Duas situações estão presentes na vida dos gestores: altas
realizações e autorecriminação.
O sucesso nos leva acreditar que tudo podemos, quando
falhamos fica difícil nos perdoarmos. Acredito que perdoamos os outros mais do
que a nós mesmos.
Em momentos de crise, quando mantemos um diálogo interno
negativo ou autocrítico, desviamos nossa atenção e não nos dedicamos como
poderíamos aos aspectos estratégicos do empreendimento.
Como no BBB é bom lembrar que os gestores estão sempre no
paredão, então minimizar a pressão que fazemos sobre nos mesmos, sem
necessidade, é fundamental.
As pessoas precisam de espaço para fracassar, senão não
correrão riscos.
Inovar é aventurar-se: ir em busca de algo ou lugares que ninguém
ainda tentou ou esteve.
Não dá para negar que riscos assumidos levam a erros
cometidos.
Serenditpty, que tem como um dos significados descoberta ao
acaso, ratifica que muitos erros levam o homem à impressionantes aprendizados.
Diariamente os problemas que resolvemos nos colocam a andar
em círculos, com várias áreas de escape. A questão está em escolher a que
conduz aos melhores resultados.
Gestores que não admitem erros não recebem feedback, com
isso perpetuam prejuízos.
Claro que é necessário estabelecer limites, quer seja de
tempo ou orçamentário, contudo a análise dos erros não pode ser negligenciada. Erros
são ricas fontes de aprendizado.
Thomas Edison costumava dizer quando os experimentos não
davam certo: “Aprendi mais uma forma de não fazer”.
Investidos de poder e autoridade, voltamos a experimentar as
sensações da infância, quando nos sentíamos indestrutíveis, mas no fundo,
quando as barreiras parecem intransponíveis, nos vemos como infalíveis frágeis
homens.
Vamos em busca do acerto, nosso diálogo é de otimismo, o
qual nem sempre compartilhamos, ainda que o expressemos.
Enquanto executivo, quantos obstáculos pareciam difíceis de
superar e sucedemos.
Uma situação típica que nos coloca à prova:
Entra na sala um colaborador de diz: - Chefe - nessas horas
você sempre é chefe - preciso que você resolva um problema, todo mundo já
tentou, ninguém conseguiu, e o cliente está ai esperando!
Hum, hora para seu diálogo interno:- Sobrou!
Sim, sobrou e pior, ninguém espera que você erre. Você é o
chefe!
Bom, você já sabe que problema que atravessa a porta é
complexo, afinal quantas pessoas não se envolveram até que o “pacote” lhe seja
entregue.
Viver experiências com intensidade serve para essas horas.
São elas que nos permitirão resolver os problemas por semelhança.
Como gestor, esteja atento a três pontos para sair das
enrascadas e construir um futuro de sucesso:
1) Leia
e estude muito, você nunca sabe quando vai precisar, por isso ou você ama o que
faz ou aprenda a amar.
2) Aprenda
com as situações diárias. Importante não é o que acontece ao seu redor, mas o
que você faz com o que acontece. Muitos praguejaram no momento em tiravam os
carrapichos das calças, enquanto uma pessoa mais atenta aprendia e criava o
Velcro.
3) Tenha
disposição e interesse para debater com as pessoas com as quais trabalha.
Meu diálogo interno já me roubou noites de sono, mas também trouxe
soluções dormindo.
Quando possível, é bom brincar com situações difíceis.
Relaxa, diminui o stress, alivia a tormenta cerebral, reduz a toxicidade e nos
permite pensar com maior clareza.
Quando seu diálogo interno começar incomodá-lo e você
estiver ácido demais nas suas autocríticas, lembre-se que bom humor é a
capacidade de exagerar a tragédia.
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em
controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de
carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo
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