segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Portas psicológicas só abrem por dentro

A humanidade se regozija com um dom que recebemos e ninguém pode nos tirar, o livre-arbítrio.

Segundo a wikipédia, livre-arbítrio (ou livre-alvedrio) é a crença ou doutrina filosófica que defende que os homens têm o poder de escolher suas ações. Atenção, aqui a palavra é poder.

Há uma corrente que considera que a expressão não faz sentido, para agir de um ou outro modo teria que haver expectativas e o homem às vezes se depara com um futuro desconhecido.

Deixemos de lado o purismo e as correntes filosóficas, serve como ilustração e uma indicação para pesquisa, estudo e reflexão para quem gosta dessa linha de trabalho.

Fato é que os  homens  tem a capacidade de postergar uma decisão por tempo suficiente para refletir e deliberar sobre as conseqüências da escolha,  e lógico, fazê-las.

Para o que nos propomos a palavra escolha determina tudo, você pode aceitar ou se recusar a fazer um trabalho, participar de um treinamento, chegar no horário na empresa, ir receber seu premio da loteria!

Nós podemos tentar convencê-lo de que está se prejudicando agindo dessa forma, usando exemplos, não o enviando mais para cursos, não recomendando sua promoção, contratando um terapeuta para tentar mudar sua opinião, mas cabe você aceitar.

Um dia você pode já ter vivenciado no trabalho, na escola, a experiência em que o grupo todo não concordava com as atitudes de um dos integrantes e não havia meios de fazê-lo mudar.

Talvez não acontecessem brigas, desentendimentos, suas atitudes não prejudicassem as pessoas, apenas ele, contudo por consideração, por respeito, todos se importavam.

As expressões que mais se ouviam, possivelmente, eram “não entendo porque ele age assim, não adianta falar, só se abrirmos sua cabeça”. Sim, figurativamente essa é a solução.

Ora, gosto do nome João, tenho um primo muito querido pela família com esse nome. Vamos chamá-lo assim.

Nossa cabeça (mente) tem uma porta psicológica e apenas nós temos a chave.

Além de sermos detentores desse instrumento, sem o qual não é possível ter acesso, há um detalhe que complica a questão brutalmente, essa porta só abre por dentro!

Para que possamos introduzir qualquer coisa na cabeça do João o primeiro passo é convencê-lo a abrir a porta, sem isso vamos nos desgastar, aborrecer e perder tempo.

É bastante comum encontrarmos empresas e profissionais se debatendo porque não conseguem melhorar o envolvimento de pessoas em projetos, trabalhos, apesar dos esforços e apoios oferecidos.

Quando encontrar as portas abertas será fácil introduzir motivação, informações técnicas, regras de comportamento, idéias para as quais gostaria de apoio, contudo cuidado, uma vez que se fechem, terá um longo e penoso caminho a percorrer caso as necessite abertas novamente.

Quantas vezes nós mesmos não nos deparamos com as nossas portas psicológicas não só fechadas, mas trancadas?

Com livre-arbítrio ou não, sejamos amigos, por favor, deixe as portas abertas!


Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
Twitter: @ivanpostigo

Skype: Ivan.postigo

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Quando o conhecimento nos aproxima dos ideais que nos afastam

Conhecimento permite a clareza do pensamento, entendimento de questões complexas e a certeza que podemos realizar muito mais do que pensamos.

Isso gera uma incrível força interior que nos empurra para conquistas tecnológicas e desenvolvimento de meios para superação de barreiras.

Conhecimento disseminado em uma sociedade a torna forte, capaz de criar meios de sustento e saúde, que proporciona excelência em qualidade de vida aos integrantes. Como seres sociais, somos colaborativos.

Será? Será que temos argumentos para defender o homem nesse objetivo tão nobre?

Um relatório da Cruz Vermelha mostra que em 5.600 anos de história foram registradas 14.520 guerras e menos de 300 anos de paz.
Em 2001 havia registro de 30 conflitos armados em 25 países.

O que fazemos com o conhecimento?

Qual a finalidade da bomba atômica?

Por que assistimos ao vivo e não repudiamos as transmissões dos conflitos armados, desligando os televisores?

Por que as armas estão cada vez mais letais e espalhadas pelo mundo?

Conflitos armados, conflitos comerciais, todos demandam conhecimento para condução e o conhecimento também os geram.

Apanhemos um exemplo simples: dois irmãos, em um canto deste país, não se falam. Pior do que isso, eles se odeiam.

