sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Uma lição para gestão empresarial: A genialidade é contagiosa

Para as empresas, de modo geral, temas como motivação, trabalhos em grupo, alta performance, não envelhecem, embora existam mais discursos que ações práticas.

Podemos observar o resultado gerado por grupos criativos que se formam espontaneamente na música como MPB, Bossa Nova, Rock, na pintura, os movimentos na Espanha com Picasso, Dali, no esporte, o voleibol, tênis, e muitos outros.

As pessoas, para criarem,  podem se  reunir ou apenas absorverem e intercambiarem idéias, gerando trabalhos espetaculares, quebrando paradigmas.

Quando a onda passa ou alguns gênios se afastam ou nos deixam, fica um vazio difícil de ser preenchido, já notou?

Ondas de criatividade são resultados dos encontros de pessoas geniais, contagiando pessoas tidas normais, despertando e motivando seu lado criativo. Meus avós costumavam dizer que se você cria um filho com um gato ele só vai aprender miar.

Criatividade necessita convivência e desafios, por isso, não raro, artistas brilhantes passam por fases obscuras. Grandes obras foram criadas em momentos de terríveis crises mundiais, frutos das manifestações e contestações dos artistas.

Evidentemente que não queremos que nossas empresas passem por nenhuma séria crise para que a criatividade seja despertada, principalmente porque nesses momentos os talentos poderão procurar locais mais seguros.

Transformemos a palavra crise em desafios, estes sim motivam o ser humano a criar, sair do lugar comum e os talentos a se reunirem.

Em um  projeto, quanto maior a dispersão, maior a necessidade de coordenação, isso é óbvio, mas é importante destacar.

Temos a tendência de considerar que o líder ou o coordenador é totalmente responsável pelos resultados, criando um conflito: todos querem opinar, poucos querem assumir.

Esta afirmativa, quando dita à grupos em treinamento, muitas vezes é contestada, contudo basta atribuir algumas responsabilidades à função do coordenador e solicitar voluntários para que os contestadores se contenham.

As empresas continuam trabalhando com círculos de qualidade, mas não com a mesma intensidade e frequência que faziam no início da onda. Nesses momentos encontrávamos situações muito interessantes, criativas e participativas.

O grupo, tendo um integrante dotado de genialidade contagiando os seus membros, desenvolvia um trabalho altamente elogiado e logo era seguido pelos demais.

Numa situação como essa ninguém quer ficar para trás, portanto há motivação para reflexão, debate, criação e implementação, em busca de melhores resultados para organização.

O inverso também é fato, a mediocridade leva muitos projetos ao fracasso, embora até uma análise superficial possa mostrá-los viáveis.

As empresas sempre terão momentos bons e ruins, situações de maior ou menor prosperidade, contudo criar condições para melhor aproveitamento das oportunidades é imprescindível.

Lembrando a velha frase “sorte é o encontro da oportunidade com o preparo”, vá um pouco além, acrescente um pouco de genialidade, mas atenção: reconheça e aceite-a.

Essa será uma atitude genial!

Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Administração temerária

Quem de nós não esteve um dia diante de uma pessoa que detinha o poder? De uma forma ou de outra sempre estamos diante que alguém com essa condição.

Nossos pais, nossos professores, um chefe, um juiz, um policial, enfim há uma série de situações, onde, baseado na atividade e responsabilidade, alguém detém autoridade e poder.

Quem estudou história deve se lembrar da teoria do absolutismo.

Absolutismo é uma teoria política que defende que uma pessoa, normalmente um monarca, deve deter todo o poder. Uma teoria baseada no direito divino dos reis, do poder emanado de Deus.

Esse sistema de governo, típico dos séculos XVI a XVIII, deixa um rastro em algumas de nossas empresas.

Não é incomum encontrarmos e também presenciarmos situações onde chefes e proprietários de empresas, a despeito do prejuízo que determinadas orientações possam causar, exijam o cumprimento da ordem emanada.

As frases são as mais corriqueiras como: eu sou o chefe, estou mandando, quem manda aqui sou eu, ou, ainda, manda quem pode , obedece quem tem juízo.

