Homens criativos e
suas empresas criadoras
Ao ser humano ideias não faltam, materializá-las é que é a
questão.
A lista de dificuldades pode ser encabeçada pelo dinheiro e
terminar com a individualidade.
Não é comum encontrarmos pessoas com capacidade criativa e
competência criadora. Por essa razão a sabedoria em uma organização está em
adicioná-las.
Os locais onde o magnetismo da realização se mostra presente
costumam reunir essas forças.
O estudo das organizações nos mostrará que há nascedouros de
ideias e nascedouro de produtos.
Algumas empresas, por não permitirem a germinação, são como
árvores que lançam sementes ao vento. Vêem nascerem novos competidores,
agressivos concorrentes ou exploradores de segmentos que não puderam perceber,
com ideias ali geradas.
Por outro lado, há organizações que sem mostram como campos
férteis, propícios para receber novas e variadas sementes. Chegam a vender
parte de seus negócios e continuam criando outros.
De onde vem essa energia criadora, se o seu idealizador, muitas
vezes, não tem uma história pessoal que o destaque, mas sim a sua organização?
Qual é o segredo desse poder catalisador?
Podemos considerá-lo como um talento pessoal e de grupo.
Algo inato, mas também desenvolvido. Uma habilidade que deveríamos ter aprendido
há muito tempo, quando iniciávamos nossos primeiros passos na aprendizagem.
Naqueles encontros em que um amigo ensinava uma mágica,
outro um truque com a bola, outro como fazer sombras em um desenho, havia
aquele que ensinava como imitar, como cantar, alguns acordes em um instrumento,
informações que alguma forma poderiam compor um trabalho ou auxiliar na
formação do perfil de um estudante.
Assim são as empresas que aprendem.
Por que não dizer o homem e sim a empresa?
Pela razão fundamental: resultado da aplicação. O produto
não será resultado da ação de um, mas de muitos. Como em um jogo de voleibol: Um recebe, outro
levanta para que um terceiro corte.
Por que razão as empresas, todas, não são assim?
Por que no jogo do empreendedorismo as regras são livres. Cada
um faz a sua e nem sempre são aceitas pelos próprios companheiros.
Modelos de gestão aceitos têm muito a ver com
comportamentos. E estes têm seus capilares criativos e criadores, os quais
costumam ter predominância.
Organizações com ambientes propícios à alta criatividade e
baixa materialização enfrentam elevados turnover. Talentos chegam e partem com
suas ideias.
Reunir os colaboradores para debates sobre criação e
materialização é determinante para a criação do futuro.
Quem somos, onde estamos, para onde queremos ir, o que somos
capazes de criar, qual nosso potencial materializador, que competências
necessitamos adicionar, quais não podemos perder, são questões primordiais que
determinam o rumo dos negócios.
Um olhar atento vai nos mostrar que no mercado os competidores
são muitos, mas concorrentes em posições lucrativas poucos e todos prontos para
inovação e renovação.
Não são momentos fortuitos que consolidam o modelo criativo-
criador, mas a competência de desenvolvimento de relações.
É necessário aceitar e incentivar o homem a serviço do
homem. Para criar, para materializar.
A fantasia tem que dar lugar à realidade na execução.
A riqueza da cultura criativa – criadora está na simbiose,
se assim pudermos ou quisermos tratar.
Simbiose é a associação de dois ou mais seres de espécies
diferentes, que lhes permite viver com vantagens recíprocas e os caracteriza
como um só organismo. Neste caso a empresa inovadora.
Apenas a concretude sustenta e pode dar vida longa à
fantasia por sua perenidade. E sem a fantasia a concretude não tem razão de
existir.
Uma viagem pelas reflexões de Domenico de Masi sobre
fantasia e concretude e a abordagem sobre grupos criativos e criatividade é
recomendável.
Uma idéia sem materialização é só uma reflexão, sem consequências,
e rapidamente estará sob domínio de outra organização.
Em um mundo competitivo, onde a vantagem está com aquele que
é capaz de tornar as próprias ideias obsoletas, este conhecimento não pode ser
novidade.
Não reconhecê-lo é atraso, desconhecê-lo a falência.
Por ser óbvio é invisível para muitos, como tudo que é óbvio.
O óbvio ao óbvio: Sucesso aos homens criativos e suas
empresas criadoras!
Os que não forem juntem-se, organizem-se e aprendam!
Ou pereçam...
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em
controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de
carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
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