Todos nós, um dia fizemos e ainda faremos coisas que não
darão certo. Sem dúvidas, e passaremos algum tempo especulando o que deu
errado.
Há uma fórmula infalível para prevenir erros.
Você deve estar se perguntando: que mágica é essa?
É verdade, toda mágica é o exercício do óbvio, esta não foge
à regra. Basta não fazer nada.
Quem não faz nada, não erra!
Para alguns, esse é o maior dos erros, mas não vamos debater
esse aspecto.
Esse não é o meu perfil e quero crer que também não é o seu.
Então, certamente continuaremos a nos encher de dúvidas, tentando resolver
problemas. Não conseguindo, às vezes, num
primeiro momento.
Muitos “enigmas” não consegui resolver e jamais terei
chance, sabe por quê?
Sou extremamente exigente e gosto de soluções rápidas, mas
não me importo em não ser o pai da idéia, então converso, telefono, mando
e-mails. Alguém deve ter pensado sobre o assunto.
Envolvimento em busca de soluções nos torna experientes, com
isso qualquer assunto similar tratamos com enorme desenvoltura.
Amigos me dizem: - Quando você pede ajuda é “encrenca” na
certa!
Claro, as coisas fáceis eles já me ensinaram a resolver.
Quando estou trabalhando, se você não quer se envolver não
fique por perto, porque se surgir um problema “cabeludo, vai “sobrar”!
Você poderá até não tratar da questão, não vou cobrá-lo, mas
pelo menos irá para a casa com a “pulga atrás da orelha”.
Não foram poucas as pessoas que me disseram: - Depois você
me conta como resolveu.
Claro, conto sim, mas você não vai adquirir experiência.
O domínio de qualquer assunto para ficar “grudado” no nosso
cérebro precisa de reflexão.
Esse exercício ativa a cola do conhecimento, senão ele bate
e não se fixa.
Por essa razão nos cursos gosto de grupos pequenos. Os grandes
servem para que nos apresentemos, façamos um bom marketing da nossa imagem, mas
o aprendizado de fato é escasso.
Num seminário, workshop, o instrutor vai com o propósito de
ensinar e o aluno de aprender. Há um conflito ai não?
O instrutor fala A e o aluno está pensando em B. O aluno tendo a
oportunidade de se expressar dirá ao instrutor B e este poderá explicar porque
deve ser A.
Preste a atenção que aprendemos mais com as perguntas do que
com as respostas.
Note que o assunto que está sendo exposto por uma pessoa
experiente é a soma das respostas às perguntas que lhe foram feitas ao longo da
vida, o que não quer dizer que responda às suas dúvidas.
Por falta de tempo, por timidez, por julgar inconveniente
interromper, você não as fez e com isso não aprendeu.
Imagine isso em gestão empresarial, onde determinadas ações
dependem do comportamento das pessoas, que mudam frequentemente.
Trabalhando na reestruturação de uma empresa, bastante
defasada no atendimento das expectativas dos consumidores, começamos a receber
nas reuniões pessoas de comunicação, fornecedores, gerentes de bancos, clientes
novos e aqueles que há muito não visitavam os gestores, para ouvi-los,
desenvolver alternativas, comprar e vender.
Ao fim de uma dessas reuniões, o sócio principal, que não se
dispunha a participar de nada, mas com quem eu mantinha um contato amistoso a
custa de muitas xícaras de café, me disse: -Vou lhe fazer um pedido. Trate
desses assuntos você que tem paciência e não me apresente ninguém. Já conheço
gente demais.
Não raro, eu tinha que ouvir algumas histórias dos bons
tempos, dos amigos que partiram e das máquinas antigas, movidas a correias que
eram melhores do que as modernas.
Empresa organizada, espaço conquistado no mercado, determina
o fim do contrato do consultor, afinal é assim que as coisas devem funcionar.
Quando acenderam as velas do bolo para a festa, você já deve
estar à caminho de outros desafios. Como consultor, se quiser comer um pedaço
de bolo encomende o seu.
Você também não leva seu médico à piscina depois de cada
gripe, leva?
Não demorou muito para que os conflitos familiares se
acirrassem e as interferências no trabalho dos colaboradores provocassem
problemas na produção e perda de mercado.
Novos problemas pareciam obstáculos instransponíveis,
felizmente para o futuro da organização esta foi vendida.
Os colaboradores, inconformados, comentavam entre eles: - Por
que permitiram que a empresa chegasse nesse ponto novamente?
Isso nos deixa uma grande lição, motivo de muitos de nossos
fracassos.
Nas palavras de François Rabelais: “Conheço muitos que não
puderam quando deviam, porque não quiseram quando podiam”.
Tenho defendido que na vida não há fracassos, apenas
resultados. Importante é ver o que não deu certo, corrigir e continuar tentando,
mas muitas vezes é necessário adicionar competência às nossas vidas.
Com aprendizado ou com quem saiba fazer.
Rabelais diz ainda: "É mais difícil esconder a
ignorância do que adquirir conhecimentos”.
O detalhe determinante é que isso é você quem decide.
Pense nisso sempre que algo não der certo e você se
perguntar: Qual é a razão do meu fracasso?
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em
controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de
carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo
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