Essas situações retratam na verdade “Eu sou o estado” e “O Estado sou eu”.

Normalmente, essas empresas detêm alto turno-over, expressão usada para demonstrar a alta incidência de contratação e demissão dos funcionários.

Podemos afirmar que em função da instabilidade funcional as empresas com esse estilo de administração estão fadadas ao fracasso?

Não necessariamente. Há gestores que administram com forte comando, grande intransigência, mas também com assertividade, contudo essa não é a regra no mercado.

As pessoas, de modo geral, buscam no seu trabalho uma forma de realização, mesmo que temporária. Quando encontram ambiente propício para opinar, para desenvolver suas aptidões, dedicam-se e oferecem resultados de melhor qualidade, quando não encontram, a omissão se faz presente.

A omissão é uma das formas mais nefastas de comportamento e que mais prejuízos traz às empresas, uma vez que perpetua o desperdício.

A gestão de uma empresa com alto grau de desperdício pode colocá-la rapidamente em situação falimentar.

Hoje, a alta competitividade rapidamente retira do mercado as organizações que não atendem os seus requisitos, razão pela qual vemos empresas nascerem e desaparecerem e outras centenárias irem à bancarrota.  

O poder usado de forma desmedida e irresponsável pode levar gestores a praticarem atos que causarão grandes danos aos resultados da organização, impedindo sua continuidade, como investimentos sem a devida cautela, descontinuidade de produtos lucrativos, lançamento de produtos sem aceitação, parcerias danosas, troca de matérias-primas gerando prejuízos, mudanças mal feitas em produtos estratégicos, etc.

Não é incomum, também, encontrarmos gestores que foram exaustivamente alertados dos riscos, mas, detentores do poder, negligenciaram as informações que receberam.

Correr riscos faz parte dos negócios, dentro de limites que não causem danos definitivos à organização, caso contrário o ato se torna temerário.

Em situações de gestão temerária, é comum se observar a desatenção ou negligencia com indicação de riscos por uma pessoa, mas também por grupos.

Tenho visto ao longo da carreira que profissionais experientes carregam consigo conhecimentos inestimáveis, mas muitos carregam também muita teimosia, acreditando que o sucesso se repetirá sempre com as mesmas atitudes e não se dão conta da mudança dos ventos, praticando com o poder que detém gestões bastante danosas.


Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

A vitória da ignorância coletiva

Estados como o brasileiro e também empresas que atravessam grandes fases de desorganização, por falta de conhecimento e ou negligência às práticas e normas de gestão, vivenciam uma situação que podemos denominar: ignorância coletiva.

Negligenciar é uma terrível forma de ignorância, tendo em conta que os resultados desastrosos são previsíveis.

Ignorar uma tarefa, tendo a obrigação e incumbência, nos afasta do campo da razoabilidade e nos coloca no campo da petulância, onde nos julgamos acima do bem e do mal.

Esse tipo de atitude tem levado o estado brasileiro a situações difíceis, como podemos ver com os descasos noticiados todos os dias e, ainda, colocado muitas empresas em situação falimentar, deixando muitas famílias sem trabalho.

Caberia em um debate perguntar de quem é a culpa?

Sem dúvida nenhuma a resposta é extremamente simples: coletiva. Sim, a culpa é coletiva.

Vivemos em sociedade, não somos seres isolados. Somos bombardeados todos os dias com informações e temos à nossa disposição inúmeros meios de manifestação, portanto quando um projeto coletivo fracassa a culpa é coletiva.

Há sim inúmeras situações em que nos sentimos impotentes, pois apesar de questionarmos erros de gestão, medidas corretivas não são tomadas, contudo de uma coisa temos certeza: “À medida que provocamos debates, vamos encontrando pessoas que já questionaram a situação anteriormente e vamos formando alianças”. Esta é uma verdade que poucas vezes poderá ser contestada.

Considerando esta afirmativa verdadeira, então por que razão correções não são efetuadas?

A razão e a petulância, dependendo do tema em debate, ora se afastam ora se aproximam, e quando a questão “poder” está em jogo, a linha que as separa é muito tênue.