Concorrentes, quanto mais aprendem sobre o mercado, mais disputam cada pedaço. Quanto mais disputam, mais próximo se encontram comercialmente e mais distante estão na irmandade.

Seus ideais? Conquistar o mercado e se manter no lugar mais alto do pódium. Não importa o que tenham que fazer!

Aceitam fornecedores concorrentes? Não, amigos ou  inimigos. Lema: “Está comigo ou não está!”.

Para que o conhecimento? Para superar todas as barreiras que os impeçam de alcançar seu intento, logicamente!

Ampliando a visão podemos nos questionar se é para isso que nos servimos do conhecimento? Para jogar aviões em torres, invadir países e subjugar povos, intimidando e oprimindo o homem?

Muitos jovens não sabem realmente o que foi a guerra fria. Aqueles que já leram sobre o assunto, assistiram documentários sobre a Invasão da Baía dos Porcos, não serão capazes de imaginar o período de terror que viveu o mundo, quando na década de sessenta as duas superpotências diziam estar prontas para acionar os botões da guerra nuclear.

Guerra Fria foi o título dado  ao período  de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos  e a União Soviética, compreendendo  o final da Segunda Guerra Mundial, 1945,   e a extinção da União Soviética, 1991 .
Um conflito de ordem política, militar , tecnológica , econômica , social  e ideológica  entre as duas nações e suas zonas de influência. Repleta de conhecimentos que aproximavam os homens de seus ideais e com isso os afastavam.

O arsenal atômico foi desarmado, mas não os espíritos. Estes, infelizmente, são agitados por novos conhecimentos que promovem mais agitações nas fronteiras.

A falta do conhecimento não sustenta o homem pobre, e o uso inadequado prejudica o pobre  homem. Sedento por conquistas, ávido por materialização de seus ideais, é capaz de realizar uma grande proeza: vivo, infeliz, morto, desprezado!

A sabedoria está em somar as diferenças para multiplicar os resultados positivos, e não em “tirá-las”, divindo os homens!

Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Articulista, Escritor, Palestrante
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652

Twitter: @ivanpostigo

Skype: ivan.postigo

E você, o que pensa dos efeitos positivos e negativos do conhecimento?


domingo, 23 de outubro de 2016

Por seres humanos, sê humano!

Seres humanos, capazes de atos incríveis e atitudes absurdas!
Não fizéssemos parte da espécie, o que diríamos?

Ora, e o que dizemos?

Encontraremos apaixonados defensores e também duros opositores.

Uma reflexão interessante afirma que onde têm seres humanos unidos, encontraremos seres humanos desunidos.
Estas reuniões são geradas, com frequência, por conflitos.

Isto soa estranho?
Pense nas reuniões de condomínios, nas reuniões nas empresas.
Debates longos, difíceis que serem encerrados, onde as pessoas lutam mais para ter razão do que para encontrar solução!

Charlotte Bronte, em seu livro Jane Eyre – que lembrança mágica da minha adolescência- afirma: “É inútil dizer que os seres humanos deveriam satisfazer-se com uma vida tranquila. Eles precisam de ação. E se não a encontrarem, irão fazê-la acontecer.”

Então, Deus nos guarde de muitos de seus movimentos...

Dizem muitos críticos mordazes:

Os humanos são dados a idolatria, a começar pelo espelho.
Espelho, espelho meu, haverá alguém mais bela do que eu? Quem não se lembra?

Alguns são brandos, mas contundentes: “Gosto de alguns animais como eles são. Gosto de humanos como eles poderiam ser!”

Seria por isso que, de forma inconscientemente, os homens ensinam e treinam os animais a não se comportarem como os humanos?

Cercados de atenção por pais e avós, ouvíamos que filhos largados e criados com gatos só aprendem a miar!

Isso resgata um pensamento e nos alerta que somos seres em estado bruto. É a lapidação que nos torna humanos!

Pronto! Mais um ponto para controvérsia: humano é substantivo ou adjetivo?

Ambos. Os humanos - substantivo -, nem sempre se mostram humanos - adjetivo!

Por destruir a base de nossa existência, o planeta Terra, somos incongruentes. Pela capacidade de criação, fascinantes!

A arte só existe, porque há seres humanos. Nenhuma outra espécie deixou sinais dessa capacidade de expressão.
Seria a arte o resgate da expressão de humanidade dos humanos? Uma forma de retirá-lo de sua letargia?
A necessidade de sobrevivência e a busca por segurança levaram os humanos a criarem correntes de pensamentos. Entre elas, os ditos e, aparentemente, antagônicos, capitalismo e socialismo.

