Intelectologia
potencializado a aplicação da tecnologia
Computador de última geração, celular da mais recente
edição, programas com a última versão, nada disso resolve se o uso correto não
for feito.
Você domina com maestria todos os recursos de seu computador
e dos softwares que ele oferece?
Conhece e aplica todas as funções de seu celular?
Já usou todas as funções do seu micro-ondas? Eu conheço
muito bem duas: Auto Aquecer e Pipoca.
Não vou resistir: quantas funções do controle remoto do
televisor você conhece, e quantas usa?
Um amigo sempre me diz que usa mais funções do que conhece.
Quando está sozinho sai apertando os botões. Sempre descobre coisas
interessantes, mas como depois não se lembra, resta apertar tudo de novo e
esperar a sorte.
Também me rendo aos fatos: da mesma forma que meu amigo, em muitas
ocasiões, uso a tecnologia sem a devida aplicação da intelectologia.
O conhecimento pode vir de cursos, leituras de manuais e
orientação de amigos, mas nós, imediatista, nos dedicamos a isso?
Quantos equipamentos você já viu adquiridos por empresas,
onde os operadores entraram em ação e iniciaram a produção sem os treinamentos
e orientações devidas? São tantos que
não dá para contar nos dedos, não é verdade?
Alguém poderia perguntar: isso dá certo?
A questão é entender o conceito de “dar certo.”
Se você pensa que dar certo é colocar a máquina para
“rodar”, dá! Agora, se o conceito for maximização de produção, não.
Vamos a um caso prático. Na empresa STS- Somos Todos Sábios,
ciência era recurso para acadêmicos, “lá era no empírico!”
Mão na massa, tentativa e erro, ação por igualdade e semelhança,
assim como papai e vovô faziam.
Papai e vovô usavam máquinas mecânicas, que sem as tampas de
proteção, todo movimento tinha relação física. Hoje, com tudo informatizado, os
acontecimentos não são tão visíveis.
Para preparar um desenho, no rolete eram cravados pinos,
hoje teclas são pressionadas. O rolete levava uma semana para ficar pronto. Hoje,
digital, menos de um dia.
A colocação e ajuste do rolete na máquina demandavam um dia
de trabalho de um mecânico especializado, hoje o operador leva minutos para
mudar o programa.
Resistentes de plantão diriam: isso porque você está
comparando a era mecânica com a eletrônica!
Comparemos a eletrônica, então. Na empresa, o ciclo de
produção era de vinte e cinco segundos, mas como os pedidos começaram a entrar
grande volume, foi criado turno extra. Esse turno ainda não dava conta das
encomendas. A compra de novas máquinas parecia ser a solução definitiva.
Nesse ínterim, o gerente da fábrica resolveu partir para
novos desafios. Agora sim o problema estava sério.
Cabeça nova, novos pensamentos, culturas e jeito. O novo
gerente perguntou: - Por que vinte e cinco segundos no ciclo?
A resposta é fácil imaginar, não é verdade? - Sempre usamos
esse tempo! Por que você acha que pode ser menos?
A resposta continua fácil imaginar, não? - Sim, menos. Muito
menos. Treze segundos.
Como, impossível, isso levará à quebra e desgaste excessivo
das máquinas, e por ai vai...
Não precisa sair de vinte e cinco para treze em um único
dia, mas que tal um segundinho por dia?
Na realidade foi mais, então em pouco tempo doze segundos no
ciclo se tornou o padrão.
Ah, mas isso na era da eletrônica!
Você acha?
J. Westerman, sueco, em 1.768, estava intrigado com as
razões que faziam com que a produtividade das olarias e estaleiros de seu país
fosse metade do que obtinham os ingleses e os holandeses. Ainda que usassem as
mesmas máquinas.
Os estudos o levaram a perceber que a vantagem competitiva
não residia nos equipamentos instalados, mas na inteligência aplicada no seu
uso.
Lembra da clássica pergunta: Quando mesmo?
Sim, 1.768, época do arcadismo no Brasil.
Calma! Arcadismo foi um movimento literário
Nessa época Tiradentes tinha vinte e dois anos, estava
envolvido com farmácia, tratamento dentário e mineração.
A história nos mostra que o sucesso, sem a menor dúvida, é
obtido com a intelectologia potencializando a aplicação da tecnologia.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Articulista, Escritor, Palestrante
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo
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