Um homem não foi capaz de incendiar Roma, uma cidade inteira, por capricho?

Quantas Romas não foram incendiadas pelo mesmo motivo?

Sociedades organizadas costumam apresentar menos corrupção e desmandos administrativos, refletindo na gestão dos estados e das empresas.

Quando garoto, ouvia minha mãe contar a história de uma estrangeira que veio morar em nosso país e, quando seguia de trem para o trabalho, pela manhã, achava divertido jogar a casca da banana, que comia, pela janela, pois em seu país não podia ter aquela atitude.

Hoje, não jogamos mais cascas de banana, mas com frequência vejo rapazes tomando cerveja em seus carros e atirando as latas nas ruas.

Há pleno conhecimento da sujeira que isso provoca, da falta de lógica do ato, contudo a sociedade não se revolta e se omite.

Com base neste exemplo, pensemos na negligência de funcionários com suas tarefas e descasos de patrões com suas empresas e com seus colaboradores.

Como consultor, quando faço diagnóstico para organizar uma determinada situação, vejo que muitas soluções que vou propor já foram tentadas no passado e não deram os frutos necessários. Por que deveria eu, então, acreditar que determinadas recomendações, naquele momento, gerariam resultados positivos?

O trabalho que vou realizar não será um trabalho isolado, mas um trabalho coletivo, feito em sociedade.  Um trabalho que tem que ser debatido e aceito.

Uma vez acordado os pontos e obtido o comprometimento das pessoas, nossas chances de sucesso aumentam consideravelmente. Observe que estamos, desde o início, combatendo o maior dos males do trabalho em grupo: a ignorância coletiva.

O custo da ignorância, pelo desconhecimento, não costuma sair tão caro quanto pelo descaso e petulância.

As sociedades se formam por identidade de comportamento, dessa forma, espero que, cada vez mais, tenhamos sabedoria para não permitir a vitória da ignorância coletiva. 


Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Marketing, esse tema misterioso

Quando você pensa em marketing, o que essa palavra significa para você?

Muitos dirão que é o mesmo que vendas, outros que se refere a propaganda.  Alguns que o termo está ligado à colocação de produtos nos revendedores, disponibilização para o consumidor final, preparação dos pontos de venda e controle dos estoques para manter o fluxo de atendimento.

Podemos considerar que o trabalho de marketing inclui essas atividades e muitas outras mais.  O objetivo do marketing é atender totalmente as expectativas do consumidor e com isso trazer resultados aos acionistas da empresa.

As atividades do marketing devem criar, comunicar e levar valores aos revendedores e consumidores, estabelecendo, com estes,  relações duradouras, gerando benefícios à organização,  seus sócios e acionistas.

O processo se desenvolve quando atende algumas premissas:

a)   Há pelo menos dois interessados;
b)   Cada um tem algo que a outra parte valoriza;
c)   Ambos são capazes de desenvolver a comunicação e entrega do produto;
d)  Eles tem a capacidade de aceitar ou rejeitar a oferta, e
e)   Consideram interessante e desejável   a negociação.
  
Podemos encontrar dentro do processo de marketing três filosofias que o influenciam:

1)      Orientação para produção
2)      Orientação para vendas
3)      Orientação para o mercado

Orientação para a produção

É a filosofia que tem como foco capacidades e competências internas da empresa, e não propriamente as necessidades de mercado.
As questões são colocadas da seguinte forma:
a)      O que  podemos fazer melhor?
b)      O que temos competência para desenvolver e criar?
c)      O que é mais simples e produtivo fazer com nossos equipamentos?
d)     Que produtos e serviços nos é mais conveniente oferecer?
e)      Em que somos bons?

Nesse tipo de orientação, o foco está na capacidade de produzir e ofertar eficientemente, e não no atendimento às necessidades de mercado.
Quando a oferta encontra um mercado comprador a empresa alcança o sucesso.