As defesas apaixonadas de um e de outro, deixam claras evidências que o capitalismo foi inventado para cuidar do dinheiro e o socialismo das pessoas.

Reflita: como cuidar das pessoas sem dinheiro e como cuidar do dinheiro sem pessoas?

Como defender, então, que esses pensamentos são antagônicos?

Enigmáticos fomos, somos e seremos?

Sim, principalmente quando lembramos das necessidades de exercício da espiritualidade. E esta é reforçada pela fé e a criação de religiões.

Pierre Teilhard de Chardin foi um padre jesuíta, teólogo, filósofo e paleontólogo francês que tentou construir uma visão integradora entre ciência e teologia, e nos deixou uma reflexão, que prefiro transformar em uma pergunta.

Para Teilhard:

Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual...
Somos seres espirituais passando por uma experiência humana...

Para mim:

Somos seres humanos passando por uma experiência espiritual ou seres espirituais passando por uma experiência humana?

Como pergunto, levanto outra questão: por que razão?

O que o futuro nos reserva? O que reservamos para o futuro?

Se somos seres com possibilidades de ser o que quisermos, o que seremos e faremos no futuro?

A violência escancarada nos faz questionar porque razão olhamos para seres humanos e neles não vemos traços de humanidade!

Podemos mudar? Estamos evoluindo ou apenas nos adaptando?

Sempre há esperança de mudanças?

Para uns sim, para outros apenas sonhos!

Esperança ou sonho, então, que por seres humano, sê humano!

Para o infinitivo pessoal, que seja imperativo o comportamento humano...

Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Articulista, Escritor, Palestrante
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Produto órfão - Uma oportunidade para o fracasso

Você já pensou quantos produtos, marcas, são apresentados ao mercado todos os dias?

Já se deu conta de quando você vai às lojas, ao supermercado, principalmente, e encontra muitas opções, e  sequer as experimenta, porque não sabe a qualidade que estas têm?

Alguns produtos têm embalagens pouco atrativas, outros até apresentáveis, mas  que também despertam  pouco interesse.

A questão a ser debatida é por que alguém colocaria no mercado um produto sem qualquer comunicação que orientasse, seduzisse, envolvesse  o consumidor?

Por falta de entendimento sobre a necessidade de comunicação?

Com a quantidade  informação fornecida  pela internet, revistas, televisão, ainda podemos encontrar pessoas com esse pensamento?

Não tenha dúvidas quanto a isso. Vamos encontrar muitas pessoas que ainda acham que  publicidade e propaganda é dinheiro jogado fora.

Bom, não poderia ser por falta de recursos?

Claro, há no mercado muitas empresas tentando sobreviver, sem condições de fazer divulgações estruturadas.

Um fato é indiscutível: temos muito ainda que aprender sobre comunicação com o mercado até  “pegarmos gosto pela coisa “.

Empresas com mais de meio século  são pouco conhecidas, e seus produtos sobrevivem por atenderem pequenos nichos que provocam esse milagre.

Nesses anos de carreira como executivo e consultor, vi muitas dessas empresas serem compradas, rejuvenescidas, com comunicação adequada para se desenvolverem, mas a maioria deixa de existir.

Há um ditado  que serve de pilar para a argumentação de muitos empresários, quando questionados porque não  divulgam seus produtos, que é o seguinte: “Não precisamos gastar com propagandas, o sol nasceu para todos”.

É verdade, todos os produtos poderão pegar um pouco de  sol  nas vitrines e,  quando empoeirados,  serão jogados em algum canto do estoque da loja,  se não forem adquiridos em algum  cesto de liquidação.  As instalações em ruínas poderão continuar tomando o sol de cada dia.

Produtos, como idéias, como propostas, como alternativas,  têm vida útil.

Quantas pessoas saem  de casa para comprar carburador para o  carro, disquete para computador, fita para telex, galocha, luvas, chapeleira para a entrada da casa, disco de vinil, e assim vai?

Marcas também, se não cuidadas, nutridas, deixam de ter apelo, caem no esquecimento, saem de moda, viram a marca do papai, do vovô, e passam a ser pouco procuradas.

Sucesso é um agente exigente, que gosta de atenção, caso contrário vai em busca de aconchego em outros lugares.

