contribuição, o sistema trabalhará pela nossa eliminação. Não é o que
faz o seu organismo com corpos estranhos?
Quanto mais feroz
se tornar o planeta, mais dificil a sobrevivência.
Não é o resgaste
da tese do fim do mundo no ano 2.000, nem a defesa das profecias de 2.012,
apenas a visão de uma pessoa, privilegiada pelas fantásticas criações da
engenharia, que por satélite, na tv, no celular ou na internet, se mantém
informada e pode dizer com segurança que a engenharia do futuro não terá como
função apenas o conforto e segurança do homem, mas fundamentalmente sua
salvação!
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em
controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de
carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
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segunda-feira, 1 de agosto de 2016
O pior atraso não é o tecnológico, mas o intelectual
Quando a questão não diz respeito às demais pessoas dá para
entender, mas e quando isso os afeta, por que não se sensibilizam?
Encontramos pessoas jogando lixo nos bueiros, nas portas das
próprias casas. Tem sentido?
Todos os dias vejo um sujeito, de cara fechada, varrendo sua
calçada. Tudo o que encontra é para lá
que vai. A cara fechada tem um motivo: afastar os vizinhos para que não lhe
chamem a atenção.
Um dia todos pagarão o preço. Por falta de tecnologia?
Evidentemente que não, certo?
Preste atenção neste caso, você corre o risco de ter visto
alguma coisa parecida:
Os concorrentes têm máquinas com velocidade oito vezes maior
do que as desta empresa.
Enquanto ela processa oito, as outras processam sessenta e
quatro. Os gestores não trocam os equipamentos por falta de capital? Não. Não
trocam porque o foco não está nos custos, a culpa é atribuída à equipe de
vendas que não sabe argumentar e só pede descontos.
A defesa é interessante: “não precisamos ampliar o mercado,
neste momento, temos que recuperar apenas os clientes que perdemos!”
Ressalte-se que, dita com ênfase, a frase ganha a potência
de um aríete. Isso sem contar com o plágio, atestando o potencial do
equipamento obsoleto: “panela velha é que faz comida boa”.
Trocar os computadores para quê? Esses estão bons, ainda!
Um dia “pifa” o computador do patrão, ele pega o “PC“ da
secretária e aos berros diz: - Como você consegue trabalhar com essa carroça?
Troque essa porcaria!
Como sei disso?
Cheguei na empresa e havia na mesa da secretaria duas coisas
diferentes. Um equipamento novinho e um belo sorriso.
Inocentemente, usei aquela óbvia e tola frase: - Que bom,
trocou o computador!
Ela com um sorriso maroto respondeu: - Não, troquei a
carroça!
Como sei?
Deixa pra lá, até o patrão sabe que a frase teve repercussão. Todos brincam com ele dizendo que precisam de
uma carroça nova porque o cavalo é jovem.
Treinamento? Pra quê, bobagem. No passado a gente aprendia
na raça!
Sim, mas a raça mudou. Esta é raça da era digital.
O “rolete com os pinos”, que formava o desenho do tecido,
não existe mais, agora é tudo no computador: “aquele equipamento que algumas
pessoas costumam dizer que não são muito chegadas”.
Caixa eletrônico?
Não sei usar, vou para a fila.
Isso é problema tecnológico? Certamente que não!
Pagamentos nas empresas?
Pela internet, com integração sistêmica.
Ouvia um empresário dizer há pouco tempo: Não gosto desse
sistema com os bancos. Gostava mesmo quando pegava as duplicatas e assinava.
Problema tecnológico?
Automatização dos trabalhos de captação de pedidos no campo,
código de barras, celulares, o fax, quando surgiu, e tantos outros avanços
tecnológicos foram e serão criticados, sem qualquer avaliação cuidadosa, por
uma simples razão: falta de conhecimento.
Com isso sofrem as empresas, porque evolução só é possível quando
se “educa para educar”. Esse é o caminho para geração de multiplicadores –
pessoas informadas e conhecimentos repartidos.
É impossível ensinar aquilo que não se sabe.
Ocorreu, ocorre e ocorrerá a evolução das espécies.
O primeiro macaco não nasceu sabendo que poderia quebrar
castanhas com pedra, e nem todos sabem. Em alguns lugares, não tem castanhas,
em outros, pedras e em muitos, macacos com essa sabedoria.
Por isso, pouco adianta fornecer a eles a semente e a
ferramenta se não sabem usar.
Muitos macacos não devem saber, mas há todo tipo de semente
prontinha para comer nos supermercados. Evolução!
No mundo globalizado, onde recursos e conhecimentos estão à
disposição de todos, e a competência que nos falta pode ser adicionada de
inúmeras formas, o pior atraso não é o tecnológico, mas o intelectual.
Da gaiola, com conhecimento e tecnologia, o macaco
administra o circo!
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em
controladoria pela USP
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