Orientação para vendas

O conceito neste caso é de que as pessoas comprarão os produtos e serviços se forem usadas técnicas de vendas agressivas, e que estas gerarão altos lucros para a organização.
Marketing neste caso é entendido como processo de venda e recebimento das duplicatas.
A orientação para vendas, bem como para a produção, não leva em conta as necessidades e exigências do mercado, mantendo o foco em sua filosofia voltada para dentro da organização.
 
Orientação para o mercado

O conceito neste caso é que a justificativa social e econômica da existência da empresa é a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, enquanto atende os objetivos da organização.
Parte-se da premissa que as vendas não dependem de uma equipe agressiva e arrojada, mas da disposição do consumidor de comprar.
A importância não reside no que é produzido e ofertado, mas no valor que o consumidor atribui ao que compra.

Aspectos importantes a serem considerados são:
a)      foco nos desejos e necessidades dos consumidores para que a empresa possa destacar seus produtos dos concorrentes;
b)      integração de todas as atividades da organização para poder satisfazer os requisitos;
c)      atender os requisitos no curto, médio e longo prazos, para sustentação organizacional

A observância a esses aspectos determina que a organização é orientada para o mercado.

O estabelecimento desta filosofia implica em obter informações a respeito dos consumidores e concorrentes, de forma a atender suas expectativas e demandas e criar valores para estes.
Ao avaliar as informações mercadológicas, os gestores podem gerar o mapa de pontos fortes e fracos de sua organização e de seus concorrentes.
Ao entender o mercado poderão criar o futuro de sua organização.

Como diz um antigo adágio: “A melhor forma de prever o futuro é criá-lo.”
   


Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Gerenciamento é o seu negócio?

Muitos profissionais almejam um dia atingir um cargo gerencial como forma de consolidar suas carreiras, obter um ganho maior e se preparar para uma posição de direção, mas há uma questão a ser respondida: Gerenciamento é o seu negócio?

Empresas perdem excelentes técnicos e vendedores, colocando-os numa posição para a qual não estão preparados, pois muitos não têm talento e vocação para condução de grupos.

Gerenciamento é a arte de obtenção de resultados com a colaboração das pessoas.

O trabalho dos gerentes é dar direcionamento à sua empresa, fornecer liderança e decidir como a organização usará os recursos para atingir os objetivos.

Isso deve ser feito de uma forma eficaz e eficiente, com planejamento, organização, coordenação e controle.

Ao tratar desses quatro requisitos temos que observar os seguintes aspectos:

Planejamento
  • Planejamento define onde a empresa quer estar no futuro e como chegará lá, com estabelecimento de objetivos, divisão de tarefas e projeção dos recursos necessários.

Organização
  • Organização estabelece como a empresa desenvolverá os trabalhos para atingir os objetivos propostos, com departamentalização, atribuição de tarefas, responsabilidades, autoridade e alocação dos recursos.

Coordenação
  • Coordenação é o uso da persuasão para motivar as pessoas no desenvolvimento das tarefas e alcance dos objetivos.

Controle
  • Controle é o monitoramento das atividades dos colaboradores para certificação que todos estão seguindo os planos traçados a caminho do objetivo maior, efetuando as correções necessárias.

Não basta estar gerente, há requisitos para desenvolvimento dos trabalhos que não podem ser negligenciados.  

A tarefa fundamental dos gerentes é garantir a alta performance para que obtenham os resultados propostos de forma eficiente e eficaz.

Para desempenho adequado de suas funções, os gerentes precisam ter conhecimentos e habilidades conceituais de relações humanas e técnicas.

Comentando, cada um desses tópicos, observamos:

Conhecimentos conceituais
  • Conhecimentos conceituais permitem aos gerentes analisarem a organização como um todo e, também, as relações entre suas partes.
  • Cada setor, cada departamento precisa ser administrado com vida própria, sendo o gerente a cola que os une.

Habilidade  nas relações humanas
  • Habilidade nas relações humanas permite aos gerentes trabalharem com as pessoas e, efetivamente, como membro do grupo, motivando, facilitando o trabalho, coordenando, liderando, comunicando e resolvendo conflitos.
  •  
Conhecimentos técnicos
  • Conhecimentos técnicos favorecem o entendimento de tarefas específicas e permite facilidade na execução, incluindo métodos de trabalho, uso de equipamentos e recursos.

