A humanidade se regozija com um dom que recebemos e ninguém pode
nos tirar, o livre-arbítrio.
Segundo a wikipédia, livre-arbítrio (ou livre-alvedrio)
é a crença
ou doutrina filosófica
que defende que os homens têm o poder de escolher suas ações. Atenção, aqui a
palavra é poder.
Há uma corrente
que considera que a expressão não faz sentido, para agir de um ou outro modo
teria que haver expectativas e o homem às vezes se depara com um futuro
desconhecido.
Deixemos de lado
o purismo e as correntes filosóficas, serve como ilustração e uma indicação
para pesquisa, estudo e reflexão para quem gosta dessa linha de trabalho.
Fato é que os homens tem a capacidade de postergar uma decisão por
tempo suficiente para refletir e deliberar sobre as conseqüências da escolha, e lógico, fazê-las.
Para o que nos propomos a palavra escolha determina tudo, você
pode aceitar ou se recusar a fazer um trabalho, participar de um treinamento,
chegar no horário na empresa, ir receber seu premio da loteria!
Nós podemos tentar convencê-lo de que está se prejudicando
agindo dessa forma, usando exemplos, não o enviando mais para cursos, não
recomendando sua promoção, contratando um terapeuta para tentar mudar sua
opinião, mas cabe você aceitar.
Um dia você pode já ter vivenciado no trabalho, na escola, a
experiência em que o grupo todo não concordava com as atitudes de um dos
integrantes e não havia meios de fazê-lo mudar.
Talvez não acontecessem brigas, desentendimentos, suas
atitudes não prejudicassem as pessoas, apenas ele, contudo por consideração,
por respeito, todos se importavam.
As expressões que mais se ouviam, possivelmente, eram “não
entendo porque ele age assim, não adianta falar, só se abrirmos sua cabeça”.
Sim, figurativamente essa é a solução.
Ora, gosto do nome João, tenho um primo muito querido pela
família com esse nome. Vamos chamá-lo assim.
Nossa cabeça (mente) tem uma porta psicológica e apenas nós
temos a chave.
Além de sermos detentores desse instrumento, sem o qual não
é possível ter acesso, há um detalhe que complica a questão brutalmente, essa
porta só abre por dentro!
Para que possamos introduzir qualquer coisa na cabeça do
João o primeiro passo é convencê-lo a abrir a porta, sem isso vamos nos
desgastar, aborrecer e perder tempo.
É bastante comum encontrarmos empresas e profissionais se
debatendo porque não conseguem melhorar o envolvimento de pessoas em projetos,
trabalhos, apesar dos esforços e apoios oferecidos.
Quando encontrar as portas abertas será fácil introduzir
motivação, informações técnicas, regras de comportamento, idéias para as quais
gostaria de apoio, contudo cuidado, uma vez que se fechem, terá um longo e
penoso caminho a percorrer caso as necessite abertas novamente.
Quantas vezes nós mesmos não nos deparamos com as nossas
portas psicológicas não só fechadas, mas trancadas?
Com livre-arbítrio ou não, sejamos amigos, por favor, deixe as
portas abertas!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
Twitter: @ivanpostigo
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