Há um ditado que diz que ”nós não nos especializamos,
alguma coisa é que se especializa em nós”.
É verdade que algumas pessoas mergulham em determinados
assuntos e com isso ganham incrível domínio, outras são levadas para certas
áreas e se tornam especialistas.
Seja por condução ou por ter-se conduzido, o fato é que
exposição e estudo são os materiais que asfaltam a estrada do expert!
Um dos campos que a vida profissional me conduziu e me
expos intensamente foi seleção e treinamento.
Deixar a carreira de executivo e ingressar na área de consultoria não
fez muita diferença na forma em que trabalho.
Reorganização de empresas sempre fez parte de minha vida
profissional. E nesse processo, mudanças
certamente é um fator constante.
Empresas vivem de resultados. Resultados são produzidos
por ações. E ações demandam planejamento.
No planejamento há algumas questões fundamentais:
O que fazer?
Porque fazer?
Como fazer?
Quando fazer?
E, extremamente importante, quem fará?
Lembre-se que quando você sabe em que negócio está, o
sucesso não é resultado do acaso.
Alguns empreendedores, ao falar do sucesso, dizem que no
início não sabiam muito bem o que estavam fazendo. Contudo, se estudarmos os
passos que deram, veremos que suas bússolas tinham um nome: intuição.
A intuição é resultado da experiência que se desenvolve com
ações. Ações que geram bons e maus resultados, e que são apoiadas por estudos e
reflexões.
Podemos chamar esse processo de “círculo virtuoso”.
Poderia o círculo virtuoso agir em uma empresa com tal
intensidade que não fosse necessário contratar especialistas, formando-os,
todos, naquele ambiente?
Poderia sim, contudo alguns aspectos estratégicos podem
criar necessidades especiais.
Criatividade pode ser desenvolvida, mas não ensinada.
Liderança, em seu conceito puro, pode ser desenvolvida, mas
não ensinada. Comando sim!
O círculo virtuoso também é alimentado pela retenção de
talentos, aspecto que nem sempre é possível.
Empresas tem urgência de resultados, e muitas equipes não
conseguem gerar.
Um resgate: experiência não é aquilo que acontece
conosco, mas é o que fazemos com aquilo que acontece conosco.
Basta lembrar a história do carrapicho: enquanto milhares
de pessoas reclamam quando vão ao campo e estes grudam em suas roupas, um
gênio, ao estudá-lo, criou o Velcro!
E assim são as empresas: conduzidas com genialidade, com
organização ou caoticamente...
Como, então, decidir quando contratar ou treinar
profissionais?
A análise dos resultados da empresa e as avaliações
periódicas- que acabam tratadas superficialmente- nos dirão se os esforços
estão valendo a pena.
Algumas decisões, quando envolvem choques na organização
e podem gerar conflitos, dificilmente podem ou são tomadas pelos pares, que por
longos períodos trabalham juntos.
Como promover um recém-chegado, preterindo um colega, que
há décadas sonha com uma determinada posição, ainda que todos os fatores
indiquem que a escolha certa seja o novato?
Sei que muitos diriam “agindo com profissionalismo”,
contudo encontro com frequência essas situações procrastinadas, justamente para
evitar o mal-estar!
Muitas questões acabam tratadas por consultores, que
preparam o ambiente, os profissionais e efetuam as transições, implementando as
medidas necessárias.
Buscar profissionais certos ou treinar certos
profissionais é uma decisão complexa, contudo quanto mais participativo o
processo de gestão, mais claras ficarão as necessidades e os caminhos a serem
seguidos.
Um bom gestor, além de conhecimento e determinação,
precisa, com frequência, de uma boa dose de coragem!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão
Empresarial
Articulista, Escritor,
Palestrante
Postigo Consultoria
Comunicação e Gestão
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo
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