Dentro desse panorama não podemos deixar de comentar o “X” da questão:  

Neste momento, se você respondeu sim à pergunta inicial os aspectos comentados, uma vez observados, poderão ajudá-lo muito no desenvolvimento de sua carreira, mas caso tenha responsabilidade por contratação de novos profissionais observe o seguinte:

Ainda que tratemos de fatores econômicos e de mercado, a razão pela qual muitas empresas fracassam é o gerenciamento inadequado.

Gerenciamento é um assunto delicado e a correta escolha dos profissionais é um aspecto fundamental para qualquer organização.

Nas economias mais desenvolvidas, as organizações buscam a adição de competências com apoio de empresas de treinamento e consultorias, com grande freqüência.  Sobreviver não é o fundamento de seus negócios, mas a criação do futuro.

Essa mentalidade tem que ser desenvolvida nas nossas empresas e no país, sob o risco de continuarmos como eterna promessa.

O país costuma receber capitais estrangeiros sim, muitos especulativos, e o mundo dos negócios é rápido para decidir, com a mesma velocidade que entram saem.

Não vamos resolver os problemas do mundo, nem do país de uma hora para outra, mas que tal ter um gerenciamento adequado, gerando lucros, atingindo os objetivos propostos no plano anual sem mais desculpas?

Não tome decisões erradas, o mercado dispõe de especialistas para ajudá-lo nessa complexa missão.

Gerenciar bem também é uma questão de atitude!


Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Empresas lucrativas – Um modelo de gestão

A pergunta que mais fazemos quando nos deparamos com uma empresa lucrativa é: qual o segredo dessa empresa?

Por que esse empreendimento tem sucesso, mesmo enfrentando forte concorrência? Sabemos que é difícil encontrar uma empresa que seja uma ilha, que esteja sozinha no mercado .

O que faz com que os negócios andem bem, que coloquem seus produtos no mercado e, contas feitas, obtenham lucro?

Uma empresa não é lucrativa porque produz bem, a baixos custos, ou porque tem uma boa equipe de vendas, ou porque tem boas relações com o banco A ou B, ou.... ou...

A empresa lucrativa é lucrativa simplesmente porque substituiu o “ou” pelo “e”. Produz bem a baixos custos e tem uma boa equipe de vendas e tem boas relações bancárias e tem uma equipe coesa e tem foco e tem uma mensagem aceita por todos e tem uma missão e tem uma visão.

Ainda hoje encontramos empresas que querem ser lucrativas via redução de gastos, controlando copinhos de café e caneta, negligenciando um bom sistema de gestão de chão de fábrica, as técnicas de planejamento e controle de produção, a contabilidade de custos, as relações com o mercado, as técnicas de controladoria e gestão financeira.

Quanto mais consciente estiverem os colaboradores e gestores da empresa da necessidade de inter-relações das áreas, maiores serão as chances de lucratividade desse empreendimento. As inter-relações e a sintonia destas despendem da divulgação da visão, motivo pelo qual foi criada a empresa, divulgação da missão, o que se espera de cada um para se atingir o futuro proposto.  Delegação gerada pela adição de competências.

Visão e missão são fatores importantíssimos para se criar um empreendimento de sucesso, mas a delegação via adição de competências, motor gerador de resultados, é a palavra chave.

Adicionar competências deixa claro o entendimento de que a maior parte das criações humanas é “obra não de gênios isolados, mas de grupos e comunidades”, como diz Domenico de Masi em seu livro Criatividade e grupos criativos.

De nada adianta ser mais um no mercado, a cada dia mais e mais empresas concorrentes surgem. A empresa precisa se organizar para, com lucratividade, poder se reinventar , caso contrário , tomando emprestado uma frase de Antonio Caraco de seu livro Breviário del Caos, “nosso destino é continuar a nos multiplicar, unicamente para morrermos em grande número”.

Quem estuda o mercado já percebeu que de tempos em tempos crises afetam determinados segmentos, e com isto muitas empresas não sobrevivem.

