Nem sempre sabemos se estamos vivendo um problema ou um
dilema.
Um dia um amigo nos disse: - Estou com um problema e não
sei o que fazer!
Para sua irritação e constrangimento, recebeu como
resposta: - Você não tem um problema, está vivendo um dilema!
Uma forma de perceber em que situação estamos é observar que
problema gera angústia, dilema gera confusão.
A
angústia faz com que identifiquemos a situação como problema e isso nos faz
agir. O
incômodo da angústia é o combustível da ação.
Como alerta: Problemas podem ser resolvidos, dilemas
apenas podemos aguentar!
Nosso dia-a-dia é repleto de situações que nos levam a
conflitos. Com outras pessoas e com nós mesmos. Conflitos só podem ser
resolvidos quando transformados em problema.
Estranho? Não! Prático...
Na sua empresa, preste atenção e verá que não faltarão
momentos de muita criatividade e também de fantasia.
Digamos que você seja um fabricante de vassouras,e um dos
membros da equipe tem um projeto muito interessante para construir uma asa-delta.
E tem insistido em levar em frente o empreendimento.
O que isso tem a ver com o seu negócio?
Certamente, nada!
Por que você investiria seu capital nessa ideia?
Bom, esse é um caso extremo. Há outros não tão evidentes,
mas que se não tratados com o devido cuidado tomarão tempo das equipes e
sugarão seu dinheiro.
Pensemos:
A empresa tem um bom sistema de gestão -ERP -, mas um
dos gestores não gosta do modelo dos relatórios. Veio de outra empresa cheio de
ideias e energia, e quer mudar tudo.
Abandonou os recursos que têm atendido a todos e migrou
para as planilhas eletrônicas.
O descontentamento é geral, e os conflitos estão na mesa.
Poderíamos desenhar o cenário inverso.
O software de gestão é excelente, mas foi implantado
apenas 30% dos recursos. Com isso pouco é utilizado. Nas três tentativas de
implantação, os usuários só experimentaram frustrações. Não há uma equipe preparada e disposta a
abraçar o projeto. A direção cancelou qualquer tipo de investimento por
desencantamento e falta de confiança.
Um dos gestores está desenvolvendo planilhas eletrônicas
para suprir as necessidades, mas não encontra apoio para o empreendimento.
Estes cenários colocam na mesa a criatividade.
Criatividade em negócios precisa gerar resultados.
E, resultados em negócios são materializados pelos lucros
e superávits de caixa. O tempo é relativo, sim. Pode ser no curto, médio ou
longo prazos, mas isso precisa ser premissa para investimento. Não pode ser
fruto do acaso.
A fantasia é a armadilha da criatividade. Seu efeito
ilusório engana e muito.
Pode parecer contraditório, mas a gestão competente da
criatividade carrega muita racionalidade.
É fato sim que muitas empresas perderam grandes
oportunidades por não aproveitarem ideias geradas ali mesmo, e outras que as
abraçaram cresceram em escala geométrica.
Trabalhar em equipe, desenvolver a disposição para ouvir
e ver, ir ao mercado para respirar “ar novo”, sempre ajudam a tomar decisões.
Mas, não abraçar uma ideia e deixar de ganhar é melhor que abraçar e perder.
Gestores de alta performance trabalham no limite de suas
competências e é importante reconhecer que nem sempre estamos preparados para
tudo.
Em alguns locais, teremos criadores quase imbatíveis, que
lideram mercados por décadas. Em outros, os bastões trocam rapidamente de mãos.
Isso com brutal concorrência.
Por isso, a criatividade nem sempre produz capas que nos
tornam super-heróis capazes de voar. Em muitos momentos, nos deparamos com pura
fantasia!
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em
controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de
carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4496 9660 / (11) 99645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo
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