Em atividades que envolvem competição, os participantes são
implacáveis. Não significa que não respeitem
os oponentes, mas que usem todas as regras do jogo e habilidades para
superá-los.
O boxeador não deixará de nocautear seu adversário, nem o
atacante evitará fazer o décimo gol, em sonora goleada. Assim também é o jogo
empresarial.
A luta não é por espaço no armazém do cliente, um lugarzinho
na vitrine do revendedor, uma gôndola a mais no supermercado, um outdoor na rua
principal. O esforço é para ocupar, pelo tempo que for possível, a mente do
consumidor.
A terrível luta para chegar ao topo dessa montanha do
sucesso, espaço para apenas um, traz uma surpreendente novidade para quem a
alcança: fincada a bandeira, não há conforto, pois o tempo é frio e os ventos
fortes.
A concorrência pelo privilégio de ocupá-lo é negócio para
profissionais. Por essa razão, poucas empresas conseguem manter por muito tempo
essa condição.
Ainda que insistamos, gestores negligenciam o fato de que a
permanência ou mesmo a descida requer a boa companhia de experts, pessoas
acostumados a lidar com as intempéries.
A descida é sempre mais perigosa que a subida. Há o cansaço,
o desânimo pela perda do lugar, o encontro com grupos motivados, subindo cheios
de energia, o uso de novos recursos de escalada, e os competidores vão chegando
com seus tanques de oxigênio carregados de ar puro.
Quanto mais baixo desce a empresa, maior o risco de ser
atingido por avalanches. Lá no alto há muitos pés pisando em pedras soltas.
Empresa no topo é adversário a ser derrotado. Ainda que não
queira, é inevitável que o vencedor sempre deixe no rastro do sucesso lições
que podem ser aprendidas e aperfeiçoadas.
Note que recordes que ficaram muito tempo sem ser batidos,
uma vez que ocorram, serão superados sucessivamente Nesse aspecto, crer é
poder. Poder que leva o homem a feitos extraordinários, eliminando a própria
descrença e descrédito.
Por que chegar ao topo, se a permanência cobra alto preço?
Por uma razão muito simples: para permanecer em qualquer
competição, o mínimo que podemos fazer é dar o máximo.
No jogo das empresas, o preço da entrada não costuma ser
baixo e o de saída pode ser muito maior.
É sempre bom lembrar a velha frase: por que veio, veio por quê?
Se não está preparado, não entre na competição. Entrou no
jogo é para jogar.
Como ficar de fora, se a até a Luiza voltou do Canadá?
O trabalho na montanha do sucesso não requer apenas a
superação dos adversários e das adversidades, é necessário levar ao local da
permanência os recursos para subsistência.
O que carregar e como continuar a abastecer o local são
decisões que dependerão de conhecimentos, recursos financeiros e habilidades
excepcionais, que produzirão as vantagens competitivas.
Bem agasalhado, com um bom café, ao lado de uma boa
fogueira, céu azul, boa companhia, a vista lá de cima é indescritível.
Dizem os especialistas e os estudiosos que do alto é mais
fácil observar as carências e criar as condições do futuro.
Não acredita? Bom, já esperava essa reação.
Vem, vamos perguntar a quem chegou!
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em
controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de
carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo
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