As empresas que resistirão serão exatamente as que evoluírem, se organizarem, se tornarem lucrativas, se reinventarem, de modo a saírem fortalecidas, pois terão um espaço maior no mercado, deixados pelas empresas que desaparecerão.

Uma empresa não é centenária por acaso. Uma empresa centenária passou pelas mãos de três ou quatro gerações, e de uma coisa pode-se ter absoluta certeza: A visão, a missão, foram divulgadas de tal modo que a adição de competências tornou-se um grande atributo.

Colocar a empresa nas mãos de um gestor ou de gestores é uma coisa, colocar em suas mãos a visão e a missão que estabeleceu e criou o empreendimento é uma questão de sabedoria. A sabedoria que permite acreditar nas pessoas, escolher os colaboradores, deixá-los trabalhar, evitar atrapalhá-los, reconhecer que muitas pessoas desempenham tarefas melhor que nós, estabelecendo um modelo de gestão.

A perpetuação de resultados positivos é conseqüência da Delegação para adição de competências, que é um modelo de gestão, pois como diz Domenico de Masi: “grande parte das invenções humanas mais surpreendentes, do alfabeto ao Estado, dos veleiros às piadas, das festas ao arado, da tesoura à Magna carta, não possui um alguém que as imaginou, pois elas são frutos de progressivos ajustes e colaborações coletivas, seja nas suas criações, nas suas realizações, nos seus aperfeiçoamentos, na sua difusão, assim como na sua aplicação”.


Ivan Postigo
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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Sucesso, poder, fama e glória


Todo tipo de trabalho, dos bens de consumo à arte, para continuidade, é necessário que tenha sucesso. Sem sucesso, sem lucro, sem retorno financeiro,  não é possível dar prosseguimento.

Há alguns anos, vi uma matéria sobre uma ordem religiosa católica, onde a irmãs são especialistas em aplicações na bolsa de valores, e obtêm excelentes lucros. Quando questionadas se aquilo era correto, a resposta foi imediata: - É dessa forma que conseguimos manter e dar uma boa educação às nossas crianças.

Trabalhamos e esperamos ter sucesso para melhorar nosso padrão de vida, realizar sonhos materiais e também ter satisfação pessoal. Afinal, a aceitação e os aplausos também fazem parte das expectativas dos seres humanos.

Uma peça de teatro sem aplausos, não terá vida longa. Sem retorno financeiro, sua existência será breve e os atores terão dificuldades para se manter.

Fazer esse raciocínio com uma empresa fica mais fácil, afinal, quem não viu o fim de uma organização?

Sem sucesso, o empreendimento simplesmente acaba, com ele se vão os empregos e vêm as dificuldades das famílias.

Sucesso, quando significativo, possibilita aos empreendedores expandirem seus negócios, com isso aumentam as possibilidades de ação e a razão para que tomem determinadas medidas. Permite agir de acordo com regras que eles mesmos estabeleceram, e, ainda, alcançam o direito à delegação.

Isto, em resumo, é poder, respeitando-se os limites da lei e da boa convivência.

Sucesso e poder nem sempre atendem as necessidades pessoais, pois muitos precisam de reconhecimento individualizado.

Há uma frase para os trabalhos em grupo, que destaca esse conceito, que diz: “O erro é coletivo, mas o acerto individual. Nós erramos, mas eu acertei”.

Quem não se contenta com sucesso e poder, busca notoriedade. Por suas ações ou por ações coletivas, que toma para si como forma de ter renome ou fama.

Na vida empresarial, esse tipo de comportamento gera dissabores e conflitos, uma vez que estão no palco atitudes, comportamentos e sentimentos de todo o grupo.

“Noventa e nove por cento dos resultados obtidos numa empresa são frutos de progressivos ajustes e colaborações coletivas, seja nas suas criações, nas suas realizações, nos seus aperfeiçoamentos, na sua difusão, assim como na sua aplicação”- diz Domenico de Massi.

