Em uma abordagem direta, podemos dizer que organograma é um
gráfico que apresenta a estrutura formal de uma organização.
Como representação gráfica é possível demonstrar as relações
hierárquicas, distribuição dos setores, unidades funcionais, cargos e a
comunicação entre eles.
Podemos tratar do organograma por tipos:
Clássicos ou vertical
É o tipo mais comum, desenvolvido com retângulos para
representar setores, áreas, funções e linhas que estabelecem as relações hierárquicas
e de comunicação.
Temos os não clássicos:
Em forma de barras
Estruturado com retângulos a partir de uma base vertical,
onde o tamanho do retângulo demonstra a relevância da autoridade que representa.
Setoriais
Elaborados com círculos concêntricos, que representam os níveis
de autoridade a partir do círculo central, onde está disposta a autoridade
máxima (CEO, Presidente, Gerente Geral).
Radial
É usado quando se quer ressaltar o trabalho em grupo, sem a
preocupação em representação hierárquica. É o mais usado em instituições
modernas do terceiro setor.
Lambda
Usado para representar áreas, setores, funções que possuam
características comuns, normalmente é configurado em formato de L. Lambda é a
letra L do alfabeto grego, por isso essa designação.
Bandeira
A diferença em relação ao tradicional é que os retângulos
são ligados na extremidade, não na lateral ou parte superior, com isso
estabelece o formato de uma bandeia.
Organograma Linear de
Responsabilidade
O objetivo não é apresentar a hierarquia, mas sim relação entre
atividades e os seus responsáveis.
Informativo
Configura o máximo de informações relacionadas com cada
unidade organizacional da empresa.
Esses recursos gráficos seriam suficientes para nos dar
informações para gerenciamento de todas as situações?
A princípio parece que sim, não?
Digo que não por uma questão básica: comando e liderança são
coisas diferentes e estas criam, devido o estabelecimento de forças,
organogramas informais, de cunho puramente psicológico.
Há um aspecto delicado em gestão, poucas vezes abordado na
literatura, que é a delegação por omissão. A omissão de um gestor provoca o
surgimento de lideranças, que em outras ocasiões não se manifestariam. O novo
líder não surge por seu perfil ou suas ideias, mas por responsabilidade e
muitas vezes indicação do grupo que clama por representatividade.
Momentos de crises são campos férteis para o estabelecimento
de fortes relações informais que mudam o exercício da autoridade. Autoridade
esta não delegada, mas assumida.
Não precisamos tratar necessariamente do fechamento de uma
fábrica, por exemplo. Questões muito mais simples servem de referência, como
uma apresentação de resultados, a negociação de maior prazo em um projeto,
negociação salarial para um grupo ou setor, situações que exijam exposição e
algum risco.
O organograma psicológico, muitas vezes, se estabelece por
conveniência, com linhas claras de autoridade técnica e política. A fidelidade
do técnico competente permite-lhe exercitar sua autoridade técnica sem prejuízo
político ao superior.
Interlocutores incautos, ao não entender essas relações,
provocam riscos de desconfortos, razão pela qual a área de recursos humanos é fundamental
no gerenciamento de crises que envolvem as forças formais delegadas e as
psicológicas assumidas.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4496 9660 / (11)99645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo
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