Eu vou ao mercado com freqüência, é parte de meu trabalho. Olho vitrines, prateleiras, estoques, cargas de caminhão, lojas de conveniência, lojas em estradas, depósitos, e percebo que a   quantidade de material negligenciado é muito grande.

O fato de uma empresa conseguir colocar o seu produto em um revendedor de grande porte não é garantia de sucesso. Pode, simplesmente, ser a garantia de fracasso.

Imagine que você compra um produto para a sua loja e percebe que o consumidor não o quer, têm preferência por outras marcas, qual será sua posição?

Liquidá-lo  e não comprá-lo mais, certo?

É um fato simples, claro, fácil de ser entendido, contudo o mercado está repleto de produtos abandonados, órfãos da mãe propaganda e do pai fabricante, que não cuidam para que sejam aceitos, queridos, procurados e desejados pelos consumidores.

Você já apresentou o seu produto ao mercado hoje?

Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo

Produtos e marcas não podem ser abandonados no mercado !


sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Vermelho verdes mares

Podemos olhar os mares e o mercado como turistas ou como exploradores. Isso dependerá da nossa condição de vida e atribuições profissionais.
Como turistas nos encantaremos com suas cores, variedade de vida, espécies e fatos inusitados. Como profissionais o faremos com deslumbrada curiosidade e enorme atenção à sua dureza, pois se destaca a luta pela sobrevivência.

Assim, como no mercado, o risco é menor para quem está no topo da cadeia alimentar. Ainda que ao abrigo dos recifes, os peixes maiores sempre comem os menores.
Qualquer espécie debilitada corre sério risco de se tornar a presa.

Embora não seja regra geral, a taxa de sucesso nas tentativas de alimentação é de dez para uma. O fracasso costuma cobrar um alto preço!

A brutalidade do ataque do tubarão não ter a ver com maldade, mas com a necessidade.

Nos mares, bem como no mercado, há os momentos de abundância e escassez.
Os lançamentos de novos produtos e coleções, que atraem revendedores e consumidores, são como a migração das sardinhas que reúne em locais favoráveis à caça toda espécie de predador. É um dos maiores acontecimentos marinhos, conhecido como “a corrida das sardinhas. 
Essa misteriosa migração ocorre entre maio e julho ao longo da costa leste da África do Sul.
Não há estatísticas precisas sobre quantas sardinhas participam da "corrida", mas cardumes gigantescos de 15 km de extensão e 4 km de largura costumam ocupar mais de 1000 km da região costeira.
À caça delas, seguem milhares de predadores de vários tipos. Estima-se por volta de 20 mil golfinhos, milhares de tubarões, leões marinhos e dezenas de milhares de aves.
Quanto maior for o sucesso dos caçadores, maiores suas chances de prolongamento da vida e geração de descendentes.

Como nem todos os empresários e gestores são adeptos ao mergulho deveriam participar de workshops sobre falência.

É importante saber apreciar as ondas, mas também reconhecer os cuidados básicos.

Para sentir um grande incomodo não é necessário ser mordido por um tubarão ou ser picado por uma arraia, basta ter contato com uma água-viva.
Muitos afogamentos ocorrem porque as pessoas avançam além de uma área segura, onde a profundidade não permite que permaneçam em pé ou as ondas dificultam o nado.

O mesmo acontece quando o gestor incauto vai esgotando todo crédito que lhe é fornecido e vai se endividando.

No momento não se dá conta, mas um dia terá que pagar a dívida contraída. O excesso de crédito impede que os envolvidos enxerguem a verdadeira dimensão do problema.

Como diz a conhecida frase: “Na superfície nada se observa, mas nas profundezas o inferno está em chamas”.

Tenho visto que o desespero só bate as portas quando a falência, que poderia ter sido evitada, se torna fato concreto.

Para os credores toda transação só se encerra com a liquidação do compromisso, afinal doações se pratica de outra forma.

Uma pessoa sem experiência em navegação entraria em um barco e atravessaria mares sem cartas náuticas, instrumentos e apoio de um marinheiro capaz?
Evidentemente que não, então porque o fazem com suas empresas?

Muitos porque não enfrentaram turbulências e outros por crerem que já sabem o suficiente. O problema é que alguns erros não dão à empresa uma segunda chance.

Não vemos um volume maior de falências porque o período de agonia costuma ser longo.  Encontramos organizações tão endividadas que desafiam todas as regras de gestão.

Gestores experientes e navegadores experimentados são arrojados e precavidos, pois sabem quão vermelhos podem ser os verdes mares.

Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo

Competição e concorrência