Não é difícil para quem teve sucesso, galgou os degraus do poder e obteve fama, acreditar que esse estado seja eterno. Não fosse assim, as pessoas seriam mais parcimoniosas.

Há pouco tempo, lendo sobre a vida das abelhas, vi um texto que dizia: “Uma boa colméia consome dezoito quilos de mel numa temporada, contudo produz quarenta”. Uma boa receita para garantir sobressaltos e temporadas difíceis, não é verdade?

A expectativa do ser humano não se encerra com a fama, há um degrau com brilho, esplendor, que pode ser atingido: “A glória”.

Que tal ter sucesso, poder, fama, e, ainda, ter a glória de ser reconhecido por feitos extraordinários?

Nessa escalada, há um detalhe que, se esquecido, pode colocar tudo a perder: a continuidade do sucesso.

Dizem os artistas da música, com muita propriedade, fazer o primeiro sucesso é difícil, agora, o segundo, aí sim as coisas se complicam!

Para as empresas, a situação não se restringe ao primeiro ou ao segundo, mas a sucesso sempre, ainda que poder, fama e glória não lhes sejam atribuídos.



Ivan Postigo
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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Agora realmente é com você!

Durante anos, porque não dizer décadas, Silva, empresário arrojado, produziu e colocou no mercado um considerável volume de produtos. Com qualidade reconhecida é verdade, com preço satisfatório, que atendia todas as necessidades da empresa e permitia retiradas financeiras substanciais para atender os projetos pessoais.

Por sua dedicação inquestionável e trabalho duro, sempre mereceu!

Concorrentes e amigos, ao comentarem as novas tendências nos negócios, ouviam sempre de Silva as mesmas observações: - No mercado há lugar para todo mundo, essas importações são oportunistas, vi isso minha vida toda e os modismos em gestão sempre passam.

Empresário de longa data, presenciou a febre do Just-in-time, círculos de qualidade, qualidade total, 5S, downsizing, reengenharia, terceirização, quarteirização, benchmarking, orçamento base zero, teorias X, Y, Z, parcerias e alianças estratégicas, endomarketing, CRM, avaliação de desempenho, administração por objetivos, e tantas outras ondas e modas, e sempre provou que novas viriam e passariam.

Percebia que estava perdendo espaço no mercado e atribuía isso à falta de empenho da equipe de vendas.

O remédio, dizia sempre, era colocar sangue novo na área comercial. Fez isso com tanta intensidade que em algumas regiões os novos representantes não duravam seis meses.

À medida que trocava os profissionais perdia identidade com os clientes, mas devido ao seu distanciamento não conseguia avaliar esse ponto com clareza.

Aderiu à informática mais por necessidade de uso de ERP, o sistema integrado de gestão empresarial, do que por conhecimento sistêmico. Ainda assim, por falta de treinamento e reciclagem, aspecto desnecessário e caro no seu ponto de vista, explorava menos de 40% dos recursos do software.

Propaganda, fortalecimento de marca? Algo dispendioso e privilégio das grandes organizações. Sua empresa e seus produtos nunca precisaram disso!

Divulgar sua visão e estabelecer a missão da empresa para quê?  Aderir a mais um modismo?

Internet sempre foi considerada um passatempo e mala-direta uma perda de tempo.

Custos sempre foram controlados por ele, dentro de uma metodologia pessoal e sem qualquer critério técnico.

A realidade, hoje, é que sua empresa tem alto desperdício. O índice de defeitos é o dobro do segmento, os custos estão 30% maiores do que os concorrentes, seu ponto de equilíbrio é altíssimo e não há margem para negociação.

O déficit financeiro o leva a descontar 100% das duplicatas e ainda o obriga a usar o cheque especial.

Já lhe indicaram algumas linhas especiais de financiamento, mas como os impostos estão normalmente atrasados não consegue as certidões negativas, portanto não tem acesso a crédito mais barato.

A manutenção preventiva, adiada sempre, não evita as quebras crescentes das máquinas, derrubando sensivelmente a produtividade.

Sua equipe vem acompanhando-o há muito tempo. Os profissionais estão defasados, nunca se envolverem em treinamento e atualização e estão desmotivados para ações mais agressivas para mudar esse panorama.

Não deixam a empresa por falta de qualificação e também por não se sentirem preparados para um mercado dinâmico, distante de suas realidades.

Silva não os substitui por reconhecer a contribuição dada até o momento, por se sentir mais confortável em administrar os negócios com eles e por não conseguir reter os novos contratados.

Seus fiéis gestores, poucos receptivos aos recém-chegados, são reativos e pouco cooperativos. A reza é sempre a mesma: “Os de fora não entendem nossa filosofia e nossos negócios”.

Sabotam toda e qualquer tentativa de melhoria e desenvolvimento sistêmico que os novos contratados tentam fazer.

Cada saída de um recém-chegado reforça a tese interna de que não se formam mais profissionais como antigamente.

A situação econômica e financeira é muito delicada, Silva já conversou com muitos especialistas, contratou alguns, mas se livrou de todos.

O mercado conhece suas dificuldades e começa a fazer projeções sobre o destino de sua empresa.

Silva, agora realmente é com você. Só com você!

Ivan Postigo
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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Um bando de bravos, um grupo de tolos

Na vida, é difícil dizer quando devemos ser sensatos ou quando podemos ser heróis. Conhecimento, cultura, adição de competências, debates podem nos auxiliar na formação de opiniões, mas nem sempre asseguram a assertividade.

Grandes homens, titãs, reconhecemos nos grandes conflitos e nas resistências, assim que fazem história. Servem como exemplos e alertas. E as derrotas?

Bom, essas muitas vezes são esquecidas e os esforços sequer lembrados. A poeira do tempo, que apaga traços do passado e os reais feitos, deixa espaço também para que a imaginação crie lendas que instigarão as mentes dos gênios.

A mente de um homem imaginou Ícaro, este jamais voou. Não sabemos, também, que não tenha tentado.

Insensatos, inconstantes, inconformados, irresponsáveis, quaisquer que sejam as designações, pessoas descontentes com o equilíbrio e a ordem natural provocam o desconforto.

Desconforto que traz desconfiança, medo, crítica e revolução quando se torna óbvio. O óbvio é invisível às mentes e olhos despreparados, por isso recurso dos mágicos. Criadores das ilusões, alimentadores das fantasias tão negligenciadas e necessárias.

O incauto, com um pouco de gás, calor e tecidos subiu aos céus. Um cilindro com ar o levou às profundezas dos oceanos. Com sutileza, desafiou as leis da física com hélices e motores a jato.

Não só rompeu fronteiras como as eliminou. Uns porque muito sabem, outros porque totalmente desconhecem.

O mundo está globalizado.

Enquanto alguns vêem coisas que existem e perguntam por que, eu sonho com coisas que não existem e pergunto por que não? - dizia George Bernard Shaw.

A roda, a luz elétrica, o moinho, o pilão, o sabão, o clip, a cadeira, o talher, pequenas e grandes invenções são resultados de horas de trabalho e reflexões para acomodar o incômodo. Conta a lenda que o fecho eclair ou zíper, como conhecemos, foi imaginado quando a preguiça de amarrar as botas, todos os dias, levou o homem a buscar uma saída mais prática.

Verdade ou mentira, não faltam exemplos nesse sentido.

Estranho, o progresso está no desequilíbrio?

Uma questão interessante para o administrador que busca exatamente dar ordem e equilíbrio às empresas, criando modelos de gestão.

A revolução do pensamento está na capacidade de questionar a coerência, a unidade, provocando a diversidade?

É possível programar a desordem, investir na inconstância, contratar incoerentes e irresponsáveis?

Não, gestão é um processo racional. Sejamos coerentes!

Hum, e se forem gênios e tiverem projetos inovadores permitindo às nossas empresas obter a tão desejada diferenciação e vantagem competitiva?

Que loucura, como apoiar pessoas como essas? Seria um ato de incoerência!

Nesse caso, as idéias e os projetos dando certo e gerando resultados seremos um bando de bravos, ocorrendo o contrário seremos um grupo de tolos.

Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
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